segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

INCOR ATINGE A MARCA DE CEM TRANSPLANTES CARDÍACOS EM CRIANÇAS

Orgulhosos do número, os médicos sabem que precisam fazer mais. Há muitas crianças esperando por avanços no sistema de saúde e no cuidado com doadores e seus órgãos.

O garoto de 7 anos é bom aluno, é bom de bola. E muito, muito mais que isso.

“O tempo que ele ficou aqui foi difícil, mas foi um guerreiro não é, filho?”, diz o pai da criança.

Veja em vídeo imagens foram feitas quando Rodrigo tinha 4 anos e lutava pela vida enquanto esperava por um transplante de coração.

A cirurgia aconteceu e, depois do bate bola, a repórter garante: o resultado é poderoso.

Como Rodrigo, muitas outras crianças ganharam a chance de viver graças à habilidade dos médicos, dos profissionais do Incor e a generosidade das famílias dos doadores. Com essa combinação, o Instituto do Coração de São Paulo atingiu a marca histórica: 100 transplantes de coração em crianças.

A centésima cirurgia aconteceu há uma semana e já mudou a vida de Lucas. “É outra criança. Ele era todo roxinho, pálido, para respirar era difícil, agora está super bem”, afirma Michele Coelho, mãe de Lucas.

“Daqui pra frente, a expectativa é que ele possa ir à escola, que ele possa brincar com os amigos, andar de bicicleta que ele gosta muito”, conta a médica Estela Azeka.

É vida normal e com grandes planos. “Quero jogar futebol, andar de bicicleta, ser ator. Não tem nada a ver, mas eu sempre quis.”

Orgulhosos dos cem transplantes, os médicos do Incor sabem que precisam fazer mais. Há muitas crianças como Ana esperando por avanços no sistema de saúde e no cuidado com doadores e seus órgãos.

“O tempo pra que se faça o transplante tem que ser um tempo curto e os cuidados que precisam ser feitos são cuidados muito intensos com relação à hidratação, com relação aos cuidados de medicamento”, conta Marcelo Jatene, coordenador da Central de Transplantes.

Há um ano e meio, Lorena teve que fazer do hospital sua casa. No local, ela pinta, toca, recebe visitas importantes e aguarda ansiosa por um pulmão, transplante que também é feito no Incor e que pode lhe devolver pequenos e grandes prazeres da vida.

“Acordar, abrir a geladeira, essas coisas pequenas que a gente faz e nem percebe, do sol, da luz do dia”, diz Lorena.

Cem transplantes feitos é uma marca importante também para quem espera.

“Dá força, crianças que ainda não viveram nada, que tem a vida pela frente, que podem transformar o mundo. Isso é maravilhoso”, conta Dione Barroca, mãe de Lorena.

Para ter acesso à matéria completa é só acessar o link abaixo.


Fonte: G1. globo.com - Jornal Nacional




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

TRANSPLANTES DE MEDULA ÓSSEA NO BRASIL BATEM RECORDE EM 2011

Aumento foi de 40% em comparação ao primeiro semestre de 2010. País tem o terceiro maior banco de voluntários do mundo.

Os transplantes de medula óssea realizados na rede pública de saúde no Brasil bateram recorde este ano. Basicamente por causa do movimento solidário de uma legião de cidadãos.

Laura, de 7 anos, fez o transplante de medula em setembro e se recupera bem. Ninguém da família era compatível e o doador veio Banco Nacional de Medula Óssea. A busca demorou dois meses. “Foi muito rápido. Eu acredito que já tinha alguém esperando pela Laura”, disse a mãe da menina, a professora Patrícia Ribeiro.

O transplante de medula é o tratamento para leucemia ou anemias graves. De cada quatro pacientes, apenas um encontra um doador compatível na família. Os outros precisam recorrer aos bancos de voluntários. E o Brasil tem o terceiro maior banco de medula óssea do mundo. São 2,5 milhões cadastrados. O banco brasileiro perde apenas para o dos Estados Unidos e o da Alemanha.

“Isso aumenta demais a perspectiva de encontrar um doador nesses bancos. Também amplia a margem de miscigenação genética da população brasileira”, afirma Larissa Medeiros, médica do Hospital das Clínicas da UFPR.

Em 2000, a chance de encontrar um doador era apenas de 10%. Atualmente, chega a 70%. O tempo médio na fila diminuiu de um ano para cinco meses. E, no primeiro semestre de 2011, o número de transplantes cresceu 40% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Para fazer parte do banco de medula basta uma amostra de sangue. Se houver compatibilidade, o doador é chamado.

“É um processo extremamente simples. A maior parte das pessoas acredita que é uma cirurgia, e não é. O doador acaba tendo essa medula óssea rapidamente regenerada, sem prejuízo para a sua saúde”, explica Larissa Medeiros.

“Você não imagina que vai ser compatível com alguém, mas torce para que isso possa ajudar alguém lá na frente que esteja precisando realmente”, conta a doadora Raquel Olimpio de Faria.

Fonte: G1.globo.com - Jornal Nacional
11/11/2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

TRANSPLANTE ENTRE TRÊS PESSOAS VIVAS É REALIZADO PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL

Cirurgia envolveu pai, filho e sobrinha; os dois últimos doaram 1/3 do fígado.
Recuperação de doadores leva cerca de quatro semanas, dizem médicos.

Um transplante de fígado envolvendo três pessoas vivas, feito através de um procedimento inédito no Brasil, foi realizado no Hospital Angelina Caron, na Região Metropolitana de Curitiba. A técnica, chamada de duplo transplante inter-vivos, foi desenvolvida na Coreia do Sul há 11 anos e nunca tinha sido usada no Brasil.

