quarta-feira, 10 de julho de 2013

CAMPANHA DE COLETA DE SANGUE EM AVARÉ

A campanha Doe Órgãos Salve Vidas, em parceria realizada com a Santa Casa de Misericórdia de Avaré, Corpo de Bombeiros, Rotary Club de Avaré Jurumirim e Hemocentro de Botucatu realizou uma campanha de doação de sangue dia 05 de junho.
 
Mais uma vez, a população avareense não decepcionou, participando ativamente do evento.






 




 

CAMPANHA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS 2013

O Governo realizou 1690 transplantes em 2012, 50% a mais do que no ano anterior. Mas ainda existem muitas pessoas esperando por um doador.
 
Ajude a salvar vidas. Seja um doador. Central de transplantes 0800 281 21 85
 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

segunda-feira, 27 de maio de 2013

CAMPANHA INCENTIVA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE EM PERNAMBUCO


Número de procedimentos no estado cresceu 8% de janeiro a abril.
Apesar do número positivo, lista de espera tem 1.716 pessoas cadastradas.


Pernambuco realizou 516 transplantes, de janeiro a abril deste ano, o que representa um incremento de 8% comparado ao primeiro quadrimestre de 2012. Atualmente, o estado ocupa a 4ª posição em número absoluto de procedimentos no Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, conforme dados do Registro Brasileiro de Transplantes. Apesar dos números positivos, a lista de espera por um órgão ainda é extensa, com 1.716 pessoas. Desta segunda (20) até sexta (24), a Central de Transplantes de Pernambuco promove a Campanha Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos 2013.

De acordo com a central, a recusa familiar é a principal causa da não doação de órgãos, atingindo o percentual de 53%. Hoje, funcionários do Hospital Pelópidas Silveira, no Curado, no
Recife, participam do curso Morte Encefálica e Doação de Órgãos. “Os profissionais de saúde têm um papel muito importante. Por isso, é fundamental que todos saibam a melhor forma de abordar as famílias”, afirma a coordenadora da central, Noemy Gomes.

Na terça (21), a Secretaria de Saúde promove curso sobre o tema para os estudantes de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O ciclo de palestras continua na quarta-feira (22), com realização do Simpósio Estudantil sobre Doação de Órgãos, na Faculdade Pernambucana de Saúde. Já na quinta (23) e sexta (24), mobilizadores sociais e técnicos estarão no Tribunal de Justiça e no Ginásio Pernambucano, prestando orientações e distribuindo panfletos informativos.
Em todo o ano passado, foram realizados 1.690 procedimentos – a melhor marca da história dos transplantes em Pernambuco. Desde a criação da central, em 1995, o estado alcançou a marca de 12 mil transplantes.

Atualmente, das 1.716 pessoas que estão na fila, nove esperam por um coração, 119 por fígado, 1.532 por um rim, três aguardam, ao mesmo tempo, pâncreas e rim e 53 esperam por medula óssea.

Procedimento
Para que ocorra a doação, primeiramente, é preciso haver a confirmação de morte encefálica do paciente - quando não há mais atividade cerebral, mas os órgãos continuam em funcionamento, com a ajuda de aparelhos. Para isso, há um rígido protocolo, com a avaliação médica e realização de exames. Após essa confirmação, os familiares precisam autorizar a doação. O primeiro passo para se tornar doador é avisar aos parentes sobre esse desejo, pois, de acordo com a legislação dos transplantes no Brasil, a doação deverá ser consentida pelo familiar de até 2º grau.

Após assinatura do termo de autorização, a Central de Transplantes encaminha o órgão para um receptor compatível, obedecendo a ordem da lista única do estado. Não havendo compatibilidade, o órgão entra na lista nacional, podendo ser enviado para outro estado do país. A Secretaria de Saúde disponibiliza o telefone 0800-281-2185 para quem tiver alguma dúvida ou quiser maiores informações sobre o procedimento.
 
20/05/2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

MENINO É SUBMETIDO A BEM SUCEDIDO TRANSPLANTE DE CORAÇÃO NO MÉXICO

Um menino de oito anos foi submetido a um bem sucedido transplante de coração no México, uma prática pouco comum devido à sua complexidade e ao baixo índice de doação de órgãos de menores, informou nesta quinta-feira (9) o hospital público que fez a operação.

A família de uma menina de 5 anos que teve morte cerebral doou o coração para Sebastián Contreras de la Cruz, um garoto de 8 anos que se diz ansioso para praticar caratê, seu esporte favorito.

O transplante foi possível pela disponibilidade de "um coração do seu tamanho (...) Com a doação de um adulto não teria sido possível", disse durante entrevista coletiva Jaime Zaldívar, diretor do hospital "La Raza", situado no norte da Cidade do México e pertencente ao Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS).

