segunda-feira, 30 de maio de 2011

NASCE NA FRANÇA PRIMEIRO BEBÊ GRAÇAS A TRANSPLANTE DE TECIDO OVARIANO

PARIS, 16 Abr 2011 (AFP) -Um transplante de tecido ovariano, realizado pela primeira vez na Europa, permitiu a uma francesa estéril dar à luz um bebê, anunciaram neste sábado à AFP seus médicos.

"Mãe e bebê estão bem", declarou o Dr. Guy Kerbrat, ginecologista do Hospital de Parly II-Le Chesnay, nos arredores de Paris.

"Victoria (2,850 quilos) nasceu por cesárea no dia 08 de março" em uma instituição privada de saúde, disse ele.

"É a primeira vez no mundo em que é feito um transplante deste tipo entre gêmeas que sofrem de síndrome de Turner" (anomalia cromossômica que afeta uma em cada 2.500 mulheres), explicou o professor Jacques Donnez, ginecologista da Universidade Católica de Louvain, em Bruxelas, que realizou o transplante através de um "mini incisão" no abdômen.

Também é a primeira vez que se realiza uma intervenção deste tipo na Europa, segundo a mesma fonte.

Em 2008, Susanne Butscher, de 39 anos, deu à luz uma menina em Londres depois de passar por um transplante de ovário procedente de sua irmã gêmea, mas esta operação foi realizada nos Estados Unidos pelo Dr. Sherman Silber, que posteriormente permitiu outros quatro nascimentos com um transplante entre gêmeas monozigóticas (idênticas), de uma mulher que sofria uma menopausa precoce, de acordo com Donnez.

Os transplantes entre gêmeas idênticas não precisam de um tratamento contra rejeição.

A paciente francesa sofria com uma menopausa precoce devido à síndrome de Turner, com ausência de ovários.

Uol Notícias - 16/04/2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS: UMA MORTE FORNECE NOVA CHANCE PARA OUTRAS VIDAS

Parentes de Julio Garcia tocam o peito de Sebastiao Laurenco, que recebeu o coração transplantado

Mirtala Garcia colocou a mão sobre o peito de Sebastiao Laurenco, depois pousou seu ouvido sobre ele por um instante.

“É o meu coração”, disse ela. “Ainda está batendo para mim.”

Embora ela tivesse acabado de conhecer Laurenco, ela conhecia aquele coração há muito tempo. Ele pertencia a seu marido, Julio, que morreu de uma hemorragia cerebral em março de 2010, aos 38 anos. Garcia doou os órgãos de seu marido, e a perda da família deu uma segunda chance a Laurenco, 57.

Mas ele não foi o único. Sete ou oito pessoas que precisavam de transplantes urgentes também receberam órgãos de Julio Garcia. Um número grande, o que é pouco comum. (A média por doadores de órgão é de cerca de três pessoas). Mais incomum ainda foi o fato de sua família e o grupo de transplantados ter se conhecido na quarta-feira num encontro muito comovente na sede da Rede de Doadores de Órgãos de Nova York, em Manhattan, que coordenou os transplantes.

A história dos Garcia e das pessoas cujas vidas foram salvas pelos órgãos doados por um homem oferece uma visão sobre o mundo pesado dos transplantes e doações de órgãos, em que as pessoas que estão na lista de transplantes sabem que podem morrer esperando, e os hospitais pedem que as famílias de pacientes com morte cerebral, talvez no momento mais difícil de suas vidas, olhem além do seu luto e permitam que os órgãos de um ente querido sejam removidos para ajudar estranhos.

Não há doadores de órgãos suficientes, nem de longe, para todas as pessoas que precisam de transplantes. Quase 111 mil pessoas estão em listas de espera nos Estados Unidos, mas no ano passado foram realizados apenas 28.663 transplantes, de acordo com a Rede Unida para Compartilhamento de Órgãos, que coordena o sistema de transplantes em todo o país. Este ano, 6 a 7 mil pessoas devem morrer esperando.

Na semana passada, Garcia e seus filhos, de 5, 11 e 18 anos, que moram em Stamford, Connecticut, encontraram quatro dos receptores dos órgãos de seu marido pela primeira vez. Um quinto receptor também compareceu, um dos dois que tinham insuficiência renal, ambos membros da igreja de Garcia, a quem ela escolheu para receber os rins.