O paciente, o aposentado Darci Bladt, de 52 anos, tinha cirrose hepática e passou quase um ano na fila do transplante. Quando o estado de saúde dele piorou, os médicos sugeriram a técnica com doadores vivos, que poderiam ser encontrados na própria família.

O filho Natanael, de 22 anos, e a sobrinha Júlia, de 26 anos, têm o mesmo tipo sanguíneo que Darci e poderiam doar. Porém, os dois são mais baixos e pesam menos que o paciente, e teriam que tirar uma parte pequena do órgão para que não sofressem riscos. Por isso, os médicos tiveram que usar os fígados dos dois.

Na cirurgia, os médicos retiraram um terço do fígado de cada um dos doadores e juntaram ao do paciente. “É mais uma opção, não é única, não é primeira, mas é mais uma opção para aqueles casos que você não tem saída”, disse o médico Mauro Roberto Monteiro, que participou da cirurgia. Os médicos precisaram de autorização do Ministério da Saúde para fazer a cirurgia.

Duas semanas depois da cirurgia, os três se recuperam dentro do previsto pelos médicos. Darci ainda está internado e tem dificuldades para falar. Os dois doadores já receberam alta.

"Quando a gente tem um problema desse na família, a gente sempre pensa nessa opção, a opção de poder doar a gente mesmo. A fila de espera, querendo ou não, é meio que uma Mega Sena", diz o filho Natanael, que compara sua cicatriz na barriga a uma "medalha de honra".

Para assistir à reportagem, acesse o link abaixo:

Fonte: G1, com informações do Jornal Nacional
12/12/2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TRANSPLANTADOS SE REENCONTRAM PARA CELEBRAR VIDA NOVA

Reunidos com a família e os amigos, transplantados de medula óssea pelo Hospital das Clínicas se reuniram no Hemoce para celebração da vida renovada. Primeiro transplante autólogo de medula do Ceará ocorreu em 2008

“A vida está linda” é como o caseiro Paulo de Sousa, de 30 anos, responde ao cumprimento simples: “Tudo bem com o senhor?”. Já faz 14 meses desde quando se submeteu ao transplante de medula óssea no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC, o Hospital das Clínicas). Ontem, no segundo Encontro Natalino dos Transplantados de Medula Óssea, ele, a esposa Bia e o filho de cinco anos Luan estavam lá.

O procedimento de Paulo, como dos demais transplantados reunidos, chama-se autólogo. Parte da medula óssea é retirada do próprio paciente, tratada pelos médicos do Hospital das Clínicas e, em seguida, acondicionada pelas bioquímicas do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, o Hemoce. Desde a primeira consulta até o dia do transplante, são, em média, 80 dias.

A parceria Hemoce e HUWC ocorre desde 2008, quando, no dia 26 de setembro, houve o primeiro transplante autólogo de medula óssea do Ceará - completamente gratuito ao usuário. Desde então, foram 38 procedimentos similares em pacientes cearenses do Sistema Único de Saúde, o SUS, com doenças onco-hematológicas - leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e mielodisplasia. Todos feitos pela HUWC/Hemoce.

“Temos hoje fila com cinco pessoas. Como não é preciso esperar pelo doador, a espera é pelo tratamento do próprio paciente e pelos leitos disponíveis. Essas cinco estão já tratadas, mas temos apenas dois leitos. O ideal seria se tivéssemos, no mínimo, dois a mais”, avalia o chefe da equipe de transplantes do Hospital Universitário, Fernando Barroso.

Depois dos seis meses em casa e dos vários exames, o paciente do transplante autólogo é tratado como recém-nascido, precisa de todas as vacinas infantis outra vez. Dali em diante, a vida precisa de mais cuidado e constantes visitas ao médico.

Fora isso, Paulo ganhou o viço da pele de novo: “O filho do meu patrão é médico, ele quem descobriu o câncer. Teve época que minhas plaquetas chegaram a cinco mil. Ele me disse: ‘Mas você quase morre, hein?’. Pois é. Mas tô aqui”.

ENTENDA A NOTÍCIA

O trabalho conjunto entre o laboratório do Hemoce, onde são conservadas as células de medula óssea, e a unidade de transplantes onco-hematológicos salvou 36 vidas desde o ano de 2008. Foram 38 procedimentos ao todo. Até o fim deste ano, o objetivo é arredondar para os 40.

Matéria de Janaína Brás

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ESPANHA BATE NOVO RECORDE DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

A Espanha, líder mundial em transplante de órgãos, bateu um novo recorde após registrar 94 intervenções em 72 horas, segundo informou a Organização Nacional de Transplantes (ONT).

Nos dias 23, 24 e 25 de novembro foram entregues órgãos de 39 doadores, beneficiando 91 receptores, dois dos quais estavam em situação de "urgência zero", isto é, morreriam se não recebessem o órgão entre 24 e 48 horas.

Dos 39 doadores, dois eram estrangeiros e outros dois morreram em acidentes de trânsito.

Com relação aos transplantes, 48 foram de rins, 23 de fígado, oito de pulmão, seis de coração, três de pâncreas e um de intestino. Não há dados sobre os demais.

Nesta maratona participaram quase 1.000 pessoas e vários organismos privados e públicos, entre os quais 42 hospitais, dez aeroportos, os serviços de emergência e proteção civil das comunidades autônomas implicadas, além da colaboração do Estado Maior Aéreo.

O recorde anterior de atividade da ONT foi estabelecido em 29 de março de 2009, quando foram realizados 32 transplantes em 24 horas.

