segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EM PE, CAMPANHA AJUDA A DESMISTIFICAR DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Ação também vai oferecer palestras e treinamento a profissionais de saúde.
Quase 3,4 mil pacientes aguardam por um transplante, em todo o Estado.

Quase 3,4 mil pernambucanos aguardam por um transplante de órgão, segundo dados da Central de Transplantes de Pernambuco. Com o objetivo de reduzir esse número, o Instituto Materno Infantil (Imip) lança, nesta segunda-feira (22), uma campanha para conscientizar a sociedade sobre a importância de doar órgãos. É que, de acordo com o Imip, 50% das famílias abordadas se negam, por algum motivo, a autorizar a doação dos órgãos de parentes falecidos.

Do total, 1.859 pessoas aguardam por um rim, 1.319 por córneas, 179 por um fígado e seis pacientes estão na esperança por um coração. Outros cinco pacientes esperam pelo chamado “transplante casado”, que é de rim e pâncreas.

Para ajudar na busca de um potencial doador, foram criados os CIHDOTTs - Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. De acordo com a coordenadora do CIHDOTT do Imip, Amanda Valois, muitas famílias não autorizam a doação por achar que envolve mutilação do paciente. “Há um desconhecimento, um tabu por achar que o corpo vai ficar mutilado. Isso não acontece. Perante a lei, temos que entregar o corpo recomposto para a família”, afirma.

Além da distribuição de panfletos informativos, a campanha vai realizar palestras em todos os setores do Imip e também oferecer capacitação para os funcionários e estudantes. “Vamos dar um treinamento para graduandos em enfermagem, medicina, para podermos já formar o profissional com essa consciência da importância da doação de órgãos. Com isso, a gente quer diminuir a negativa familiar”, diz Amanda.

Por ser um momento difícil para a família, Amanda lembra que o profissional tem que saber a forma correta de abordagem: “A gente luta contra o tempo. Às vezes, o paciente com morte encefálica só está com o coração batendo porque tem drogas agindo. Mas isso não suporta por muito tempo. Se a família já tem uma consciência sobre a questão da doação, fica mais fácil. Aos que não têm, procuramos mostrar que o transplante é uma forma de dar uma segunda vida para muita gente”.

Fonte: G1.globo.com 
22/11/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BEBÊ COM FALÊNCIA DO FÍGADO É CURADO COM TÉCNICA PIONEIRA

Uma técnica pioneira conseguiu curar um menino britânico de 8 meses cuja vida corria perigo por conta de uma grave doença que estava destruindo seu fígado. Os médicos implantaram células de doadores que atuaram como um fígado temporário, permitindo que o órgão se recuperasse.

Segundo os responsáveis pelo tratamento, do King's College Hospital, em Londres, essa foi a primeira vez que a técnica foi usada em todo o mundo. Iyaad Syed parece hoje um menino saudável, mas há seis meses ele estava próximo da morte. Um vírus havia atacado seu fígado, que começou a entrar em falência.

Em vez de colocar o menino na lista de espera por um transplante, os médicos injetaram as células de um doador em seu abdômen. Essas células processaram as toxinas e produziram proteínas vitais, atuando como um fígado temporário.

As células foram cobertas com uma substância química encontrada em algas para evitar que elas fossem atacadas pelo sistema imunológico do menino. Após duas semanas, seu próprio fígado começou a se recuperar.

Um dos principais benefícios sobre um transplante é que Iyaad não precisará tomar remédios contra a rejeição do novo órgão, conhecidos como imunossupressores.

'Menino milagroso'

"Faz apenas alguns meses que eu atendi pela primeira vez o menino, que estava tão doente que precisava de diálise e respirava por aparelhos", conta o médico Anil Dhawan, especialista em fígado no King's College Hospital. "Vê-lo assim depois de seis meses com uma função quase normal do fígado é impressionante", diz.

Para o pai de Iyaad, Jahangeer, seu filho é "um menino milagroso". "Em 48 horas depois de receber o tratamento ele começou a melhorar e a esperança voltou. Estamos muito orgulhosos dele", disse.

A questão agora é se a técnica poderia ser usada para ajudar outros pacientes com falência aguda do fígado. A equipe do King's College Hospital sugere cautela, já que testes clínicos em mais larga escala são necessários para comprovar a eficácia da técnica.

