sábado, 28 de abril de 2012

SAÚDE VAI AUMENTAR EM ATÉ 60% REPASSES PARA TRANSPLANTES

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde quer incentivar hospitais a realizarem mais transplantes de coração, pulmão, fígado e rim, os chamados órgãos sólidos. Para isso, vai aumentar em até 60% os repasses para esse tipo de procedimento, além de bancar a internação de pacientes transplantados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e reajustar a tabela de transplante de rins. Estão na fila de espera 27.827 pessoas em todo o país, sendo que 70% delas — 19.486 aguardam um rim.

As medidas constam em portaria que será assinada nesta quinta-feira pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Segundo ele, o custo adicional este ano ficará em R$ 217 milhões. O dinheiro irá para até 143 hospitais.

Com esses incentivos, vamos estimular mais hospitais a fazerem transplante de rim, coração, pulmão. E envolvê-los na captação de órgãos — resumiu Padilha na quarta-feira.

O Brasil realizou 23.397 transplantes no ano passado. Mais do que o dobro dos 10.428 procedimentos executados em 2001. Cirurgias de córnea representaram 62% do total, nada menos do que 14,8 mil. Já os transplantes de pulmão não passaram de 49; os de pâncreas, 54; de coração, 159; e de rim, 4.939.

Queremos ajudar os hospitais que assumem a responsabilidade de fazer transplante em pacientes mais graves — disse Padilha.

Segundo ele, um dos obstáculos para a expansão do serviço é o alto custo de internação dos pacientes transplantados. Quem recebe um novo coração ou pulmão costuma ficar períodos mais prolongados na UTI, encarecendo o tratamento. Pensando nisso, o ministério passará a remunerar os hospitais pela internação desses pacientes em UTI, a exemplo do que passou a fazer no ano passado com vítimas de infarto e derrame cerebral.

Muitos hospitais reduziam o número de transplantes de casos mais graves, porque tinham custo adicional na UTI. Não ampliavam o número de transplantes de pulmão, de coração, em que existe a necessidade de período mais prolongado na UTI — afirmou o ministro.

O investimento federal em transplantes tem crescido, de acordo com o Ministério da Saúde. Em 2003, foi de R$ 327 milhões, valor que alcançou R$ 1,3 bilhão em 2011.

Segundo Padilha, os pagamentos adicionais previstos na portaria serão proporcionais à variedade de transplantes realizados. Hospitais que fazem quatro transplantes de pelo menos quatro tipos de órgão ganharão 60% a mais; o acréscimo será de 50% para unidades que fazem três tipos de transplante; 40% para dois tipos; e 30% para um.

O ministro disse que o governo quer reduzir o tempo de espera na fila para transplantes. Segundo ele, a fila diminuiu 23% em 2011, em relação a 2010. O ritmo de redução foi menor, porém, nos casos de transplante de rim e coração. No de pulmão até aumentou ligeiramente. O Ministério da Saúde não informou qual é o tempo médio de espera por órgãos hoje no país, lembrando que esses prazos variam de estado para estado, conforme os critérios de seleção adotados nas respectivas centrais de transplantes.

Em outra frente, o ministro afirmou que é preciso ampliar também a doação de órgãos, o que já vem ocorrendo, segundo ele. Em 2011, o país ultrapassou a marca de 10 doadores por milhão de habitantes, atingindo a marca de 11,4 doadores por milhão de pessoas. Essa taxa era de apenas 5, em 2003. A meta do ministério é chegar a 15.

26/04/2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS É TEMA DO PROGRAMA PROFISSÃO REPÓRTER

O programa Profissão Repórter exibiu ontem reportagem especial sobre Transplantes.

Número de cirurgias no Brasil mais que dobrou na última década. Apesar do avanço, 48% das famílias ainda não aceitam a doação de órgãos.

Assista!
 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A VIDA SEM VIDA

A decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a interrupção da gestação de anencéfalos envolveu também uma questão científica que está sendo pouco mencionada nos debates sobre o assunto.

A parte legal e de preservação do equilíbrio emocional da mãe parece-nos óbvia. Colocando-me na pele de uma mãe, vejo uma situação dramática: em vez de se preparar para receber uma nova vida, ela se prepara para o velório do filho. Além de já ser uma tortura psicológica cruel para a mulher, que está gestando um feto sem vida, o momento do parto e o enterro do filho são a consumação de uma dor alimentada durante os meses de gestação. Esse período, que deveria ser um momento feliz, significará um funeral prolongado.