Garcia dirigiu-se a uma sala cheia de receptores, famílias, médicos, enfermeiras, o ministro da igreja, sua família e funcionários da rede. Ela falou brevemente, usando um intérprete. Ela disse que seu marido tinha um grande coração e ficaria muito orgulhoso de ter “dado a vida depois da morte”. Ninguém nunca o esquecerá, disse ela.

Elaine R. Berg, presidente da rede de doadores, disse: “essas reuniões não acontecem com tanta frequência. Eu estou aqui há 11 anos, e se elas acontecem uma vez por ano, é muito. Nunca encontrei cinco receptores de um único doador. É muito incomum.”

Em muitos casos, os receptores ou as famílias doadoras, ou ambos, preferem permanecer anônimos, disse Berg. Os receptores podem enviar cartas de agradecimento através da rede, mas normalmente eles e os doadores não optam por se encontrar.

“É muito intimidador e muito comovente”, disse Berg. “Algumas pessoas não aguentam isso.”

Mas ela disse que encontrar os receptores pode oferecer conforto para as famílias doadoras.

Julio Garcia era tão jovem e forte que suas córneas e seis outros órgãos estavam saudáveis o suficiente para servirem para transplante: o coração, um pulmão, o pâncreas, ambos os rins e o fígado, que foi dividido para salvar duas pessoas, um adulto e uma criança.

Nas fotos, Julio Garcia era bonito, tinha um sorriso maroto. Sua mulher diz que ele adorava fazer piadas e dar risada. Mas ele também era profundamente religioso, e, enquanto pastor de uma igreja evangélica em Stamford, ele pregava bastante e dava conselhos matrimoniais. Ele ganhava a vida como carpinteiro. Tanto ele quanto a mulher, originários da Guatemala, tornaram-se cidadãos naturalizados.

Durante muitos anos, ele sofreu periodicamente de dores de cabeça sérias, mas foi informado de que eram enxaquecas. As dores de cabeça ficaram muito piores que de costume durante a semana anterior ao dia 17 de março, uma quarta-feira. Naquele dia, com a cabeça doendo, ele disse aos seus filhos que os amava, e saiu para o trabalho.

Ele ligou para a mulher naquela tarde, dizendo que sua dor estava terrível e que seu corpo estava formigando. Ela quis chamar uma ambulância, mas ele pediu que ela fosse buscá-lo. A mulher o levou a um hospital de Stamford. Uma imensa hemorragia e um inchaço estavam fazendo pressão em seu cérebro. Os médicos tentaram aliviar a pressão, e transferiram Garcia para o hospital New York-Presbyterian/Weill Cornell em Manhattan.

Quando ele chegou lá na noite de quarta-feira, estava em coma profundo, precisava de aparelhos para respirar e estava com a pressão extremamente baixa – todos os sinais de uma grande hemorragia afetando o tronco encefálico, de acordo com o Dr. Axel Rosengart, diretor de cuidado neurológico intensivo. Os médicos estabilizaram-no e tentaram novamente reduzir a pressão do cérebro, mas os exames mostraram danos extensos e irreversíveis, disse Rosengart.

Rosengart disse que não tinha certeza, mas suspeitava que o sangramento tivesse sido causado por uma má formação arteriovenosa, uma anormalidade que talvez Garcia tivesse desde o nascimento.

Na quinta-feira, disse Rosengart, ele começou a avisar a família de que Garcia estava a caminho da morte cerebral. No final do dia, o diagnóstico foi feito duas vezes, por dois médicos diferentes, de acordo com a lei estadual. Um paciente com morte cerebral é considerado legalmente morto. Nesse ponto, há duas prioridades, disse Rosengart: “a família e sua sobrevivência emocional, e preservar os órgãos”.

Os pacientes com morte cerebral se tornam instáveis do ponto de vista médico, e costuma ser necessário um tratamento intensivo para evitar que os órgãos falhem.

Rosengart e uma assistente social da Rede de Doadores de Órgãos de Nova York perguntaram a Mirtala Garcia sobre a doação de órgãos.

Primeiro, lembra-se Garcia, ela não conseguiu aceitar o diagnóstico de morte cerebral. Ainda esperando que um milagre salvasse seu marido, ela pediu que eles esperassem.

No dia seguinte, sexta-feira, ficou claro para ela que seu marido não se recuperaria. Rosengart e a assistente social, Michelle Aguiar, pediram para ela pensar no que Julio Garcia gostaria que ela fizesse.

