quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PRIMEIRO ENCONTRO DE CARROS ANTIGOS CONTA COM A PRESENÇA DA CAMPANHA DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS

A campanha Doe Órgãos Salve Vidas participou de mais um evento nesse último domingo -16/12.

O 1° Encontro de Carros Antigos, aconteceu no Posto Bizungão III da Castelo Branco e contou com a presença de colecionadores e admiradores de automóveis.

Confiram algumas fotos:
















































terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DESAFIO NA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS É CONVENCER A FAMÍLIA

Brasília – Dono de um dos maiores sistemas públicos de transplante de órgãos do mundo, o Brasil ainda tem o desafio de aumentar o envolvimento das famílias dos potenciais doadores. Em pesquisa coordenada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 45% dos entrevistados responderam que não doariam órgãos de parentes mortos. Foram ouvidas 2.617 pessoas entre janeiro e setembro, com 1.178 recusas. A pesquisa indica que a resistência da família ainda é a maior causa para a não concretização do procedimento.

Hoje, a legislação brasileira determina que os parentes são responsáveis pela destinação dos órgãos do possível doador. Apesar do alto índice de rejeição, o coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Murari, ressalta que as campanhas de conscientização têm dado resultado. “Hoje cerca de 56% das famílias se mostram favoráveis no momento em que é solicitada a doação. Em 1997, esse número não chegava a 10%”, comparou. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de transplantes de órgãos e tecidos chegou a 12.287 no primeiro semestre, o que corresponde a um crescimento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Murari destaca que a qualidade do atendimento do paciente no hospital e o treinamento da equipe responsável pela entrevista são fatores determinantes na decisão da família. “No mundo todo o índice de recusas é alto. É o pior momento na vida da pessoa que perde um ente querido. Mas se o paciente for bem tratado na instituição, as chances de a família ser favorável à doação são maiores. Se faltou vaga, se faltou atendimento, chegar solicitando a doação é crueldade”, opina.

Editada em 1997, a Lei 9.434, conhecida como Lei dos Transplantes, introduziu a doação presumida, que dependia da manifestação do desejo em vida do potencial doador, registrado em documentos como a Carteira de Identidade e a Carteira Nacional de Habilitação. No entanto, em 2001, a Lei 10.211 extinguiu o procedimento e determinou que a doação ocorreria somente com autorização familiar, independentemente do desejo em vida do possível doador.

Bem de todos

Há ainda o conceito de consentimento presumido forte, aplicado em países como Áustria, e Polônia. Nesse caso, como explica o professor de Bioética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) José Roberto Goldim, o Estado pode utilizar os órgãos como for conveniente. “O bem da sociedade é colocado acima do bem individual”, pontua o professor, destacando que, na França, embora a lei determine o consentimento presumido forte, os médicos ainda entrevistam as famílias.

Para o especialista, o ideal seria elaborar um modelo de decisão compartilhada. “Se existe a vontade manifesta da pessoa, esse deveria ser elemento forte no sentido de convencimento da familia”, acredita. “Poderia se pensar um modelo que levaria em conta tanto o desejo da pessoa, quanto o da familia, sem chegar ao ponto em que a vontade do doador em potencial é desconsiderada”, sugere.

Meta de aumentar notificação

Outro desafio para o Sistema Nacional de Transplantes é aumentar o número de notificações de possíveis doadores. Segundo a ABTO, entre janeiro e setembro, foram registradas 6.240 notificações de potenciais doadores de órgãos sólidos. Os números têm se mostrado estáveis nos últimos anos. Em 2011, o número de notificações foi de 7.238, pouco maior do que em 2010, quando foram registrados 6.979. Para o segundo secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Gerson Zafalon, o crescimento depende de fatores como a ampliação das equipes transplantadoras e da capacitação dos médicos em diagnosticar a morte encefálica. “Os serviços de emergências devem ser bem aparelhados e com equipes médicas treinadas e capacitadas para realizar o diagnóstico de morte encefálica”, justificou o médico.

Atualmente, há uma discussão no Conselho Federal de Medicina (CFM) e no Sistema Brasileiro de Transplantes no sentido de rever a obrigatoriedade de pelo menos um médico neurologista para o diagnóstico de morte encefálica. O coordenador-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Murari, lembra que muitos hospitais do país não dispõem de um especialista em neurologia. “O diagnóstico é direito de todo paciente grave e atribuição do médico, que deve ter a capacidade de fazê-lo. Se mantivermos o que determina a lei, que a família tenha o direito de chamar um médico de confiança para confirmar o diagnóstico, acho que poderíamos flexibilizar esse aspecto”, afirmou.