Quando se avalia esse fato sob o ponto de vista legal ou filosófico, até podemos entender que seja uma questão de opinião ou ponto de vista. Porém, olhando do ponto de visto científico, não há o que questionar. Quem questionaria se 20 especialistas diagnosticassem que um determinado paciente tem um tumor em um órgão, uma vez que os mesmos estão enxergando o tumor? É pouco provável que algum paciente diria que isso é apenas uma questão de ponto de vista.

A analogia é a mesma em relação ao feto anencéfalo. Posicionar-se contrário à interrupção da gestação de um feto anencéfalo é o mesmo que ser contra a doação de órgãos. Claro que as pessoas têm o direito de se opor à doação de órgãos. Mas apoiar a doação de órgãos e ser contra a interrupção da gestação em caso de anencefalia é uma enorme contradição.

No mundo ocidental aceitamos que uma pessoa está morta, mesmo com o coração batendo, frente ao diagnóstico de morte encefálica. Podemos manter o coração da pessoa funcionando por alguns dias graças aos equipamentos a ela ligados. Da mesma forma, um feto anencéfalo pode manter os batimentos cardíacos enquanto estiver ligado ao “aparelho materno”, e até mesmo por algumas horas após o nascimento.

Mas não pode haver questionamentos. Sem o funcionamento cerebral, a pessoa está morta e a doação de órgãos pode ser procedida. No caso dos anencéfalos, ocorre uma peculiaridade desconcertante: durante a gestação, o corpo permanece vivo, mas a morte encefálica já se consumou.

Por Patricia Pranke - PROFESSORA DA UFRGS E PESQUISADORA DO INSTITUTO DE PESQUISA COM CÉLULAS-TRONCO

18/04/2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

VÍDEO SENSACIONAL ESTIMULA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Nestes tempos modernos, se existe uma coisa que a gente já se acostumou, foi pegar fila.

Entramos “em linha” para tudo, seja no banco, ônibus, fast-food ou até para comprar algum iPad.

Muitas vezes, reclamamos dessas imensas filas que acabam por nos atrasar absurdamente em 5, 10 minutos no dia.

Foi pensando nessa sensação que a Young & Rubican Brasil promoveu esta simpática guerrilha para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, com o objetivo de divulgar a Doação de Órgãos.

A ação transforma a fila – de qualquer coisa – em a fila de quem espera para sobreviver – quem aguarda pela doação de um órgão – colocando o público do outro lado da situação.

Olha só o resultado:

quarta-feira, 11 de abril de 2012

BRASIL VAI PRODUZIR E DISTRIBUIR REMÉDIO QUE BENEFICIARÁ 25 MIL TRANSPLANTADOS

Uma parceria do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e o laboratório nacional Libbs Farmacêutica irá ajudar os transplantados de todo o Brasil com o início da distribuição do medicamento Tacrolimo, totalmente nacional. O Ministério da Saúde prevê a distribuição de 30 milhões de unidades do Tacrolimo, beneficiando mais de 25 mil brasileiros que utilizam o medicamento, usado para evitar rejeição de transplantes de rins e fígados. Farmanguinhos terá o domínio de toda a cadeia do medicamento, o que pode gerar uma economia de R$240 milhões aos cofres públicos em cinco anos. A iniciativa faz parte da estratégia nacional de fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, por meio da Política de Desenvolvimento Produtivo, do governo federal.

O produto será distribuído aos transplantados em todo o Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, a redução de custos garante qualidade ao SUS, contribui para reduzir a dependência externa, já que o medicamento passa a ser produzido no país, e representa ganhos para as competências tecnológicas nacionais.

“As complexidades do processo de produção em saúde exigem, cada vez mais, parcerias público- público ou público-privado”, disse.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil realizou, em 2011, 4.957 transplantes de rim e 1.492 de fígado. O Tacrolimo é um imunossupressor que diminui a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição do organismo do paciente ao órgão transplantado, garantindo o sucesso do procedimento.

Em entrevista à Web Rádio Saúde, o diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação do Ministério da Saúde, Zich Moyses Júnior, ressaltou a importância da distribuição do medicamento.

“Tem uma vantagem sobre o ponto de vista produtivo, tem uma vantagem sobre o ponto de vista tecnológico. Porque você domina uma tecnologia fundamental na questão de transplantes. O Brasil é o segundo país que mais faz transplantes”, afirmou.

