quinta-feira, 29 de março de 2012

AMERICANO QUE DOOU DOIS ÓRGÃOS CRUZA EUA A PÉ EM CAMPANHA POR MAIS DOAÇÕES

Um americano que doou dois órgãos está fazendo uma caminhada pelos Estados Unidos em campanha para estimular que mais pessoas façam doações ainda em vida.

Harry Kiernan, que tem 58 anos, doou um rim e parte de seu fígado a pacientes em lista de espera.

Fundador da National Living Organ Donor Foundation, Fundação Nacional de Doadores Vivos, Kiernan disse que a inconveniência para ele foi mínima diante do que as doações representam.

Segundo dados da fundação, há hoje nos Estados Unidos 113.500 pessoas na fila de espera por uma doação de órgão.

A cada dia, 20 delas morrem.

A caminhada de Kiernan para tentar mudar essa realidade teve início no dia 18 de março em Glastonbury, no Estado de Connecticut, na costa leste dos Estados Unidos. E deverá terminar em Los Angeles, Califórnia, no oeste do país, na primeira semana de julho.

Kiernan planejava andar cerca de 3.200 km, passando por cidades como Nova York, Baltimore, Washington e St. Louis, até seu destino final.

Em e-mail à BBC Brasil, no entanto, ele explicou que desde o início da campanha recebeu pedidos de visitas de outras cidades. Como resultado, a rota original deverá ser estendida para incluir paradas em Boston e Chicago, por exemplo.

Terceira doação

Em uma parada mais longa para se recuperar de bolhas nos pés, Kiernan escreveu que as duas doações que fez até hoje não tiveram qualquer impacto sobre sua vida.

"Fiz check ups completos duas vezes. Que presente pode ser melhor do que receber duas vezes um atestado de saúde perfeita?"

"Além disso, tenho duas cicatrizes legais", brincou.

Acredita-se que Kiernan seja a única pessoa a ter doado, em vida, dois de seus órgãos. Ele diz que uma terceira doação não seria impossível.

"Eu poderia doar um lóbulo do meu pulmão esquerdo. Acho que as recomendações de idade para doações de pulmão são as mesmas que as (recomendações para doações) de fígado, ou seja, não após os 60".

"Vou fazer 60 no dia 20 de junho de 2013. Claro que eu faria (a terceira doação) se houvesse um receptor."

"Infelizmente, sempre haverá a necessidade".

Graças a Kiernan, porém, duas americanas já não vivem a angústia de esperar na fila por um doador.

Elas são Eileen Branciforte - diretora de uma biblioteca pública - que recebeu um rim, e a menina Arianna, que recebeu uma parte do fígado de Kiernan.

Arianna tinha apenas um ano de idade quando recebeu o transplante. Na última sexta-feira, 23 de março, a menina completou três anos.

Harry Kierman está sendo acompanhado em sua caminhada por simpatizantes da causa e uma equipe de filmagem.

Ele disse esperar que por meio de educação, conscientização e apoio, mais pessoas façam como ele e se voluntariem, em vida, para doar órgãos.

BBC Brasil
Fonte: UOL Notícias - Ciência e Saúde
27032012

segunda-feira, 26 de março de 2012

PREFEITURA NO BAIRRO - 24/03

Neste último sábado, 24/03, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas participou do Projeto Ação Social Prefeitura no Bairro, no centro de Educação Infantil Geraldo Benedeti.

Mais uma vez, a população compareceu em peso para tirar todas as dúvidas referentes a doação de órgãos.

Parabéns à Rita e a todos os volúntários da equipe Doe Órgãos.






















segunda-feira, 19 de março de 2012

REAL MADRI ENTRA EM CAMPO COM CAMISAS DE APOIO A ADIBAL E MUEMBA

MADRI, 18 Mar 2012 (AFP) -Os jogadores do Real Madrid entraram em campo neste domingo contra o Málaga, no estádio Santiago Bernabeu, usando camisas com mensagens de apoio ao lateral francês Eric Abidal, do Barcelona, que espera um transplante de fígado, e ao volante inglês Fabrice Muamba, do Bolton, que sofreu uma parada cardíaca em campo no sábado e continua em "estado crítico".