"Não estamos acostumados à doação cadavérica pediátrica", pois até mesmo as pessoas favoráveis à doação são reticentes a dar os órgãos de seus familiares menores, acrescentou o médico deste hospital, o principal centro de transplantes em nível nacional.

"Quero agradecer de todo coração por este coração que é tão valioso para o meu menino (...) É um grande presente que que Deus acaba de me dar", expressou Gabriela de la Cruz, mãe de Sebastián.

Com um tímido "bem", Sebastián respondeu à imprensa quando perguntado como se sentia. De braço dado com a mãe, o pequeno de olhos vivos e semblante sorria assombrado diante das muitas câmeras apontadas para ele.

O novo coração de Sebastián "vai crescer com ele", disse Zaldívar, para quem a expectativa de vida do menino é de pelo menos 20 anos.

O IMSS realizou outros quatro transplantes cardíacos em menores, o último deles em 1997.

Segundo os especialistas, a operação não tem diferença técnica com relação à efetuada em um adulto, mas a pequenez das artérias dos meninos adiciona uma complexidade considerável.

Atualmente há no México 5,1 doadores de órgãos por cada milhão de pessoas inscritas no sistema do IMSS, segundo dados da instituição, que espera aumentar esta cifra a 13 por cada milhão graças a uma rede de coordenadores médicos de trasplantes em todo o país.

No entanto, o México ainda está longe dos 30 doadores por milhão de afiliados ao Seguro Social que a Espanha tem.

Mais de 9.000 pessoas esperam para receber um rim, uma coração, uma córnea ou fígado no México, dos quais entre 10% e 20% são crianças.

Fonte: UOL Notícias - Saúde
10/05/2013

segunda-feira, 29 de abril de 2013

FALTA DE ESTRUTURA EM HOSPITAL IMPEDE FAMÍLIA DE DIAR ÓRGÃOS, EM GO

Mulher teve morte cerebral, mas nenhum dos 9 órgãos foram aproveitados.  Secretaria de Saúde de Goiânia informou que ainda está apurando os fatos.
A falta de estrutura de dois hospitais em Goiânia impediu que a família de uma mulher de 44 anos, que teve morte cerebral, doasse seus órgãos a nove pessoas. A mulher teve um Acidente Vascular Cerebral na última semana e foi levada para o Hospital Santa Mônica, onde ficou internada por cerca de três dias, quando ficou confirmada a morte cerebral. Nenhum órgão pôde ser aproveitado.

“Nós perdemos a chance de ajudar outras pessoas, seriam nove doações que não foram feitas por falta de UTI nas duas unidades que têm capacidade para realizar esse tipo de trabalho”, lamenta o corretor de Imóveis Ascânio Locatelli Esteves.

Além do coração, que, segundo a Central de Transplantes, não pôde ser doado por falta de uma equipe especializada no trabalho, os outros oito órgãos também não tiveram o destino desejado pelos familiares por falta de vaga nas UTI’s dos hospitais credenciados. O gerente da Central de Transplantes de Órgãos Luciano Leão reconhece a dificuldade de realização desses procedimentos na capital.

“Infelizmente nem todos os hospitais podem realizar o trabalho legalmente porque não estão cadastrados. Foi o que aconteceu com essa senhora, por falta de um leito de UTI para recebê-la adequadamente o procedimento não pode ser feito. Hoje, dependendo do dia ou do horário, não conseguimos um bom leito com a facilidade que necessitaríamos de modo que essas dificuldades são inerentes em todos os processos de transplantes em todos os estados”.

A Secretaria de Saúde de Goiânia informou que ainda está apurando os fatos. Atualmente em Goiás 934 pacientes esperam por um transplante,

Fonte: g1.globo.com
01/04/2013

CIENTISTAS CRIAM RIM EM LABORATÓRIO

Cientistas nos EUA produziram um rim através de bioengenharia e transplantaram-no para um animal vivo, onde o órgão começou a produzir urina, revela esta segunda-feira a revista Nature Medicine.

Os investigadores, do Hospital Geral de Massachussetts, em Boston, contam ter produzido um rim funcional e capaz de ser transplantado utilizando a estrutura de um órgão doado que foi limpo de todas as células vivas.

Esta abordagem já antes fora usada para criar corações, pulmões e fígados bioartificiais, mas o rim foi um dos órgãos mais difíceis de produzir até agora.

«O que é único nesta abordagem é que a arquitetura do órgão nativo é mantida, pelo que o rim resultante pode ser transplantado como se fosse um órgão de dador e ligado aos sistemas urinário e vascular do recetor», explicou o autor principal do estudo, o médico Harald Ott.

«Se esta tecnologia puder ser utilizada em enxertos de tamanho humano, os pacientes que sofrem de falência renal e atualmente esperam rins de dador ou não são candidatos a transplante podem teoricamente receber novos órgãos derivados das suas próprias células».