Fonte: Notícias - Terra 16/11/2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A CHEGADA DO MULTITRANSPLANTE NO BRASIL

Em janeiro, médicos brasileiros deverão realizar pela primeira vez no País o transplante multivisceral. Nele, oito órgãos do sistema digestivo podem ser todos transplantados de uma vez só

Monique Oliveira

"Sua doença é incompatível com a vida." Esse foi o susto que o publicitário Renato Consoni, 30 anos, de São Paulo, levou há um ano e meio, quando soube que um tumor de 16 centímetros ocupava parte do seu intestino delgado. A família, porém, não aceitou a sentença. Recorreu aos melhores médicos e encontrou o que parecia ser a última opção: tirar o tumor depois de quimioterapia. Não funcionou. O publicitário perdeu o órgão e a possibilidade de se alimentar normalmente. Ele começou a se alimentar por meio da nutrição parenteral total (os nutrientes são aplicados por cateteres). A nutrição geralmente vem acompanhada de complicações. Com o publicitário, não foi diferente. Logo ele teve infecção generalizada e entrou em coma. Ao sair desse estado, o publicitário descobriu que nos Estados Unidos especialistas orquestram há dez anos o transplante multivisceral, em que os intestinos e outros seis órgãos do sistema digestivo – estômago, baço, pâncreas, rins e fígado – podem ser transplantados todos de uma vez ou em determinadas combinações. A família vendeu o apartamento, pediu empréstimo e pagou US$ 705 mil para que o transplante fosse possível. “Foi uma correria, mas dinheiro é para isso”, diz Consoni.

A partir do ano que vem, o procedimento que salvou a vida de Consoni começará a ser feito no Brasil. Em janeiro, ele será realizado pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (HC/SP) e pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Cada cirurgia vai custar R$ 280 mil. No Einstein, os custos entrarão no programa de filantropia do hospital. Já no HC/SP, o governo federal vai pagar R$ 200 mil. O restante será coberto pelo hospital.

A cirurgia é uma das mais audaciosas da medicina. Na sua versão completa, os oito órgãos são retirados do paciente de uma vez só. E os órgãos do doador são implantados também dessa forma, em bloco. Correndo tudo bem, são cerca de 12 horas de operação. E em média 25 profissionais envolvidos.

A principal indicação é quando há a perda das funções intestinais. Sem elas, não há a absorção dos nutrientes necessários ao funcionamento do organismo. O problema é que o transplante do intestino, sozinho, é complicado. “O órgão tem uma carga bacteriana altíssima, o que torna difícil o controle da rejeição”, afirma o médico Luis Carneiro, diretor do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado do HC/SP. Mas quando transplantado junto com outros órgãos, tem menos chances de ser rejeitado. “O transplante do intestino combinado principalmente com o fígado aumenta a tolerância aos novos órgãos”, diz Ben-Hur Ferraz Neto, coordenador da equipe de transplante de fígado do Hospital Albert Einstein. “A teoria mais aceita é a de que o fígado teria a capacidade de destruir linfócitos que tentam atacar os órgãos doados”, explica Rodrigo Vianna, brasileiro que dirige o programa de transplante visceral na Universidade de Indianápolis (EUA).
O procedimento também é indicado para tumores de crescimento lento, tromboses severas e complicações da cavidade abdominal associadas (quando um quadro de hepatite, por exemplo, leva à insuficiência renal). É o caso do aposentado Sebastião Cavalcante, 67 anos, que perdeu as funções do fígado e da veia porta por complicações da hepatite C. Ele aguarda a chance de fazer o novo transplante no HC/SP. “Não foi possível transplantar só o fígado”, diz. As contra-indicações são insuficiência cardiorrespiratória severa, doenças malignas incuráveis, Aids e edema cerebral.

O publicitário Consoni, que no mês passado comemorou um ano da realização do transplante, está bem. Luta para receber do governo brasileiro o dinheiro investido no transplante. Sua recuperação serve de esperança para Sebastião Cavalcante e outros 600 brasileiros que precisam da cirurgia no País.


Fonte: Revista Isto É - Edição: 2193
18/11/2011
http://www.istoe.com.br/reportagens/177915_A+CHEGADA+DO+MULTITRANSPLANTE+NO+BRASIL

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

GOVERNADOR SANCIONA LEI DO CADASTRO DE DOADORES DE ÓRGÃOS

O governador Tarso Genro sancionou a Lei 13.822, proposta pelo deputado Adison Troca através do PL 25/2011. A iniciativa estabelece o registro público das pessoas que manifestarem, em vida, seu desejo de doar órgãos. O projeto determina que o Estado disponibilize em locais de atendimento ao público formulários de cadastro para quem quiser manifestar o desejo de doar seus órgãos.