“Mais da metade das vezes, se você oferece a alguém a chance de salvar uma vida, quando a pessoa está pensando claramente, com certeza ela dirá que sim”, disse Aguiar. “O momento certo é crucial.”

Ela disse que 70% das famílias a quem ela perguntou, deram-lhe permissão, uma das taxas mais altas na rede de Nova York.

Mirtala Garcia disse que pensou sobre como era importante para seu marido ajudar outras pessoas. Ela se lembrou de um filme que eles assistiram, “Sete Gramas”, sobre um homem que doa seus órgãos. Julio Garcia disse que seria ótimo salvar vidas, e se alguém recebesse seu coração, ele esperava que ela conhecesse a pessoa. Ela se lembrou de outro filme em que uma pessoa entrou em estado de coma, e depois disso Julio Garcia disse que não queria que sua família o visse definhar daquela forma.

Ela falou com parentes e com seu ministro. Por fim, Mirtala Garcia pensou em sua amiga Milvia Palma, que precisava de um transplante de rim. Ela ouviu a voz de Palma em sua mente, dizendo: “estou doente”. E naquele momento, a decisão foi tomada. Julio Garcia havia dito que Deus ajudaria Palma. Quem imaginaria que seria através de sua própria morte?

Na noite de sexta-feira, Mirtala Garcia assinou os formulários de consentimento. A rede de doadores entrou em ação, localizando pacientes no topo das listas de transplantes, buscando compatibilidades de tipo sanguíneo, tamanho corporal e outros fatores.

Pacientes de Colúmbia se qualificaram para receber o coração, o fígado e o pulmão; uma criança de um ano de Mount Sinai também receberia uma parte do fígado, e Palma e Edward Santos, outro amigo e membro da igreja, receberiam os rins. O pâncreas iria para um paciente em Minnesota, que preferiu permanecer anônimo.

As primeiras operações foram marcadas para domingo. Thomas Ginz, 67, de Guilford, Connecticut, recebeu um telefonema às 6h30 da manhã.

“Você recebe um documento do hospital para entregar à polícia caso você precise ultrapassar o limite de velocidade se precisar, porque o tempo é crucial”, disse Ginz. (Ele não precisou usá-lo.)

Ginz, que tem uma doença chamada fibrose pulmonar idiopática, que provoca lesões nos pulmões, precisava de oxigênio o tempo todo e estava se deteriorando tão rápido que até o médico tinha começado a temer que um transplante talvez não chegasse a tempo.

Agora, Ginz se perguntava se a operação de fato aconteceria. Um mês antes, um pulmão havia ficado disponível e ele foi convocado como candidato substituto e foi totalmente preparado para cirurgia. Mas aconteceu de outro paciente ser um receptor mais compatível. Muitos candidatos a transplantes passam por esses alarmes falsos, que acabam com os nervos. Mas desta vez, seu cirurgião disse, “Tom, é sua vez”, e o moveu para a sala de cirurgia.

Jo Ann Laskaris, 69, de Manhattan, também se perguntou se sobreviveria tempo suficiente para receber um transplante. Ela teve câncer de fígado, causado pela hepatite C que contraiu de uma transfusão de sangue quando tinha pouco mais de 20 anos. Os médicos lutavam para fazer com que a doença não se espalhasse para além do fígado. Ela recebeu o lobo direito, o pedaço maior do fígado de Garcia.

O lobo esquerdo, menor, foi para Braylen Benitez, um menino do Bronx com uma doença congênita do fígado, cujo corpo havia acabado de rejeitar um transplante.

Laurenco, 57, que mora em Jackson Heights, Queens, teve uma insuficiência cardíaca severa e estava no hospital quando chegou a notícia do transplante. Durante dois anos ele precisou de uma bomba implantada para ajudar o seu coração fraco, e, assim como outros, estava vendo seu tempo acabar.

Santos, 43, teve falência renal causada pela diabetes, que já havia danificado sua visão e levado à amputação de sua perna abaixo do joelho. Os tratamentos de diálise o deixaram doente e fraco, e, como os pacientes da clínica foram morrendo um a um, ele se perguntava se teria o mesmo destino.

Depois das operações, Laskaris e a mulher de Ginz escreveram para Mirtala Garcia para agradecer, e disseram que esperavam conhecê-la um dia.

Na semana passada, os receptores e suas famílias abraçaram Garcia e seus filhos em agradecimento. Vários disseram que sentiram uma conexão profunda com ela e sua família. Laurenco, um artista, deu a ela um quadro. Laskaris perguntou se ela e sua família podem frequentar a igreja de Garcia.