A Espanha foi declarada líder mundial em doações e transplante de órgãos em 2010 pelo 19o ano consecutivo, com uma taxa de 32 doadores por milhão de habitantes, e a realização de um total de 1.502 transplantes no ano passado.

05/12/2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

TRANSPLANTE SALVA VIDA DE RECÉM-CASADA À BEIRA DA MORTE

Um transplante de pulmão salvou a vida de uma jovem britânica apenas três semanas após seu casamento. Portadora de fibrose cística, Kirstie Mills viu sua saúde se deteriorar rapidamente devido à doença genética.

Aos 21 anos, ela usava regularmente uma cadeira de rodas, máscaras de oxigênio para ajudá-la a respirar e passava temporadas cada vez mais longas no hospital.

Ao longo dos dois anos de relacionamento, seu namorado, Stuart, já havia sido apresentado à rotina de remédios, infecções respiratórias e internações, tudo parte do regime imposto pela doença incurável, que frequentemente leva à morte prematura.

"Eu sabia que nosso tempo estava acabando", disse ela.

Casamento transferido

Por causa do estado de saúde de Kirstie, eles decidiram planejar logo o casamento no Chipre, mas a saúde frágil da noiva fez com que ela não pudesse viajar e a cerimônia teve de ser transferida para Somerset, na Grã-Bretanha.

"Havia diversos médicos e enfermeiros lá. Stuart tinha um cartão no bolso de 'Não Ressuscitar' porque se eu desmaiasse eu não queria ser ventilada, já que isso excluiria a possibilidade de transplante", contou Kirstie. "Foi o melhor dia da minha vida, mas também achávamos que seria meu último."

Duas semanas depois do casamento, ela foi levada de helicóptero para um hospital em Londres para esperar por um transplante, um procedimento arriscado, mas que poderia aumentar sua expectativa de vida.

Espera

Segundo Kirstie, a espera pelo transplante foi um momento extremamente difícil para seu novo marido e sua família. "Em um determinado momento, eu tentei implorar que desligassem as máquinas que estavam me mantendo viva, mas porque eu tinha uma traqueostomia, ninguém me entendia."

"Eu me sentia como se estivesse constantemente me afogando ou sufocando. O número de tubos ligados a mim era inacreditável, então eu não podia me mexer, não podia fazer nada. Eu estava desesperada."

"Eu não achava que o transplante aconteceria e, mesmo que acontecesse, seria tarde demais, porque eu estava tão fraca", disse Kirstie.

Finalmente, em julho deste ano, ela recebeu novos pulmões.

"Foi no momento exato. Eu tinha horas de vida."

A recuperação foi difícil, mas ela voltou a andar, fazer exercícios e já tem capacidade pulmonar de 100%. Kirstie está animada para passar seu primeiro natal em família em anos e planeja pedalar 300 quilômetros para arrecadar dinheiro para instituições de caridade.

Apesar disso, ela lembra que não está curada. "Eu nunca vou ter uma expectativa de vida normal, mas o transplante talvez tenha me dado 20 anos a mais. Eu só tenho que continuar gerenciando e controlando a doença da melhor maneira possível."

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/12/01/transplante-salva-recem-casada-a-beira-da-morte.jhtm

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EM PE, CAMPANHA AJUDA A DESMISTIFICAR DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Ação também vai oferecer palestras e treinamento a profissionais de saúde.
Quase 3,4 mil pacientes aguardam por um transplante, em todo o Estado.

Quase 3,4 mil pernambucanos aguardam por um transplante de órgão, segundo dados da Central de Transplantes de Pernambuco. Com o objetivo de reduzir esse número, o Instituto Materno Infantil (Imip) lança, nesta segunda-feira (22), uma campanha para conscientizar a sociedade sobre a importância de doar órgãos. É que, de acordo com o Imip, 50% das famílias abordadas se negam, por algum motivo, a autorizar a doação dos órgãos de parentes falecidos.

Do total, 1.859 pessoas aguardam por um rim, 1.319 por córneas, 179 por um fígado e seis pacientes estão na esperança por um coração. Outros cinco pacientes esperam pelo chamado “transplante casado”, que é de rim e pâncreas.

Para ajudar na busca de um potencial doador, foram criados os CIHDOTTs - Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. De acordo com a coordenadora do CIHDOTT do Imip, Amanda Valois, muitas famílias não autorizam a doação por achar que envolve mutilação do paciente. “Há um desconhecimento, um tabu por achar que o corpo vai ficar mutilado. Isso não acontece. Perante a lei, temos que entregar o corpo recomposto para a família”, afirma.

Além da distribuição de panfletos informativos, a campanha vai realizar palestras em todos os setores do Imip e também oferecer capacitação para os funcionários e estudantes. “Vamos dar um treinamento para graduandos em enfermagem, medicina, para podermos já formar o profissional com essa consciência da importância da doação de órgãos. Com isso, a gente quer diminuir a negativa familiar”, diz Amanda.

Por ser um momento difícil para a família, Amanda lembra que o profissional tem que saber a forma correta de abordagem: “A gente luta contra o tempo. Às vezes, o paciente com morte encefálica só está com o coração batendo porque tem drogas agindo. Mas isso não suporta por muito tempo. Se a família já tem uma consciência sobre a questão da doação, fica mais fácil. Aos que não têm, procuramos mostrar que o transplante é uma forma de dar uma segunda vida para muita gente”.

Fonte: G1.globo.com 
22/11/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BEBÊ COM FALÊNCIA DO FÍGADO É CURADO COM TÉCNICA PIONEIRA

Uma técnica pioneira conseguiu curar um menino britânico de 8 meses cuja vida corria perigo por conta de uma grave doença que estava destruindo seu fígado. Os médicos implantaram células de doadores que atuaram como um fígado temporário, permitindo que o órgão se recuperasse.