Em Portugal, cerca de duas mil pessoas estão em lista de espera para um transplante renal e mais de 10 mil dependem de diálise, segundo dados divulgados em setembro pela Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN).

Segundo a Sociedade Portuguesa de Transplantação, desde 1980 já foram transplantadas cerca de 10 mil pessoas, mais de 500 por ano desde 2008.

No entanto, mesmo as pessoas que recebem um transplante enfrentam uma vida de medicamentos imunossupressores, que comportam riscos e não excluem completamente a possibilidade de uma rejeição do órgão, além de que um rim transplantado tem uma duração de apenas 10 a 15 anos de vida.

Encontrar uma nova forma de substituir órgãos que permita usar as células do próprio paciente e que dure o resto da vida do paciente seria, por isso, um grande passo em frente.

No trabalho agora divulgado, a equipa de Ott usou um rim de rato, ao qual retirou todas as células funcionais com uma solução de detergente, deixando apenas a estrutura de colagénio que dá ao órgão a sua estrutura tridimensional.

Os investigadores introduziram então nessa estrutura os tipos de célula apropriados - células humanas endoteliais para substituir o sistema vascular e células de rim de ratos recém-nascidos - após o que os órgãos ficaram a crescer em laboratório durante 12 dias, até terem coberto toda a estrutura.

De seguida, os cientistas implantaram o órgão num rato vivo, onde o rim começou a filtrar o sangue do animal e a produzir urina, sem dar sinais de hemorragia ou de formação de coágulos.

A função renal dos órgãos regenerados era significativamente reduzida quando comparada com um rim normal e saudável, pelo que Ott reconhece que a técnica pode ser melhorada, mas tem confiança nas suas potencialidades.

«Baseados nestes resultados iniciais, esperamos que rins de bioengenharia possam um dia ser capazes de substituir totalmente a função renal como um rim de dador. Num mundo ideal, estes enxertos poderiam ser produzidos 'a pedido' com base nas células do próprio paciente, ajudando-nos a ultrapassar a falta de órgãos e a necessidade de imunossupressão crónica».

Fonte: ADOTE - Aliança Brasileira Pela Doação de Órgãos e Tecidos
16/07/2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

FALTA DE ESTRUTURA EM HOSPITAL IMPEDE FAMÍLIA DE DOAR ÓRGÃOS, EM GO

A falta de estrutura de dois hospitais em Goiânia impediu que a família de uma mulher de 44 anos, que teve morte cerebral, doasse seus órgãos a nove pessoas. A mulher teve um Acidente Vascular Cerebral na última semana e foi levada para o Hospital Santa Mônica, onde ficou internada por cerca de três dias, quando ficou confirmada a morte cerebral. Nenhum órgão pôde ser aproveitado.
“Nós perdemos a chance de ajudar outras pessoas, seriam nove doações que não foram feitas por falta de UTI nas duas unidades que têm capacidade para realizar esse tipo de trabalho”, lamenta o corretor de Imóveis Ascânio Locatelli Esteves.

Goiânia espera poder realizar transplantes de coração em brevePais de crianças com doença rara lutam para conseguir tratamentoMãe tenta conseguir cirurgia para bebê há mais de um ano, em GoiásMédico faz transplante raro das duas córneas em bebê de 5 meses, em GOProjeto em Goiânia faz coleta de sangue para a doação de medula ósseaAlém do coração, que, segundo a Central de Transplantes, não pôde ser doado por falta de uma equipe especializada no trabalho, os outros oito órgãos também não tiveram o destino desejado pelos familiares por falta de vaga nas UTI’s dos hospitais credenciados. O gerente da Central de Transplantes de Órgãos Luciano Leão reconhece a dificuldade de realização desses procedimentos na capital.

“Infelizmente nem todos os hospitais podem realizar o trabalho legalmente porque não estão cadastrados. Foi o que aconteceu com essa senhora, por falta de um leito de UTI para recebê-la adequadamente o procedimento não pode ser feito. Hoje, dependendo do dia ou do horário, não conseguimos um bom leito com a facilidade que necessitaríamos de modo que essas dificuldades são inerentes em todos os processos de transplantes em todos os estados”.

A Secretaria de Saúde de Goiânia informou que ainda está apurando os fatos. Atualmente em Goiás 934 pacientes esperam por um transplante.

Fonte: g1.globo.com
01/04/2013
Atualizado as 12h29

segunda-feira, 25 de março de 2013

MÉDICOS CONDENADOS POR TRÁFICO DE ÓRGÃOS VOLTAM A ATENDER PELO SUS

Os quatro médicos condenados por tráfico de órgãos em Poços de Caldas (MG) conseguiram um habeas corpus na última sexta-feira (22) e poderão atuar novamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), além das penas que variam de oito a 11 anos e seis meses, os médicos deveriam cumprir também medidas cautelares. Uma delas proibia que eles prestassem serviços médicos pelo SUS. A outra medida cautelar proibia que os médicos se ausentassem do país ou mesmo da comarca sem prévia autorização do juiz.
 