Para a maioria deles, não foi um ano fácil. Vários sofreram de infeções e episódios temerários de rejeição, e todos estão passando por tratamentos complicados com medicamentos anti-rejeição e outras drogas. Mas todos estão gratos por estarem vivos e são muito conscientes de que sua sobrevivência dependeu da morte de outra pessoa, e da gentileza de sua família.

Garcia e seus filhos estão convivendo com a perda e a tristeza. E sem o salário de seu marido, Garcia, que faz faxina, luta para pagar o aluguel e alimentar a família. Mas ela disse que encontra conforto, e às vezes até alegria, ao pensar que seu marido continua vivendo através de outras pessoas, e que ele gostaria que fosse assim.

Matéria de Denise Grady
Dabrali Jimenez contribuiu com a reportagem
Tradução: Eloise De Vylder
Fonte: Uol Notícias - Internacional / The York Times
23/05/2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

PREFEITURA NO BAIRRO

A Campanha Doe Órgãos Salve Vidas esteve mais uma vez presente no Prefeitura no Bairro que aconteceu no dia 21 de maio no Centro Social Urbano “Dr. Públio Pimentel” na Plimec.

Ainda é grande o número de pessoas que acham que estando escrito na cédula de identidade “Doador de Órgãos e Tecidos” é suficiente para ser doador porém hoje isto não tem mais nenhuma validade e a Campanha Doe Órgãos Salve Vidas tem contibuido para levar estes esclarecimentos para a população.

Atualmente a legislação brasileira diz que só a familia pode autorizar uma doação.
Wilson Roberto Roesener.
Rotary Club de Avaré Jurumirim.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

MATÉRIA DA REVISTA MULHER CONTA A HISTÓRIA DE UMA MÃE GUERREIRA

Neste mês de maio, a revista Mulher, fez uma emocionante homenagem ás mães. A matéria, que tinha como título “Suzana Incal: semeando a vida”, contou a história de uma mãe guerreira que usou a dor e o sofrimento de seu filho como uma alavanca para ajudar o próximo.

Com a perda precoce de seu marido, a empresária Suzana Incal descobriu que seu filho, com então 10 anos de idade, tinha um problema congênito do coração que poderia levá-lo à morte.

A doença em questão é denominada Displasia do ventrículo direito, que é caracterizada por uma infiltração de tecido adiposo no ventrículo e fibrose, que por sua vez leva a diminuição da espessura da parede e dilatação da câmara cardíaca. Afeta cerca de 6 em cada 10.000 indivíduos.

Inicialmente, não se sabia como seria a evolução da doença. O transplante não foi a primeira opção. “Tudo era um susto, não sabíamos o que aconteceria a cada dia da vida do Renato, se ia dar certo e que tudo realmente era uma corrida contra o tempo”, relembrou Suzana na matéria.

Mas infelizmente a vida de Renato começou a mudar devido à evolução nada animadora da doença. Ele não podia ter uma vida normal de uma criança de 10 anos, uma vez que atividades físicas eram proibidas.

Com o tempo, a única solução plausível passou a ser o transplante. Suzana relembra na entrevista que quando descobriu que esta seria a única solução houve uma mistura de sentimentos dentro dela. “A sensação é de um buraco no coração e, ao mesmo tempo, existia um alívio por saber que existia uma solução para aquela tristeza de vida que ele estava levando sem poder fazer nada do que tinha vontade de fazer, ou seja, de não poder levar uma vida normal para um menino de sua idade”, relata.

A partir daí, começou outra batalha para a família: a espera por um doador compatível com Renato. Foram oito meses na fila de espera pelo órgão.

Com a espera, a saúde de Renato se agravava a cada dia. Para a mãe, o pior momento foi o dia em que o filho pediu a ela que doasse seu coração para ele, até que aparecesse um doador compatível.

Após oito penosos meses, o doador compatível finalmente apareceu. “Chorei muito na hora em que recebi a notícia de que tinham achado um doador compatível com o Renato. Ao mesmo tempo em que estava aliviada, tinha medo”, conta Suzana.

Mesmo com o estado gravíssimo de Renato, o transplante foi um sucesso, vencendo o índice de rejeição (que é de aproximadamente 10%) e também o perigo de outras complicações que ele já vinha sofrendo em função da doença.