As camisas tinham a menção "Força Abidal" de um lado e "melhore logo Muamba" de outro.

Abidal, operado de um tumor no fígado no dia 17 de março, precisa fazer um transplante de fígado e pode não poder voltar a jogar.

Já Muamba, que caiu no gramado na partida de quartas de final contra o Tottenham após sofrer uma parada cardíaca, continua internado num hospital londrino.


Fonte: Uol Esporte
18/03/2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

PRIMEIRO TRANSPLANTE DE PULMÃO COM ÓRGÃO REGENERADO

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Matheus de Moura, 31 anos, é a primeira pessoa na América Latina a receber um transplante de pulmão com órgão que passou por um processo de regeneração. O transplante foi realizado na manhã do último dia 2, no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em São Paulo.

O transplante foi feito pelos médicos Fábio Jatene, cirurgião e coordenador do Programa de Transplante de Pulmão do InCor, e Paulo Pego, cirurgião e coordenador do Projeto de Recondicionamento Pulmonar do Programa de Transplante de Pulmão do InCor

Moura é portador de uma doença chamada fibrose pulmonar. “Fibrose pulmonar causa endurecimento dos pulmões. E, no caso dele, a doença afetou os vasos do pulmão. Esse pulmão endurecido fica menor, mais pesado e com dificuldade para encher e esvaziar o ar”, explicou o médico Fábio Jatene, em entrevista à Agência Brasil.

Em casos de fibrose pulmonar ou de enfisema pulmonar avançado, a saída geralmente é o transplante. O problema é que o procedimento é um dos mais complexos a serem realizados, já que o pulmão é um órgão difícil de ser captado. “Em nossa experiência, conseguimos aproveitar de 5% a 10% dos pulmões dos doadores. Apenas. Esse é um dado ruim porque outros órgãos se aproveitam muito mais, como rim, fígado e até coração. Pulmão se aproveita pouco porque ele tem uma série de condições: ele está aberto para o meio exterior e sujeito a contaminações”, explicou o médico.

Segundo Jatene, quando ocorre a morte encefálica, o paciente é entubado, fazendo com que os pulmões passem a acumular muito líquido, o que é chamado de edema pulmonar ou congestão pulmonar. E isso atrapalha o funcionamento do pulmão. “Quando se idealizou essa técnica [de regeneração do órgão], as pessoas pensaram: 'vamos retirar esse excesso de liquido'. Se o pulmão, de uma maneira geral, está com excesso de líquido, pesado, congesto, com edema, podemos retirar esse líquido e, consequentemente o pulmão passa a funcionar melhor”, explicou.

A captação do órgão é feita da mesma maneira que no transplante convencional. O que muda é que, na técnica antiga, depois de feita a captação, o órgão era colocado numa cuba (recipiente) e depois transplantado. Agora, instalam-se “tubinhos” no órgão, que permitem que o líquido circule. “Ele [pulmão] fica na máquina, nessa cuba, com uma bombinha, fazendo o bombeamento desse líquido por algumas horas. No caso do nosso paciente, ficou por cinco horas fazendo essa circulação de líquido no pulmão”, disse o médico. Só depois disso é que o órgão pôde ser transplantado.

Esse processo é chamado de regeneração do órgão. “O pré e pós-operatório do paciente é o mesmo. Nesta fase é igual, não tem diferença nenhuma. O que é diferente é a partir do momento em que nós captamos o órgão até a realização do transplante”, reforçou Jatene.

A expectativa dos médicos é que, com essa técnica de regeneração do pulmão, um maior número de órgãos possa ser aproveitado para o transplante. "Com esse método poderemos realizar um número maior de transplantes porque vamos obter mais pulmões em boas condições de transplantes. E, consequentemente, vamos poder beneficiar maior número de pessoas e reduzir o tempo de espera desses pacientes para o transplante”, disse.

A fila de espera por um transplante de pulmão no InCor é de cerca de 80 pessoas. Jatene prevê que, com a nova técnica, a média atual de intervenções, de cerca de 30 transplantes por ano, possa ser duplicada. “Temos a expectativa de conseguir aumentar de 50% a 100% o número de transplantes realizados. Fazemos 30 por ano. Se aumentarmos entre 50% e 100%, faremos de 15 a 30 a mais. Se conseguirmos dobrar o número de transplantes, será maravilhoso”, disse.