Segundo os responsáveis pelo tratamento, do King's College Hospital, em Londres, essa foi a primeira vez que a técnica foi usada em todo o mundo. Iyaad Syed parece hoje um menino saudável, mas há seis meses ele estava próximo da morte. Um vírus havia atacado seu fígado, que começou a entrar em falência.

Em vez de colocar o menino na lista de espera por um transplante, os médicos injetaram as células de um doador em seu abdômen. Essas células processaram as toxinas e produziram proteínas vitais, atuando como um fígado temporário.

As células foram cobertas com uma substância química encontrada em algas para evitar que elas fossem atacadas pelo sistema imunológico do menino. Após duas semanas, seu próprio fígado começou a se recuperar.

Um dos principais benefícios sobre um transplante é que Iyaad não precisará tomar remédios contra a rejeição do novo órgão, conhecidos como imunossupressores.

'Menino milagroso'

"Faz apenas alguns meses que eu atendi pela primeira vez o menino, que estava tão doente que precisava de diálise e respirava por aparelhos", conta o médico Anil Dhawan, especialista em fígado no King's College Hospital. "Vê-lo assim depois de seis meses com uma função quase normal do fígado é impressionante", diz.

Para o pai de Iyaad, Jahangeer, seu filho é "um menino milagroso". "Em 48 horas depois de receber o tratamento ele começou a melhorar e a esperança voltou. Estamos muito orgulhosos dele", disse.

A questão agora é se a técnica poderia ser usada para ajudar outros pacientes com falência aguda do fígado. A equipe do King's College Hospital sugere cautela, já que testes clínicos em mais larga escala são necessários para comprovar a eficácia da técnica.

Fonte: Notícias - Terra 16/11/2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A CHEGADA DO MULTITRANSPLANTE NO BRASIL

Em janeiro, médicos brasileiros deverão realizar pela primeira vez no País o transplante multivisceral. Nele, oito órgãos do sistema digestivo podem ser todos transplantados de uma vez só

Monique Oliveira

"Sua doença é incompatível com a vida." Esse foi o susto que o publicitário Renato Consoni, 30 anos, de São Paulo, levou há um ano e meio, quando soube que um tumor de 16 centímetros ocupava parte do seu intestino delgado. A família, porém, não aceitou a sentença. Recorreu aos melhores médicos e encontrou o que parecia ser a última opção: tirar o tumor depois de quimioterapia. Não funcionou. O publicitário perdeu o órgão e a possibilidade de se alimentar normalmente. Ele começou a se alimentar por meio da nutrição parenteral total (os nutrientes são aplicados por cateteres). A nutrição geralmente vem acompanhada de complicações. Com o publicitário, não foi diferente. Logo ele teve infecção generalizada e entrou em coma. Ao sair desse estado, o publicitário descobriu que nos Estados Unidos especialistas orquestram há dez anos o transplante multivisceral, em que os intestinos e outros seis órgãos do sistema digestivo – estômago, baço, pâncreas, rins e fígado – podem ser transplantados todos de uma vez ou em determinadas combinações. A família vendeu o apartamento, pediu empréstimo e pagou US$ 705 mil para que o transplante fosse possível. “Foi uma correria, mas dinheiro é para isso”, diz Consoni.

A partir do ano que vem, o procedimento que salvou a vida de Consoni começará a ser feito no Brasil. Em janeiro, ele será realizado pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP) e pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Cada cirurgia vai custar R$ 280 mil. No Einstein, os custos entrarão no programa de filantropia do hospital. Já no HC/SP, o governo federal vai pagar R$ 200 mil. O restante será coberto pelo hospital.

A cirurgia é uma das mais audaciosas da medicina. Na sua versão completa, os oito órgãos são retirados do paciente de uma vez só. E os órgãos do doador são implantados também dessa forma, em bloco. Correndo tudo bem, são cerca de 12 horas de operação. E em média 25 profissionais envolvidos.

A principal indicação é quando há a perda das funções intestinais. Sem elas, não há a absorção dos nutrientes necessários ao funcionamento do organismo. O problema é que o transplante do intestino, sozinho, é complicado. “O órgão tem uma carga bacteriana altíssima, o que torna difícil o controle da rejeição”, afirma o médico Luis Carneiro, diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do HC/SP. Mas quando transplantado junto com outros órgãos, tem menos chances de ser rejeitado. “O transplante do intestino combinado principalmente com o fígado aumenta a tolerância aos novos órgãos”, diz Ben-Hur Ferraz Neto, coordenador da equipe de transplante de fígado do Hospital Albert Einstein. “A teoria mais aceita é a de que o fígado teria a capacidade de destruir linfócitos que tentam atacar os órgãos doados”, explica Rodrigo Vianna, brasileiro que dirige o programa de transplante visceral na Universidade de Indianápolis (EUA).
O procedimento também é indicado para tumores de crescimento lento, tromboses severas e complicações da cavidade abdominal associadas (quando um quadro de hepatite, por exemplo, leva à insuficiência renal). É o caso do aposentado Sebastião Cavalcante, 67 anos, que perdeu as funções do fígado e da veia porta por complicações da hepatite C. Ele aguarda a chance de fazer o novo transplante no HC/SP. “Não foi possível transplantar só o fígado”, diz. As contra-indicações são insuficiência cardiorrespiratória severa, doenças malignas incuráveis, Aids e edema cerebral.