A defesa dos médicos alega que a condenação foi exacerbada e que o pedido de habeas corpus foi acatado pela Justiça. Desta maneira, os médicos podem voltar a atender pelo SUS e também podem sair da Comarca de Poços de Caldas ou mesmo do país sem que tenham que pedir autorização judicial.
 
O caso

O juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, condenou quatro médicos envolvidos em um esquema de compra e venda de órgãos humanos no Sul de Minas. Segundo a Justiça, os profissionais faziam parte de uma equipe médica clandestina que removia órgãos e realizava transplantes de forma irregular. Conforme a Justiça, ainda cabe recurso.
Os médicos João Alberto Góes Brandão, Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e Alexandre Crispino Zincone foram condenados a penas que variam de oito a onze anos e seis meses de prisão em regime fechado por homicídio doloso, compra e venda de órgãos humanos, violação de cadáver e realização de transplante irregular.
A condenação se refere à retirada de órgãos de José Domingos de Carvalho, morto aos 38 anos em abril de 2001, na Santa Casa de Poços de Caldas.
 
Caso Pavesi

O caso veio à tona após a morte de um menino de 10 anos, Paulo Veronesi Pavesi, que caiu de uma altura de aproximadamente 10 metros do prédio onde morava em Poços de Caldas, em abril de 2000. A morte encefálica do garoto foi diagnosticada na Santa Casa de Poços de Caldas pela equipe médica do Doutor Álvaro Ianhez. Depois disso, os órgãos foram retirados para doação.
 
Meses depois, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso, porque de acordo com uma denúncia, a morte encefálica teria sido diagnosticada de forma irregular. Ainda conforme o inquérito, quando a morte foi comprovada, o garoto estava sob efeito de substâncias depressivas do sistema nervoso central. Na época, quatro médicos foram indiciados.

A investigação deu origem a outros seis inquéritos e a Santa Casa perdeu o credenciamento para realizar transplantes. O caso foi parar inclusive no Congresso Nacional, na CPI que investigou o tráfico de órgãos. Os médicos foram acusados de homicídio doloso qualificado, já que o Ministério Público Federal considerou que a morte encefálica do menino foi forjada. O inquérito foi concluído um ano após o início das investigações.
 
25/03/2013 

sexta-feira, 8 de março de 2013

MULHER DO TEXAS RECEBERÁ 1° TRANSPLANTE DUPLO DE BRAÇOS NOS EUA

Uma mulher do Texas que perdeu os dois braços e as duas pernas por causa de uma intoxicação alimentar foi liberada para receber um duplo transplante de braços, operação inédita nos EUA, a ser realizada no Hospital Brigham and Women's, em Boston.

Katy Hayes, 44 anos, ganhará novos braços acima do cotovelo. O hospital ainda busca um doador num banco regional de órgãos, e não há data prevista para a cirurgia. "Tenho a determinação de tornar esses braços meus", disse Hayes numa entrevista coletiva. "Quero minha vida de volta. Quero segurar meus filhos. Quero abraçar meu marido."

Hayes foi contaminada pela bactéria estreptococo do grupo A, depois de dar à luz seu terceiro filho, em fevereiro de 2010. Ela também perdeu o intestino grosso e o útero. O transplante pode permitir que Hayes dobre e estenda os cotovelos e se erga sozinha da cadeira de rodas. Mas não está claro que funcionalidade os braços - e especialmente as mãos - terão, segundo Bohdan Pomahac, diretor de cirurgia plástica com transplantes do Brigham.

Hayes e a família chegaram em julho do Texas, e ela vinha sendo submetida a exames físicos e psicológicos para avaliar sua compatibilidade com a dolorosa cirurgia e a lenta recuperação. Transplantes de braços são considerados tecnicamente menos difíceis que os transplantes de mãos, mas a recuperação é mais desafiadora, e as potenciais conexões nervosas são mais tênues.

Fonte: ABTO - Associação Brasileira de Transplante de Órgãos

quarta-feira, 6 de março de 2013

PAIS DE MENINO DOENTE NA INGLATERRA DECIDEM NO "CARA OU COROA" QUEM DOARIA RIM PARA O FILHO

Adam Younis, de Sparkhill, Birmingham (Inglaterra), necessitava de um transplante de rim aos 18 meses de vida.

Ele nasceu com síndrome nefrótica congênita, ou seja, seus rins não eram capazes de filtrar líquidos adequadamente, e precisava urgentemente de um transplante. Seu rim esquerdo foi removido quando ele tinha apenas 9 meses, segundo reportagem do britânico Mail Online.