O paciente que passou pelo transplante no início do mês segue em recuperação. “Estamos prevendo [que o paciente fique] mais alguns dias na UTI [unidade de terapia intensiva]. E, depois, mais uma ou duas semanas no quarto”, disse Jatene. Quando for para o quarto, Moura precisará fazer caminhadas, exercícios fisioterápicos e recondicionamento. “Depois, ele vai fazer a mesma coisa em nível ambulatorial. Ele vai ter retornos periódicos e próximos, para controlarmos os aspectos relacionados à rejeição e à infecção”, disse médico.

Fonte : Agência Brasil
12/03/2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

GOVERNO FIXA REGRAS PARA TRANSPLANTES EM ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES NO PAÍS

Os estrangeiros não residentes no Brasil que esperam por uma doação poderão ser submetidos a transplantes de órgãos, tecidos ou partes do corpo humano no país desde que o doador seja vivo - cônjuge ou parente consanguíneo até o quarto grau, em linha reta ou colateral.

A portaria regulamentando o procedimento foi publicada hoje (8) no Diário Oficial da União e vale para as cirurgias realizadas na rede privada. A realização desses transplantes com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) só é possível com prévia existência de acordos internacionais em base de reciprocidade.

De acordo com o Ministério da Saúde, a medida atende principalmente a população de fronteira que por vezes não conseguia ter acesso à cirurgia por falta de uma lei que regulamentasse o procedimento.

Pela legislação em vigor, estrangeiro não tem acesso ao banco de órgãos coordenado pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.

Hoje (8) às 14h o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, junto com dirigentes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) apresenta o balanço das ações de transplantes realizadas ano passado no Brasil.

Cristina Machado
da Agência Brasil, em Brasília

Fonte: Uol Notícias - Ciência e Saúde
08/02/2012

sexta-feira, 2 de março de 2012

FUNDAÇÃO PRÓ-RIM ATINGE A MARCA HISTÓRICA DE 1000 TRANSPLANTES RENAIS

Instituição comemora a vida e o benefício direto para os pacientes de diversas regiões do Brasil.

A Fundação Pró-Rim realizou na tarde desta sexta-feira (24/2), no Hospital Municipal São José, em Joinville, o milésimo transplante renal de sua história. A paciente de Bom Retiro (SC) tem 42 anos e recebeu o rim do marido, por meio de um gesto de amor.

O presidente da Pró-Rim, Dr. Hercilio Alexandre da Luz Filho, destaca que os 1.000 transplantes representam um grande feito para a medicina catarinense e um benefício direto para os pacientes renais de diversas regiões do Brasil. “Aos parceiros e à toda equipe multidisciplinar da Pró-Rim, nosso muito obrigado”, afirma.

A equipe da Fundação Pró-Rim é líder e pioneira nos transplantes renais em Santa Catarina e está entre as 10 instituições que mais realizam esse tipo de cirurgia no Brasil. É composta por médicos cirurgiões, urologistas e nefrologistas especializados no país e no exterior. Conta também com um grupo multidisciplinar formado por enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, que atuam no ambulatório de transplantes e são responsáveis pelo tratamento clínico do paciente antes e depois da cirurgia.

1978: primeiro transplante

O primeiro transplante renal em Joinville foi também o primeiro de Santa Catarina e aconteceu em 1978, no Hospital Municipal São José. A receptora foi também uma mulher, do bairro Nova Brasília.

De acordo com Dr. José Aluisio Vieira, fundador da Pró-Rim, “quando iniciamos este serviço, não imaginávamos o progresso e desenvolvimento no tratamento dos renais crônicos em nossa cidade. Hoje, os resultados das cirurgias em Joinville são idênticos àqueles realizados em grandes centros nacionais e internacionais”.

Ao longo da história, as 1.000 cirurgias foram realizadas em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com os hospitais públicos e particulares de Joinville - Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, Hospital Dona Helena e Hospital Municipal São José, onde foram feitos mais de 700 transplantes.


24/02/2012