O publicitário Consoni, que no mês passado comemorou um ano da realização do transplante, está bem. Luta para receber do governo brasileiro o dinheiro investido no transplante. Sua recuperação serve de esperança para Sebastião Cavalcante e outros 600 brasileiros que precisam da cirurgia no País.


Fonte: Revista Isto É - Edição: 2193
18/11/2011
http://www.istoe.com.br/reportagens/177915_A+CHEGADA+DO+MULTITRANSPLANTE+NO+BRASIL

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

GOVERNADOR SANCIONA LEI DO CADASTRO DE DOADORES DE ÓRGÃOS

O governador Tarso Genro sancionou a Lei 13.822, proposta pelo deputado Adison Troca através do PL 25/2011. A iniciativa estabelece o registro público das pessoas que manifestarem, em vida, seu desejo de doar órgãos. O projeto determina que o Estado disponibilize em locais de atendimento ao público formulários de cadastro para quem quiser manifestar o desejo de doar seus órgãos.

A legislação federal estabelece que quem autoriza a doação em caso de uma fatalidade é a família. Neste contexto, a disponibilidade de informações em um banco de dados confiável auxiliará na tomada de decisão sobre doar ou não os órgãos da pessoa. "Atualmente, cerca de 52% das famílias negam a doação. Na maioria destes casos, o que falta é informação sobre qual era a vontade da pessoa. Temos convicção de que este projeto auxiliará mais famílias a decidirem favoravelmente", explica o deputado.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Rio Grande do Sul ocupa atualmente a quinta posição entre os estados brasileiros em número de doações realizadas, com 13,9 doadores por milhão de habitantes. Em primeiro lugar, está Santa Catarina, com 25,3 doadores por milhão, seguido de São Paulo, com 20,3; Rio Grande do Norte, com 15,9, e Ceará, com 15,4.

15/11/2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

GLOBO REPÓRTER ESPECIAL SOBRE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Na última sexta-feira, 11/11, a Rede Globo e a equipe do Globo Repórter deram um show ao apresentarem um programa especial sobre transplantes.

Quem não viu, vale a pena clicar no link abaixo para ter acesso aos vídeos do programa.

http://g1.globo.com/videos/globo-reporter/

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FUTURO DO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Silvano Raia

Além de não causar rejeição, outra importante vantagem desse novo método é a de aumentar a disponibilidade de órgãos para transplantes.

A evolução da medicina e da cirurgia é marcada por inovações que resultam em progressos exponenciais. Na língua inglesa, são denominados "breakthroughs". Thomas Edison não produziu uma vela com chama mais forte. Inventou a lâmpada baseada na incandescência a vácuo de um filamento de carvão e revolucionou o setor.

Da mesma forma, estamos presenciando um "breakthrough" na tecnologia dos transplantes que abre novos horizontes para esse procedimento, justamente considerado o maior progresso da cirurgia no século 20. Consiste em nova tecnologia que emprega órgãos "modificados" ("engineered organs").

Para compreendê-la, devemos lembrar que os órgãos sólidos atualmente transplantados são formados por uma matriz de sustentação e por um conjunto de células mais nobres, denominado parênquima, que realiza suas funções.

A matriz extracelular é pouco ou nada antigênica, ou seja, não é rejeitada pelo receptor.

A nova tecnologia inclui:

1 - Retirada de todas as células do parênquima do órgão a ser transplantado por meio de uma lavagem com soluções contendo detergentes, enzimas e outros produtos com capacidade seletiva, isto é, de retirar apenas as células do parênquima, preservando a matriz (a chamada descelularização).

2 - Biopsia do órgão do receptor a ser substituído e separação das células do seu parênquima.

3 - Recelurização da matriz do órgão a ser transplantado por células do parênquima da biópsia ou por células-tronco do receptor.

4 - Oxigenação da matriz durante o tempo necessário para que estas células se multipliquem até reconstruir todo o parênquima.

5 - Transplante desse órgão "modificado", que não é rejeitado, uma vez que seu parênquima é constituído por células do próprio receptor.

O método já foi usado com sucesso em humanos para transplante de pele, bexiga, pericárdio, válvulas cardíacas e traqueia. Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) já conseguiram transplantar fígados em roedores e prevê-se que, em cinco anos, também transplantes de rim, coração e pulmão sejam realizados com a nova técnica.

Além de não causar rejeição, outra grande vantagem do novo método é aumentar a disponibilidade de órgãos para transplante.

De fato, como os constituintes da matriz são mais resistentes à falta de oxigênio do que as células do parênquima, abrem-se perspectivas para o aproveitamento de órgãos também de doadores com coração parado. Atualmente, a captação de órgãos sólidos se limita a doadores com morte encefálica (com o coração ainda batendo).

Essa dependência, além de diminuir a captação como um todo, exige equipamento e pessoal especializados, nem sempre disponíveis nos hospitais que atendem regularmente doadores em potencial.

Como foi feito para o desenvolvimento da tecnologia atual, centros nacionais de pesquisa em transplante deveriam iniciar desde já projetos experimentais com a nova metodologia, mantendo sua tradição que nos trouxe até aqui: caminhar sempre com os pés firmes no chão, mas com os olhos nas estrelas.

SILVANO RAIA é professor emérito da Faculdade de Medicina da USP.

Folha de S.Paulo - Opinião
10/11/2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PREFEITURA NO BAIRRO - 05/11

Neste último sábado, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas participou mais uma vez do evento "Prefeitura no Bairro".