Fonte: Jornal do Brasil - 23/03/2012

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CAPTAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA DOAÇÃO PEDE ABORDAGEM ESPECIAL

Um estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP analisou a visão de algumas famílias em relação ao trabalho de profissionais da área de saúde no processo de orgãos. Os familiares de uma pessoa que sofreu morte encefálica (perda definitiva das funções cerebrais) afirmam, em sua maioria, que a abordagem dos profissionais de saúde no momento da morte é problemática em diversos sentidos.

A pesquisa foi realizada pelo enfermeiro Elton Carlos de Almeida, em sua dissertação de mestrado realizada no Departamento de Enfermagem da EERP, defendida no dia 12 de janeiro. Segundo Almeida, nem todas as famílias apontam problemas no trabalho de profissionais de saúde na hora de abordá-las para captação de órgãos. Entretanto, analisando uma série de trabalhos, essa foi a visão majoritária.

O estudo, orientado pela professora Sonia Maria Villela Bueno, utilizou o método da revisão sistemática, no qual o autor coleta textos da literatura acadêmica sob um critério específico. No caso, os artigos utilizados foram apenas os brasileiros, produzidos entre 2001 e 2011, que respondiam a pergunta: “qual a visão dos familiares, que passaram pela abordagem para doação de órgãos, referente à atuação dos profissionais que atuam neste processo?”. Foram encontrados 265 textos que se encaixavam no critério. Então, o pesquisador submeteu esses textos a um teste de confiabilidade, o que delimitou a pesquisa a seis artigos.

Profissionais de saúde devem ter compreensão com os familiares

Problemas

A pesquisa demonstrou que os problemas dos profissionais de saúde na área da doação de órgãos pode ser classificada em três tipos. O primeiro é a falta de confiança passada por eles às famílias. Por causa da morte encefálica ser uma questão delicada, elas desconfiam do diagnóstico dos médicos, devido à falta de credibilidade que eles mostram. Por exemplo, existem familiares que imaginam, por causa de boatos que ouvem, que os profissionais tem interesse na venda dos órgãos, e que o parente não está totalmente incapaz. O pesquisador ressalta, porém, que nenhum caso do gênero foi comprovado.

Outro problema está na falta de acolhimento e compreensão dos profissionais no momento de perguntar sobre a doação de órgãos, logo após o óbito. Como é uma hora difícil para os familiares, a abordagem do responsável por essa questão deve ser a mais sutil e respeitosa possível, e isso não é sempre o que acontece.

O outro fator é a falta de informação que a família recebe dos profissionais. Este tipo pode ser subdividido em dois itens. O primeiro é a falta de informação a respeito da morte encefálica, que é um tema pouco conhecido pelo público leigo, o que acaba gerando incertezas dos parentes do falecido. O segundo é a falta de explicação sobre as questões burocráticas que envolvem a doação de órgãos. O corpo do doador precisa ser levado ao Instituto Médico Legal (IML) para avaliação, precisa ir a uma funerária, entre outras obrigações. Isso pode causar diversos incômodos à família, o que às vezes leva a uma desistência da parte dela em relação a doação.

Educação

O interesse de pesquisar sobre doação de órgãos é antigo e pessoal para Almeida. Ele passou por um transplante de córnea, em 2007, quando era graduando em enfermagem. “Eu percebi que havia lacunas no preparo profissional”, conta. A questão é muito incipiente, e os profissionais da área não tem preparo emocional para lidar com ela, segundo o enfermeiro.

O pesquisador realizou uma iniciação científica, na qual estudou a atuação dos profissionais nesse quesito, e confirmou suas impressões inciais. Resolveu então realizar o mestrado sobre o mesmo tema, mas na visão dos familiares. Agora, Almeida está preparando um trabalho de doutorado, cujo objetivo é melhorar a formação dos enfermeiros nesse quesito.

“Os profissionais precisam ser preparados tanto tecnicamente quanto emocionalmente”, sugere o pesquisador. “A culpa não é deles”. Para Almeida, a doação de órgãos precisa ser uma questão educativa, tanto na graduação de enfermagem, quanto na sociedade como um todo. Com profissionais de saúde bem preparados para o assunto, e famílias que sabem o significado da morte encefálica e se seus parentes desejam ser doadores ou não, as filas de necessitados de órgãos seriam menores.

Fonte: ADOTE  - Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos
07/04/2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

COLETA DE SANGUE EM AVARÉ

Dia 14 de Abril, sábado, haverá coleta de sangue na Igreja Universal do reino de Deus, em Avaré.

A Igreja está localizada na Rua Mato Grosso, 1250 e o horário é das 8:00h às 12:00h.

Não deixe de comparecer e ajudar!