A legislação federal estabelece que quem autoriza a doação em caso de uma fatalidade é a família. Neste contexto, a disponibilidade de informações em um banco de dados confiável auxiliará na tomada de decisão sobre doar ou não os órgãos da pessoa. "Atualmente, cerca de 52% das famílias negam a doação. Na maioria destes casos, o que falta é informação sobre qual era a vontade da pessoa. Temos convicção de que este projeto auxiliará mais famílias a decidirem favoravelmente", explica o deputado.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Rio Grande do Sul ocupa atualmente a quinta posição entre os estados brasileiros em número de doações realizadas, com 13,9 doadores por milhão de habitantes. Em primeiro lugar, está Santa Catarina, com 25,3 doadores por milhão, seguido de São Paulo, com 20,3; Rio Grande do Norte, com 15,9, e Ceará, com 15,4.

15/11/2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

GLOBO REPÓRTER ESPECIAL SOBRE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Na última sexta-feira, 11/11, a Rede Globo e a equipe do Globo Repórter deram um show ao apresentarem um programa especial sobre transplantes.

Quem não viu, vale a pena clicar no link abaixo para ter acesso aos vídeos do programa.

http://g1.globo.com/videos/globo-reporter/

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FUTURO DO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Silvano Raia

Além de não causar rejeição, outra importante vantagem desse novo método é a de aumentar a disponibilidade de órgãos para transplantes.

A evolução da medicina e da cirurgia é marcada por inovações que resultam em progressos exponenciais. Na língua inglesa, são denominados "breakthroughs". Thomas Edison não produziu uma vela com chama mais forte. Inventou a lâmpada baseada na incandescência a vácuo de um filamento de carvão e revolucionou o setor.

Da mesma forma, estamos presenciando um "breakthrough" na tecnologia dos transplantes que abre novos horizontes para esse procedimento, justamente considerado o maior progresso da cirurgia no século 20. Consiste em nova tecnologia que emprega órgãos "modificados" ("engineered organs").

Para compreendê-la, devemos lembrar que os órgãos sólidos atualmente transplantados são formados por uma matriz de sustentação e por um conjunto de células mais nobres, denominado parênquima, que realiza suas funções.

A matriz extracelular é pouco ou nada antigênica, ou seja, não é rejeitada pelo receptor.

A nova tecnologia inclui:

1 - Retirada de todas as células do parênquima do órgão a ser transplantado por meio de uma lavagem com soluções contendo detergentes, enzimas e outros produtos com capacidade seletiva, isto é, de retirar apenas as células do parênquima, preservando a matriz (a chamada descelularização).

2 - Biopsia do órgão do receptor a ser substituído e separação das células do seu parênquima.

3 - Recelurização da matriz do órgão a ser transplantado por células do parênquima da biópsia ou por células-tronco do receptor.

4 - Oxigenação da matriz durante o tempo necessário para que estas células se multipliquem até reconstruir todo o parênquima.

5 - Transplante desse órgão "modificado", que não é rejeitado, uma vez que seu parênquima é constituído por células do próprio receptor.

O método já foi usado com sucesso em humanos para transplante de pele, bexiga, pericárdio, válvulas cardíacas e traqueia. Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) já conseguiram transplantar fígados em roedores e prevê-se que, em cinco anos, também transplantes de rim, coração e pulmão sejam realizados com a nova técnica.

Além de não causar rejeição, outra grande vantagem do novo método é aumentar a disponibilidade de órgãos para transplante.

De fato, como os constituintes da matriz são mais resistentes à falta de oxigênio do que as células do parênquima, abrem-se perspectivas para o aproveitamento de órgãos também de doadores com coração parado. Atualmente, a captação de órgãos sólidos se limita a doadores com morte encefálica (com o coração ainda batendo).

Essa dependência, além de diminuir a captação como um todo, exige equipamento e pessoal especializados, nem sempre disponíveis nos hospitais que atendem regularmente doadores em potencial.

Como foi feito para o desenvolvimento da tecnologia atual, centros nacionais de pesquisa em transplante deveriam iniciar desde já projetos experimentais com a nova metodologia, mantendo sua tradição que nos trouxe até aqui: caminhar sempre com os pés firmes no chão, mas com os olhos nas estrelas.

SILVANO RAIA é professor emérito da Faculdade de Medicina da USP.

Folha de S.Paulo - Opinião
10/11/2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

PREFEITURA NO BAIRRO - 05/11

Neste último sábado, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas participou mais uma vez do evento "Prefeitura no Bairro".

Confira algumas fotos do evento, que contou com participação maciça da população do bairro Vila Operária em Avaré.
















quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CAMPANHA DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS NO "PREFEITURA NO BAIRRO"

Neste sábado, 05 de novembro, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas vai participar do "prefeitura no bairro", evento que será realizado na escola Orlando Cortez, no bairro Vila Operária em Avaré.

Venham participar conosco das 9:00h as 17:00h.