Tanto o pai Muntzair Younis, 28, quanto a mãe Kiran Younis, 25, queriam se submeter à operação para salvar a vida do filho, e concluíram que a única solução justa era jogar uma moeda e decidir no jogo de "cara ou coroa" quem doaria o rim para o filho.

"Disseram-nos, em um momento, que ele provavelmente morreria aos 18 meses de idade", disse Kiran.

O casal entrou em acordo que quem acertasse seria o doador. Muntzair ganhou após escolher "cara" e pai e filho foram submetidos a um transplante bem sucedido em dezembro de 2011.

Kiran afirma que, após tantos problemas, os dois estavam "igualmente desesperados" para salvar a vida do filho. "Mas achei que eu deveria fazer isso, pois fui eu quem o carregou por nove meses e o dei à luz", disse.

"Mas meu marido queria doar pois já havia desistido do trabalho em um restaurante para cuidar do nosso filho. Nós discutimos sobre isso e foi minha mãe quem disse para jogarmos uma moeda para decidir. Então, foi isso o que fizemos", conta Kiran.

"Eu nunca vou esquecer aquele dia", conta o pai, Muntzair Younis. "Estávamos do lado de fora do hospital Queen Elizabeth, em Birmingham, e os médicos haviam nos dado um prazo curto para decidir quem iria doar".

"Quando meu marido jogou a moeda para cima, foi como câmera lenta", relembra Kiran. "Para nós, seria sortudo aquele que desse esse "presente" para o nosso filho".

Adam Younis, que tem um irmão de seis e outro de três anos, agora tem quatro anos e está pronto para começar a escola.

Fonte: Uol - Notícias
06/02/2013



RAPAZ CONSEGUE NA JUSTIÇA O DIREITO DE DOAR RIM AO AMIGO EM CUIABÁ

O técnico em informática Valderson Evangelista Campos, 30, obteve da Justiça de Mato Grosso o direito de receber o rim de Daniel Frank Loango, 30. Ambos trabalham em uma mesma empresa em Cuiabá, têm a mesma profissão e são amigos há pelo menos 15 anos.

A decisão foi do juiz Yale Sabo Mendes após ação movida pela defensora pública Juliana de Lucca Crudo. Esse é o segundo caso obtido por pacientes renais em Mato Grosso. A lei federal 9.434/97 impede a doação de órgãos e tecidos por pessoas que não sejam parentes consanguíneos ou cônjuges.

Segundo a defensora pública, o processo foi acolhido pela 2ª Vara Cível de Cuiabá, dia 23 de janeiro. Uma semana depois (30), o juiz emitiu parecer favorável.

"É uma situação muito positiva que beneficia uma pessoa e aponta o grau de amizade entre elas, já que ninguém da família tem órgão compatível com o dele [Valderson]. O paciente é submetido à hemodiálise três vezes por semana e tem vida limitada", afirmou.

Ao UOL, por telefone, o doador Daniel Loango disse que o amigo passou a ter problema nos rins há dois anos e desde então procura doadores. "Fiz exames e meus órgãos são compatíveis", disse. Valderson, por orientação de familiares, preferiu não se pronunciar.

Segundo a defensora Juliana Crudo, o transplante será realizado no início de março no Hospital Albert Einstein, em São Paulo (SP).

Fonte: UOL - Notícias
05/02/2013


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

REGIÕES NORTE E NORDESTE PUXAM ALTA NOS TRANSPLANTES

Dados do Ministério da Saúde mostram evolução no número de transplantes nas regiões Norte e Nordeste que puxaram a expansão do número de cirurgias feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2012. O resultado confirma o esforço que vem sendo feito, desde 2011, para descentralizar a política e aumentar o volume de transplantes fora do eixo Sul e Sudeste. O aumento no número de equipes especializadas e das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) impulsionou o crescimento nessas regiões. Na região Norte o crescimento foi de 47% (4.706 transplantes) e no Nordeste 20% (613 transplantes) se comparado ao ano passado. Os estados que mais se destacaram em aumento percentual foram Bahia (59%), Pará (56%), Pernambuco (55%), Maranhão (44%) e Amazonas (35%). O Brasil realizou 23.999 transplantes em 2012, maior número da última década, quando foram registradas 12.722 cirurgias realizadas.

“Desde 2011, o Ministério da Saúde está se esforçando para expandir o acesso a todas as regiões. Comemoramos esse resultado nas regiões no Norte e Nordeste, e estamos buscando investir cada vez mais no setor para expansão da realização de transplantes no país”, destaca o ministro da Saúde Alexandre Padilha.