Confira algumas fotos do evento, que contou com participação maciça da população do bairro Vila Operária em Avaré.
















quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CAMPANHA DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS NO "PREFEITURA NO BAIRRO"

Neste sábado, 05 de novembro, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas vai participar do "prefeitura no bairro", evento que será realizado na escola Orlando Cortez, no bairro Vila Operária em Avaré.

Venham participar conosco das 9:00h as 17:00h.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ALGUMAS NOVIDADES IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO NOS HOSPITAIS PAULISTANOS

  • O Hospital das Clínicas e o Albert Einstein serão os primeiros no país a realizar transplante multivisceral, que substitui, ao mesmo tempo, fígado, estômago, pâncreas, duodeno e intestino delgado. Em ambos, a cirurgia, com implantação prevista para o início do ano que vem, será gratuita
  • Usados no mundo todo, corações artificiais podem adiar ou até eliminar a necessidade de troca do órgão. Após uma década de pesquisas, o Instituto Dante Pazzanese desenvolveu um modelo para substituir os dois ventrículos, que bombeiam o sangue. O aparelho é instalado dentro do peito e apenas a bateria precisa ser alocada em uma bolsa externa. segundo o bioengenheiro Aron de Andrade, que comanda o projeto, a primeira operação deverá ser realizada até o fim deste ano e o equipamento custará cerca de 30 000 reais. Mecanismos semelhantes importados saem a partir de 380 000 reais.
  • Quando um doador morre, os pulmões podem se perder por causa da infiltração de líquidos nesses órgãos. Em novembro, o Hospital das Clínicas passará a utilizar uma técnica que pode aumentar o aproveitamento do transplante entre 30% e 40%. O procedimento, chamado de recondicionamento de pulmões, consiste em usar substâncias químicas especiais para enxugar o tecido. "Será uma virada nos tratamentos da área", diz Paulo Pêgo fernandes, do Institudo do Coração (Incor)
  • O Sírio-Libanês está entre os hospitais que adquiriram neste ano o FibroScan, que detecta doenças no fígado sem necessidade de biópsia. O aparelho realiza um ultrassom que afere se há enrijecimento indicador de problemas.
Veja São Paulo
19/10/2011

BRASIL QUER 15 DOADORES DE ÓRGÃOS PARA CADA 1 MI DE PESSOAS ATÉ 2015

O governo brasileiro pretende alcançar, até 2015, a taxa de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes. Atualmente, o índice é 11,1 doadores para cada 1 milhão de pessoas, totalizando cerca de 2.000 doações por ano.

Na última terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi lançada a campanha Seja um Doador de Órgãos, Seja um Doador de Vidas. O objetivo, de acordo com o Ministério da Saúde, é conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para aumentar o número de transplantes no país.

Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Ben-Hur Ferraz-Neto, é possível alcançar a meta definida pela pasta, desde que as ações e os investimentos necessários sejam feitos de forma planejada e estruturada. Uma das iniciativas apoiadas pelo especialista é a capacitação de pessoas que trabalham na captação de órgãos.

"Elas vão conversar com os familiares, vão ser formadoras de opinião dentro de um hospital e do seu próprio bairro. Precisam ser pessoas preparadas para isso, que tenham respostas e passem a informação de forma detalhada e segura."

Outra sugestão é abordar o tema da doação de órgãos nas faculdades de saúde, incluindo o assunto em currículos de medicina, enfermagem e psicologia, por exemplo.

Ferraz-Neto destacou ainda a importância de esclarecer a população sobre o que é morte encefálica ou morte cerebral --situação em que os batimentos cardíacos são mantidos via aparelhos apenas para manter o fluxo sanguíneo em órgãos que podem ser doados.

"As pessoas precisam receber essa informação no dia a dia, conhecer o processo e passar a ter confiança antes de estar diante da situação de um parente morto e com o coração batendo. Naquele momento de dor, é sempre mais difícil receber a informação, conseguir processá-la e deixar o medo para trás."

No Brasil, a doação de órgãos precisa ser autorizada pela família do doador --sem a necessidade de um documento assinado pela pessoa que morreu.

Em 2010, 1.896 órgãos foram doados. A projeção para este ano, segundo o ministério, é que o número passe para 2.144 --um aumento de 13%. Já estimativa de transplantes para 2011 é 23 mil, contra 21.040 em 2010.

Do total de transplantes no país, 95% são feitos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), de forma gratuita. O número de pessoas aguardando um órgão atualmente chega a 36 mil.

Folha.com - Equilíbrio e Saúde
03/10/2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DEPOIMENTOS EMOCIONANTES

Os depoimentos abaixo foram publicados na Veja SP do dia 19 de outubro.

A matéria de capa teve como título "A força de um transplante".

O pai, de 65 anos, salvou a vida dela

"Algo que ficou claro após meu transplante de rim, em julho, são as coisas que quero e as que não quero da vida. Sou professora universitária, divido meu tempo entre grupos de pesquisa na USP e aulas que dou na Univale, em Santa catarina. Gosto do que faço, mas não pretendo mais aceitar nenhuma oferta de trabalho, por exemplo, ou ficar tensa em exagero, deixando o bem-estar de lado. Foi num momento de stress que começou a se manifestar minha nefropatia autoimune genética, doença que inflama os rins. Depois de quatro anos de doutorado em comercio exterior, entre São paulo, Paris e Estados unidos, eu estava nervosa com o prazo para terminar a tese. A saúde não ia muito bem, meu corpo inchava. Deixei para resolver isso depois da defesa.