Suzana lembra que, passada a cirurgia, veio uma fase de adaptação para seu filho: passar a viver como transplantado. “Foi uma outra fase, que também não é fácil”. É uma escada de subidas e descidas, tivemos problemas a enfrentar pós transplante, mas graças a Deus conseguimos superar”, relata Suzana.

E todos os obstáculos foram superados com maestria. E foi daí que a família decidiu usar a experiência vivida para ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo drama. Surgiu assim a campanha “Doe Órgãos Salve Vidas”. “Depois de tudo que passamos dentro do hospital, percebemos o quanto era necessário as pessoas se informarem, se conscientizarem mais a respeito do que é uma doação”, conta.

Com a vida voltando ao normal, Suzana arregaçou as mangas e se empenhou em divulgar a campanha, trabalho que faz magistralmente até hoje.

Atualmente, Renato leva uma vida normal como a de qualquer jovem de 19 anos. Faz atividades físicas, terminou o ensino fundamental e se prepara para prestar vestibular.
Vale lembrar que, no Brasil, o financiamento de toda e qualquer doação de órgãos é coberta pelo SUS e é proibido que se cobre por procedimentos para a realização de um transplante. Exames para entrada na lista de espera, internação, cirurgias e até a medicação contra rejeição é fornecida por toda vida, pelo Sistema.

A matéria na íntegra é de autoria de Ana Sampaio e pode ser lida na Revista Mulher, Ano 1, edição n°2, 2011.
A revista tem distribuição gratuita em Avaré

segunda-feira, 16 de maio de 2011

VOLUNTÁRIOS DA CAMPANHA DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS REALIZAM PALESTRA NA EDUVALE

Durante o 4º CONINCE – Congresso de Iniciação Científica Eduvale, os alunos dos cursos de Enfermagem daquela renomada instituição de ensino receberam os voluntários da Campanha Doe Órgãos Salve Vidas para uma palestra sobre o incentivo à doação de órgãos e sobre como funciona a estrutura organizacional da campanha. Houve exibição de videos e distribuição de folhetos informativos. Foram ressaltados aos alunos a importância de debater este assunto principalmente no ambito familiar que é o fator decisivo para que uma possível doação/transplante venha a acontecer. A legislação brasileira determina que só a familia de uma pessoa acometida de morte cerebral pode autorizar a doação dos órgãos para o transplante.
 
Matéria de Wilson Roberto Roesener.
Rotary Club de Avaré Jurumirim.
Campanha Doe Órgãos Salve Vidas.





quarta-feira, 11 de maio de 2011

AMERICANO QUE FEZ TRANSPLANTE TOTAL DE ROSTO APARECE EM PÚBLICO

Com óculos escuros e cavanhaque, Dallas Wiens, beneficiário do primeiro transplante facial completo dos EUA, juntou-se aos cirurgiões nesta segunda-feira no Brigham and Women's Hospital, em Boston. Foi sua primeira aparição pública desde o procedimento de 15 horas realizado em março.

Na ocasião ele contou a primeira coisa que sua filha lhe disse quando o viu após a operação: "Papai, você é tão bonito."

"Parece natural", disse o homem de 25 anos, de Fort Worth, Texas, que recebeu um novo nariz, lábios, pele, músculos e nervos de um doador anônimo. A operação foi paga pelo exército dos EUA, que pretende utilizar os resultados do processo para ajudar soldados com graves ferimentos faciais.

O rosto de Wiens foi todo queimado e ele ficou cego após um acidente elétrico, enquanto pintava uma igreja em novembro de 2008.

Os cirurgiões disseram que o transplante não foi capaz de restaurar sua visão, e que os nervos estavam tão danificados que ele provavelmente terá apenas sensibilidade parcial em sua bochecha esquerda e no lado esquerdo da testa.

Em reportagem da agência de notícias Associated Press e em um vídeo do YouTube, do ano passado, Wiens falou sobre o motivo pelo qual gostaria de fazer o transplante e como queria voltar a sorrir e sentir os beijos de sua filha, Scarlette, que faz 4 anos no próximo mês. Transplantes faciais dão a pessoas que ficaram desfiguradas outra opção além de "se olhar no espelho e odiar o que veem", disse ele.

Ele disse à reportagem que sua filha e sua fé o mantiveram motivado.

A cirurgia foi paga pelo Departamento de Defesa, que deu ao hospital uma concessão de pesquisa de US$ 3,4 milhões para cinco transplantes.

Cerca de uma dúzia de transplantes de rosto foram realizados no mundo todo, nos EUA, França, Espanha e China.