CIRURGIAS - Em números absolutos, São Paulo se destaca com 8.585 transplantes realizados, sendo a maior parte de córnea (5.541). O segundo estado com volume maior de transplantes é Minas Gerais – 2.179, seguido por Paraná (1.721), Pernambuco (1.678) e Rio Grande Sul (1.673).

O transplante de pulmão teve aumento de 69%, seguido do coração com 43% a mais quando comparado com o ano passado. Também houve aumento na quantidade de doadores de órgãos, que passou de 2.207 (2011) para 2.434, registrando 12,7 doadores por milhão de população (PMP).

Com atuação do Ministério da Saúde na melhoria da infraestrutura – especialmente a capacitação de equipes para o contato com as famílias dos possíveis doadores -, incentivo financeiro aos hospitais e na sensibilização da população por meio de campanhas anuais de incentivo à doação de órgãos e tecidos, os brasileiros têm demonstrado que a estratégia é eficiente.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, a cirurgia de córnea atingiu 15.225 cirurgias em 2012, contra 14.838 no mesmo período de 2011.

No ano passado, alguns estados já eliminaram a lista de espera para o transplante de córnea nos estados de Ceará, Pernambuco, Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espirito Santo, Distrito Federal e São Paulo.

AÇÕES – Em 2012, o ministro Alexandre Padilha assinou uma portaria que institui a atividade de tutoria em doação de órgãos e transplantes no País. Essa é uma forma do Ministério da Saúde estimular centros de excelência a capacitar serviços que queiram melhorar ou iniciar a realização desse tipo de cirurgia. O objetivo dessa ação é investir na capacitação e fortalecimento da rede brasileira de transplantes.

Um dos critérios para a habilitação de centros de excelência é fazer parte da rede pública ou ser entidade sem fins lucrativos que atenda de forma complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Outros critérios são: ter experiência de dois anos ou mais na área; realizar, no mínimo, três tipos de transplantes (sendo dois de órgãos sólidos e/ou um de tecido) ou, ainda, transplante de medula óssea alogênico não aparentado; desenvolver estudos e pesquisas na área, entre outros.

PARCERIA - Ainda no ano passado, foram adotadas diversas medidas na área de transplantes no Brasil. Uma delas é a parceria com o Facebook, com criação da funcionalidade que permite ao usuário se declarar doador de órgãos. Ao todo, 121 mil pessoas já se declararam como doadoras. Para expressar no Facebook o desejo de ser um doador de órgãos, basta ir à Linha do Tempo e clicar em “Evento Cotidiano”. Depois é preciso selecionar a opção saúde e bem-estar e clicar em doador de órgãos.

INVESTIMENTOS - Outra ação importante foi a incorporação de um medicamento para o paciente transplantado de rim. A imunoglobulina pode ser usada em casos de rejeição do órgão transplantado. Esta iniciativa possibilita uma rápida recuperação, além da melhoria na qualidade de vida do paciente.

Para estimular a realização de mais transplantes no SUS, o Ministério da Saúde criou novos incentivos financeiros para hospitais que realizam cirurgias na rede pública. Com as novas regras, os hospitais que fazem quatro ou mais tipos de transplantes passaram a receber um incentivo de até 60%.

Para os hospitais que fazem três tipos de transplantes, o recurso será de 50% a mais do que é pago atualmente. E nos locais onde são feitos um ou dois tipos de transplantes será pago 30% e 40% acima do valor, respectivamente. O investimento destinado para essa medida foi de R$ 217 milhões.

Fonte: ADOTE - Aliança Brasileira Pela Doação de Órgãos e Tecidos


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

DOAÇÃO DE SANGUE EM AVARÉ

Amanhã, dia 07 de fevereiro, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas estará presente na Loja Maçonica Nazareth trabalhando na coleta de sangue.

Vale lembrar, que na época de carnaval, a demanda de sangue infelizmente é maior em relação as outras épocas do ano, devido aos acidentes ocorridos.

Então vamos fazer a nossa parte e doar sangue. Não dói e não custa nada!

A Loja Maçonica nazareth fica na rua Rio de Janeiro, 1751. Centro - Avaré

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O SEGREDO DO SUCESSO É ORGANIZAÇÃO E CONFIANÇA

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras agências internacionais propagam a adoção do denominado "modelo espanhol". Seu sucesso está na organização, como explica Rafael Matesanz, diretor da Organização Nacional de Transplantes (ONT).
A Espanha é líder mundial na doação e transplantes de órgãos há muitos anos. Hoje a taxa é de 35 doadores por milhão de habitantes, muito acima da média na União Europeia (19 doadores). Entrevista, por telefone, com o diretor da ONT Rafael Matesanz.
swissinfo.ch: A OMS aprovou em 2010 uma estratégia baseada no modelo espanhol para alcançar a autossuficiência. Como o senhor explica a eficácia do modelo?
Rafael Matesanz: Para que haja doadores é preciso que a população seja sensibilizada. Mas isso não é o suficiente. É necessário também ter profissionais bem formados nos hospitais, que coordenam os transplantes, e uma organização capaz de solucionar os problemas que surgem no dia a dia dos hospitais.
 