Assim que concluí essa história, passei muito mal, com enjoos e pressão altíssima. O transplante seria a solução. Ao contrário de quem precisa de um coração ou pâncreas, poderia tentar um doador vivo, sem precisar entrar em fila de espera. meu pai, de 65 anos, era compatível, e assumiu a missão. Fiquei nervosa por colocá-lo numa sala de cirurgia, sabendo do risco de vida para o doador (cerca de 1%). Por sorte, ele se recuperou bem. Fiquei mais um tempo internada no Sírio-Libanês, porque o rim dele demorou a se acomodar no meu corpo, talvez por eu ser pequena.

Psicologicamente, é um processo difícil. mas tenho a sensação de que eu precisava passar pela experiência. A vida é muito mais bonita do que eu achava antes."

Dinorá Floriani, 36 anos, com novo rim desde Julho

Força para enfrentar o tratamento.

"Já passava da meia-noite e eu estava dormindo em um quarto da ACTC, casa de apoio no bairro de Pinheiros para crianças cardíacas vindas de outros estados. É um lugar bem legal, mas de vez em quando alguma criança de lá morre, e aí todo mundo fica triste. Cheguei de Goiânia para tentar resolver meu problema de saúde em São Paulo. Uma noite, Deus veio no meu sonho e falou: 'Vitória, arruma suas coisas. O telefone vai tocar. Chegou seu coração'. Acordei assustada. A mãe de uma coleguinha ouviu, fez uma oração comigo e me pôs para dormir denovo. Um pouco depois, às 3 horas da madrugada, ligaramdo Hospital das Clínicas com a notícia: tinham um órgãos para mim. minha mãe parou um táxi na rua. Fomos rápido e, chegando lá, tomei um banho para me desinfetar. Fui sedada. Soube depois que meu doador foi um menino do interior de São Paulo, também com 6 anos. Ele estava brincando de pular no sofá, caiu e bateu a cabeça.

Nossa, eu rezo tanto para Deus guiar a alma dele! essa operação mudou minha vida, e hoje tento fazer coisas normais. Outro dia, até fui a um show do luan Santana, meu ídolo. Como todas as outras meninas, tentei um lugar mais perto do palco, mas minha mãe me fez voltar, porque eu fiquei emocionada. Ainda tenho de tomar muito remédio, injeções na barriga que eu mesmo aplico, porque fiquei diabética. Um mês atrás, tive crise de rejeição das células. sei que pode ser que eu tenha de passar por um novo transplante. Mas eu não fico desanimada com a situação. O que eu tiver de fazer pra viver, não importa se vai doer ou não, vou fazer. meu sonho é cursar faculdade e trabalhar um dia como pediatra."

Vitória Chaves da Silva, 13 anos, com novo coração desde 2005

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MATÉRIA DA VEJA SP: UM PRESENTE PARA TODA VIDA

Matéria de Daniel Bergamasco
Veja SP - 19 de outubro de 2011

Até o fim do dia, aproximadamente dez pessoas ao redor da metrópole terão recebido um telefonema que mudará para sempre sua vida. Será um médico ou enfermeiro dizendo para que corram até o hospital, deixando para trás a angustiante espera por um novo coração, pâncreas ou outro órgão que poderá libertá-las da convuvência com uma doença grava, em muitos casos letal. Enquanto isso, nas casas ou quartos onde estão outros milhares que precisam de um transplante, resta adiar mais um pouco o prazo da esperança.

No Brasil, a distribuição da fila é organizada por estado. São Paulo possui quase 12700 nomes e, mesmo com os problemas de seu sistema de saúde pública, apresenta marcas elogiáveis nesse tipo de procedimento. Só na capital, o número de operações cresceu 104% entre 2000 e 2010, chegando a 2907 órgãos transplantados, se contabilizados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e medula óssea. "São cirurgias incorporadas à rotina dos hospitais, com melhores resultados a cada ano", diz o cirurgião Marcelo Jatene, coordenador do Programa de Transplante Cardiopediátrico do Incor.

Outra boa nótícia é que a taxa de 21,2 doadores por 1 milhão de habitantes registrada no estado no ano passado supera a de países como Austrália (13,8) e se aproxima da dos Estados Unidos (25), ficando bem acima da média nacional (9,9). Colabora para o feito um eficiente esquema de busca de órgãos, com quatro postos de procura na região metropolitana e seis no interior. Das famílias abordadas, 70% aceitam ajudar outras pessoas, na Argentina, por exemplo, o índice é de 53%. É um desempenho considerado bom, que precisa, porém, ser incrementado, para diminuir a aflição de outros que esperam.

Entre nossos muitos centros médicos que fazem o procedimento, como Beneficência Portuguesa, Dante Pazzanese ou Hospital do Rim, Algumas conquistas ganham reconhecimento internacional. O Albert Einstein, por exemplo, tornou-se no ano passado o hospital que mais transplanta fígado no mundo, com 198 cirurgias, à frente da Universidade da Califórnia. O melhor: cerca de 96% das operações feitas ali nos últimos anos foram gatuitas, no ´programa de filantropia local. Aliás, o Einstein se prepara para outro salto no início de 2012, ao lado do Hospital das Clínicas: a implantação do transplante multivisceral, ainda realizado em poucos países do mundo. Mas a maior expressão dos avanços nessa área é vista pelas ruas da cidade. Com medicamentos contra a rejeição que têm reduzido os efeitos colaterais e aparelhor de diagnóstico menos invasivos, que dispensam costes e biópsias para acompanhar a saúde dos transplantados, os pacientes premiados com um novo órgão nunca viveram tão bem.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EM VIDA, STEVE JOBS INCENTIVA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Steve Jobs, que em 2009 passou por um transplante de fígado, tornou-se um grande incentivador da doação de órgãos.

Durante um evento, ele agradece à generosidade de seu doador.