O paciente Dallas Wiens antes do transplante (à esquerda) e depois (à direita), nesta segunda-feira

O paciente no Brigham and Women's Hospital, em Boston, ao lado de sua filha Scarlette, que faz 4 anos no próximo mês

Fonte: Folha.com/ Equilíbrio e Saúde
09/05/2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

EQUIPE "DOE ÓRGÃOS" REALIZA PALESTRA NO CENTRO SOCIAL URBANO BAIRRO PLIMEC

O Centro Social Urbano (CSU) “Dr. Públio Pimentel” que atende aos moradores do Bairro Plimec em Avaré recebeu nesta ultima sexta-feira 06 de maio a equipe da Campanha Doe Órgãos Salve Vidas para uma palestra.

Os moradores daquele bairro que compareceram no CSU assistiram videos, ouviram depoimentos e ganharam kits de material informativo sobre o tema da doação de órgãos.

Estas palestras tem exclarecido a comunidade sobre como é o sistema de doação/transplante de órgãos no Brasil e procura incetivar as pessoas a discutirem o assunto com a familia, amigos, colegas de trabalho e enfim deixar claro que doando órgãos podemos melhorar ou até mesmo salvar vidas.








Matéria: Wilson Roesener

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PROJETO DA IGREJA ADVENTISTA FAZ CAMPANHA PARA DOAÇÃO DE SANGUE E MEDULA

O projeto Vida por Vidas é reconhecido pela OMS como uma das maiores campanhas de captação de sangue do país.

Em 2010, o grupo 'Galera da Medula' cadastrou mais de 12 mil doadores.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

HOSPITAL DA CANA RECEBE CREDENCIAMENTO PARA TRANSPLANTES

O Hospital dos Fornecedores de Cana de Piracicaba já está credenciado para realizar transplante de coração e de rim. Atualmente, os pacientes da cidade que necessitam de doação de órgãos são encaminhados para Campinas ou São Paulo. Os primeiros procedimentos cirúrgicos devem ocorrer em um mês.

Segundo o presidente do Hospital, José Coral, o centro cirúrgico foi ampliado e recebeu equipamentos já com o objetivo de preparar as salas para a realização do transplante. “Nos últimos quatro anos, foram investidos cerca de R$ 5 milhões por ano na compra de equipamentos, reformas e modernização para atender esta demanda”, conta.

Na avaliação do diretor técnico do Hospital, Dr. Miki Mochizuki, o desenvolvimento tecnológico necessário para a realização de transplantes resulta em benefícios para todos os pacientes, não só os que precisam de órgãos. “O nível do corpo clínico também se eleva e a fila de transplantes vai diminuir”, garante Mochizuki.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, em 2010 foram realizados 2.328 transplantes na capital e no interior. Desses, 1.479 foram de rim e 77 de coração. A diferença em relação a 2009 representou um aumento de 18%, contudo, a fila de espera em março deste ano chegou a 117 pacientes para transplante de coração e 10.426 para rim. “Esse número deve diminuir ainda mais nos próximos meses”, ressalta a assessoria de imprensa da Secretaria.

Só em Piracicaba, a fila de pessoas que precisam de um rim ultrapassa 50. “Nós atendemos a demanda dos Fornecedores de Cana e da Santa Casa”, explica a médica nefrologista do Hospital, Dra. Patrícia Rela Bruno Leite. O transplante de rim poderá acontecer dentro de um mês.

Já o transplante de coração ainda deve demorar um pouco mais, pois ainda será necessário um investimento de cerca de R$ 1 milhão, segundo informou Coral. “Mas o fato de conseguirmos o credenciamento fez com que aumentasse ainda mais nossa vontade de inovar e crescer”, comemora.

Fruto de um esforço da Afocapi (Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba), o credenciamento para este serviço é o primeiro da cidade. “E vamos atender também toda a macro região de Piracicaba”, finaliza Mochizuki.

História

Construído em 1967 para atender fornecedores de cana, empregados e familiares, o Hospital dos Fornecedores de Cana é o único mantido pela classe no Brasil. Atualmente, atende também pacientes do SUS e de diversos convênios.

Em 2010 foram realizados 750 mil procedimentos e cerca de 20 mil cirurgias no Hospital que conta com setor de imagem, oncologia, hemodiálise, entre outros. Atualmente, 200 pacientes, em média, são atendidos por dia.

Fonte: eptv.globo.com
Matéria de Suzana Amyuni - 30/04/2011