O modelo espanhol foi introduzido em 1989. Em apenas três anos, a Espanha se tornou o primeiro país do mundo. Essa situação perdura há vinte e um anos. Esses são números espetaculares. Por essa razão é que a OMS o recomenda para melhorar os níveis de doação de órgãos.
swissinfo.ch: O que destaca o modelo espanhol?
R. M.: É não deixar nada à improvisação. Se alguma coisa nos ensinou, é que qualquer melhoria na doação é sempre secundária a um avanço na organização. Parece muito simples, mas a verdade é que custa muito reconhecê-lo, pois se acredita que a doação de órgãos depende do grau de generosidade da população. E isso não é assim.
A porcentagem da população favorável ou contrária à doação não tem nenhuma relação com o número efetivo de doadores. A população pode estar predisposta a doar órgãos, mas se não há um sistema que funcione, isso não se materializa. A palavra-chave do modelo espanhol é a organização.
Embora a Suíça tenha em geral uma das taxas mais baixas de doação de órgãos na Europa, existem diferenças regionais. As demandas por transplantes são mais atendidas nas partes francófonas e italófonas do país. [...]
swissinfo.ch: Quais são os países que mais avançaram nos últimos anos?
R. M.: A maioria adaptou de forma parcial o modelo espanhol. Os que mais se desenvolveram foram Portugal, com um crescimento importante nos últimos anos; a Croácia, que dispõe de um sistema praticamente idêntico ao espanhol com aproximadamente trinta doadores por 1 milhão de habitantes e algumas regiões do norte da Itália como a Toscana, com taxas de doações similares ou, por vezes, até superiores aos da Espanha. Também ocorreram avanços significativos na França e na Bélgica.
No entanto, a América Latina é uma das regiões do mundo que mais está crescendo. Existem países que alcançaram níveis inclusive superiores a alguns países europeus. A Argentina, por exemplo, com 16 doadores por milhão, que é uma cifra superior a da Grã-Bretanha ou da Alemanha. A vantagem do modelo espanhol é que ele funciona praticamente em todo o mundo.
swissinfo.ch: A Espanha aplica o sistema de consentimento presumido, que é diferente do consentimento expresso utilizado, por exemplo, em países como a Suíça ou Alemanha. A vontade de doar deve constar expressamente numa carteira? O senhor considera correto esse enquadramento legal?
R. M.: Não existe um só caso no mundo em que o número de doadores foi elevado através simplesmente de uma mudança de lei. Teoricamente, a lei diz que todo cidadão é doador se não expressou em vida o contrário. Mas na prática, nós sempre consultamos a família do falecido. Entre 15 e 20% das famílias na Espanha recusam os transplantes. Por conseguinte, a doação não é automática.
Meu conselho é que se existe um acordo geral no país para modificar a lei, então é melhor modificá-la. Essa não vai ser uma medida mágica para aumentar as doações, afinal muitas pessoas podem perceber a prescrição da doação como uma espécie de imposição. E às vezes você tem apenas um resultado oposto.
As taxas elevadas de doações não se devem apenas a essa lei. Também havia a falta de um modelo adequado de organização, sem a qual, por mais que se mude a lei, as doações não aumentam.
swissinfo.ch: Com o falecimento de um potencial doador, as autoridades sanitárias espanholas têm o direito de extrair-lhes os órgãos sem que o falecido tenha assinado uma carteira correspondente. Porém na prática a opinião da família é respeitada...
R. M.: Sempre perguntamos a família se ela sabe a vontade do falecido em relação à doação de órgãos? Sempre se respeita a vontade do falecido. Na Espanha jamais foram obtidos órgãos contra a vontade da família. Creio que um só escândalo dessa categoria colocaria em risco todo o programa de transplantes, que se baseia principalmente na confiança.
swissinfo.ch: Será que a opinião pública espanhola está consciente da eficácia do modelo espanhol?
R. M.: O dia em que foi aprovada no Parlamento Europeu em Estrasburgo a diretriz europeia de transplantes, a imprensa espanhola publicava manchetes como "um estranho orgulho nacional". Os espanholes se sentem muito orgulhosos do seu sistema. E isso é precisamente devido ao fato de não ter havido escândalos, que todos confiam que as coisas estão sendo bem feitas, que o sistema é muito eficaz e que é igual para todos. A não discriminação positiva e negativa é algo que tantos os cidadãos, como os profissionais e os pacientes, valorizam bastante.
swissinfo.ch: Na Suíça a fundação Swisstransplant se opõe ao sistema de doação automática, enquanto o governo pondera sobre a introdução de um sistema de consentimento presumido...
R. M.: O melhor é respeitar a opinião da maioria da população. A declaração da Swisstransplant mostra que a população não está muito de acordo com a lei. O mesmo ocorreu na Grã-Bretanha. Essas polêmicas não favorecem em nada a doação de órgãos.
Creio que na Suíça há uma experiência muito positiva: o cantão de Genebra adotou um sistema de coordenadores muito similares ao espanhol. A taxa de doações é sensivelmente superior ao resto da Suíça ou de Zurique, que tem a taxa mais baixa. A Suíça é um país com muitas discrepâncias, que deve mais a diferenças de organização do que diferenças culturais. O tema crucial para aumentar as doações é abordar o tema da organização e estabelecer um sistema de coordenação em todo o país.
swissinfo.ch: Cada ano morrem na Suíça umas cem pessoas, pois a doação não chega a tempo. No ano passado havia 1.116 pessoas na lista de espera. Quantas existem na Espanha?
R. M.: São 5.500 receptores, dos quais 4.500 são de rim e o resto de fígado, coração, pulmão, etc. Esse número diminuiu nos anos 1990 e se manteve mais ou menos estável. A mortalidade dos pacientes na lista de espera se situa entre 5 e 6%. Estamos muito próximos de conseguir a autossuficiência. Cobrimos muito bem as nossas necessidades e os tempos de espera dos pacientes foram bastante reduzidos.
swissinfo.ch: Em comparação, os números da Suíça são relativamente elevados.
R. M.: Sem dúvida que são elevados, mas o conceito da lista de espera não é muito significativo. Se um cirurgião sabe que pode transplantar 50 órgãos não vai colocar 300 pessoas na lista de espera, pois senão morrem 250. As listas de espera não refletem bem as necessidades de determinadas terapias. Se tivéssemos o dobro de órgãos, provavelmente a lista não diminuiria, mas sim seriam incluídas mais pessoas. Esse é o grande drama dos transplantes: as necessidades superam em muito as possibilidades.
swissinfo.ch: Que medidas o senhor recomenda no caso suíço?
R. M.: O problema está principalmente na fragmentação do sistema de saúde. Não é um problema exclusivamente suíço. Ao tentar introduzir um programa nacional em países como Suíça, Suécia e Alemanha, com sistemas de saúde altamente descentralizados, não é tão fácil de organizá-lo. Para funcionar, o país inteiro tem que ir na mesma direção. No caso da Suíça, o ideal seria adotar o sistema de transplante de Genebra e de outras partes da Suíça francófona, onde ele funciona muito bem, para outras regiões onde a situação é diferente. Assim ocorreu na Espanha.
Antonio Suárez Varela, swissinfo.ch
Adaptação: Alexander Thoele
 