Vale a pena ver.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS SALVA VIDAS E TRAZ NOVAS OPORTUNIDADES

Cláudia de Souza Mamede engravidou pela primeira vez aos 23 anos. Antes mesmo que a pequena Karollyne viesse ao mundo, o coração da dona de casa dilatou, passou a ter dificuldades para bombear o sangue e ficou fraco. Em abril deste ano, ela entrou na lista de candidatos a um transplante de coração. Nove dias depois, um recorde no Distrito Federal (DF), um doador apareceu.

"Eram umas cinco horas e pouco da madrugada de uma sexta-feira. Disseram que tinham um coração que poderia ser compatível. Fui para o hospital, tiraram umas oito ampolas de sangue e, quarenta minutos depois, o resultado saiu ¿ 100% de compatibilidade", contou Cláudia. Naquela mesma manhã, ela foi para a mesa cirúrgica.

Duas semanas depois de receber alta e ainda na cadeira de rodas, a vontade é apenas de retomar a vida e cuidar da filha, hoje com 5 anos. Cláudia recorda que, antes do problema cardíaco, não era favorável à ideia de doação de órgãos. "Não achava certo retirar o coração, mesmo depois que a pessoa estivesse morta. A gente só sabe das coisas quando elas acontecem. Agora, o que puderem retirar de mim, podem retirar".

O estudante Felipe Leal, 19 anos, sabe bem a importância da doação de órgãos. Aos 10 anos, começou a apresentar problemas de visão. Na época, os médicos insistiam que era apenas uma alergia. Alguns anos depois, ele recebeu o diagnóstico: sofria de ceratocone ¿ doença degenerativa que compromete as córneas. Em 2010, entrou na lista de candidatos a um transplante.

No dia 30 de agosto, Felipe foi chamado para a cirurgia. Ainda com os pontos no olho esquerdo, o rapaz avaliou a nova chance que ganhou. "De 1 a 10, dou nota 8,5 para a minha visão. Mas ainda faltam dois meses de recuperação". A doença também atingiu a córnea direita e o jovem tem consciência de que pode precisar de um novo transplante. "Ficava com medo de não dar certo. Hoje, tenho certeza de que vou enxergar", disse. "Deus quis assim", completou

A vontade de Felipe de se formar em educação física e trabalhar com grandes atletas só se tornou uma possibilidade graças a pessoas como Francisco Lopes Sousa, 39 anos. O garçom perdeu o filho de 17 anos há cerca de 40 dias. O menino foi assassinado com seis tiros quando passeava com amigos.

"Cheguei ao hospital, chamei por ele e meu filho apertou minha mão. Foi a última vez", recordou. Algumas horas depois, já com a morte encefálica confirmada pela equipe médica, Francisco teve que decidir se doava os órgãos do menino. Com uma filha precisando de um transplante de córnea, não hesitou em decidir pela doação.

Logo em seguida, o garçom descobriu que as córneas não poderiam ser doadas para a filha, porque ela ainda precisava concluir alguns exames e porque havia pessoas na frente na lista de espera. No hospital, a própria filha pediu ao pai que autorizasse a doação. Ao todo, foram doados coração, rins, córneas, fígado e pâncreas.

"Estou tranquilo com a minha decisão. Satisfeito, na verdade, porque ajudei muita gente. Quero conhecer essas pessoas", disse Francisco. Para ele, a doação dos órgãos do filho tem servido como conforto. "Ainda não caiu a ficha de que ele morreu. Às vezes, chamo por ele na casa da avó, mas Deus quis assim", disse.

Fonte: Agência Brasil
noticias.terra.com.br - 02/10/2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

RODO REDE IPIRANGA - SAÚDE NA ESTRADA

Neste fim de semana, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas realizou mais um evento em prol da sociedade.

A ação, intitulada Rodo Rede Ipiranga Saúde na Estrada, visava conscientizar os motoristas sobre os perigos do álcool quando misturado à direção.

O evento contou com a ajuda de profissionais da saúde e voluntários no geral, que deram toda assistência às pessoas que passaram por lá.



























quinta-feira, 6 de outubro de 2011

LANÇADA CAMPANHA NACIONAL DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O coordenador do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Héder Borba, disse nesta terça-feira (27), durante o lançamento da campanha "Seja um Doador de Órgãos, Seja um Doador de Vidas", que uma das metas do governo para 2012 é regionalizar o transplante de órgãos em todo o país.

A campanha foi lançada em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e tem o objetivo de aumentar o número de doadores em todo o Brasil.

“O país é gigantesco. Nós temos que regionalizar o transplante e estimular a capitação de órgãos, a realização de transplante em hospitais transplantadores de Norte a Sul do país, e não apenas concentrá-los na faixa litorânea do Brasil”, declarou.

O número de pessoas aguardando um transplante chega a 36 mil no país. No ano passado, foram feitos 21 mil transplantes, a maior parte de córnea. Borba disse que o Brasil, hoje, é referência no mundo em relação a transplantes financiados pelo poder público. O Sistema Único de Saúde (SUS) financia desde a capitação do órgão até o pós transplante.

Fonte: Agência Brasil - 28/09/2011

FILME OFICIAL DA CAMPANHA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AÇÃO DA CAMPANHA DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS EM SOROCABA

Neste domingo, a equipe "Doe Órgãos" juntamente com o Rotary Club de Avaré Jurumirim, estiveram no Esplanada Shopping em Sorocaba para promover a campanha de doação de órgãos.

Como não podia ser diferente, a ação foi um sucesso.

Obrigada a todos que compareceram e puderam conhecer um pouco mais sobre o ato de doar.