12/04/2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DOAÇÃO DE CORPOS - DECISÃO VITAL

Para realizar estudos, durante muito tempo as universidades brasileiras dependeram de cadáveres que permaneciam sem identificação ou não eram reclamados nos institutos médicos legais. A reação veio nos últimos anos: instituições como a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) começaram a difundir no país a cultura da doação de corpos em vida.

“Você já pensou em doar seu corpo para a ciência?” A pergunta estampada em um pequeno cartaz na parede atraiu a atenção do vendedor José Alcione Lopes quatro anos atrás, durante uma visita à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Na mesma noite, no apartamento ao pé do campus, ele consultou seu companheiro, o técnico contábil Alexsandro Montanha. Recebeu o apoio que buscava. Estava de volta à universidade um ou dois dias depois, para conversar com uma assistente social e apanhar formulários. Na mesma semana, oficializou a doação em cartório.

Quando Lopes morrer, está acertado que seu corpo seguirá até Capela de Santana, a 59 quilômetros da Capital, para ser velado pela família. Encerrada a despedida, será embarcado em um veículo da UFCSPA e conduzido ao laboratório de anatomia. Ajudará estudantes de cursos como Medicina, Biomedicina, Fisioterapia e Psicologia a aprender sobre o corpo humano.

– Nós nascemos, vivemos e morremos. Depois da morte, não faz sentido deixar o corpo enterrado, sem utilidade, se ele pode trazer benefício para a sociedade – explica Lopes, hoje com 40 anos.

As universidades brasileiras dependeram durante décadas dos cadáveres que permaneciam sem identificação ou não eram reclamados por ninguém nos institutos médicos legais. Com o passar do tempo, essa fonte tornou-se escassa, prejudicando a formação dos profissionais.

A reação veio nos últimos anos: a Sociedade Brasileira de Anatomia e instituições como a UFCSPA começaram a difundir no país a cultura da doação em vida. Os brasileiros estão respondendo ao apelo. Depois de criar um programa, em 2008, a universidade da Capital viu a média de cadastrados a cada ano multiplicar-se de seis para 30.

Nos próximos dias, mais um nome vai se juntar à lista: o de Alexsandro Montanha. Desde menino, ele estava decidido a ser cremado e a ter suas cinzas espalhadas no mar de Torres. Quando Lopes revelou-lhe o desejo de doar o corpo, Montanha seguiu aferrado ao plano original. Pouco a pouco, foi mudando de ideia. O transplante de órgãos que salvou um amigo serviu de empurrão para a decisão. No fim do ano passado, na época em que oficializou em cartório o casamento de 12 anos com Lopes, o técnico contábil anunciou que também legaria o corpo.

– Até o ano passado, com 37 anos, minha ideia era ser cremado. À medida que fui conhecendo e entendendo, amadureci. Chegou um momento em que eu disse: vou fazer – relata.

Outro casal doador – os aposentados Carlos Roque Calliari, 72 anos, e Maria Dóris Salinas, 62 anos – não quer velório antes de seguir para as aulas de anatomia. Maria Dóris escutou sobre o tema no rádio:

– Vi que em vez de estar no cemitério apodrecendo e sem serventia, eu podia ajudar. Falei com o Carlos, e ele tinha mais vontade ainda do que eu de doar.

Os dois visitaram a universidade e formalizaram a intenção há seis meses. O primeiro a morrer, combinaram, será entregue à instituição pelo outro. Calliari não quer velório para não dar incomodação. Maria Dóris, porque acha as exéquias deprimentes:

– Velório é um momento muito triste, sofrido.

O funcionário público Alexandre Leal Marques, 48 anos, ficou estupefato ao saber que estudantes tinham dificuldade de acesso a cadáveres durante a formação. Conversou com a mãe, com o pai, com a ex-mulher e com o filho – e oficializou a condição:

– Quero contribuir para a formação dos profissionais que vão cuidar do meu filho no futuro. Mas vão ter de esperar bastante. Pretendo chegar aos cem anos.

Fonte: www.adote.org.br


PALESTRA NA EMPRESA MANOEL RODRIGUES

Amanhã, 04 de dezembro, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas vai realizar uma palestra na empresa Manoel Rodrigues.

Os funcionários poderão tirar dúvias e aprender um pouco mais sobre doação de órgãos.

Mais uma palestra gratificante com toda certeza.