Fonte: ADOTE - Aliança brasileira pela doação de órgãos e tecidos
22/01/2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

MÉDICOS NIGERIANOS VÊM AO BRASIL PARA CONHECER CENTRAL DE TRANSPLANTES

Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo país em número de transplantes no mundo.

Médicos africanos estão em São Paulo para aprender como funciona o sistema brasileiro de transplantes de órgãos. Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo país em número de transplantes no mundo.

Dentro de um centro cirúrgico, no Brasil, os médicos ficam mais perto de realizar um projeto grandioso: salvar vidas na Nigéria.

Jacob Awobusuyi e Funmi Omisanjo sabem tratar doenças renais e fazer transplantes, mas isso é raro no país deles. A Nigéria é o país mais populoso da África. Tem 170 milhões de habitantes em um território pouco maior do que o do estado de Mato Grosso. O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU está entre os mais baixos do mundo - o de número 156 em uma lista de 187.

Funmi conta que apenas um centro médico realiza transplantes regularmente na Nigéria, mas é um hospital particular, e a maior parte da população não pode pagar a conta. Por isso os médicos decidiram vir. Em quase todos os estados brasileiros, quando a família concorda com a doação, 100% dos órgãos aprovados nos exames médicos são aproveitados.

“Existe uma solidariedade grande da população brasileira quando abordada. Elas autorizam a doação. Existe uma sintonia muito grande entre os profissionais de saúde que trabalham com transplante que simplificaram todo o programa", destaca José Medina, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.

De janeiro a setembro do ano passado, foram realizados mais de quatro mil transplantes de rim; 1,3 mil de medula óssea; quase 12 mil transplantes de córnea. E 90% são feitos pelo SUS.

O Sistema Brasileiro de Transplantes foi desenvolvido ao longo de décadas, e um dos principais méritos é que ele consegue salvar tantas vidas com uma série de procedimentos simples, que podem ser repetidos em outros países. É esse conhecimento que os médicos nigerianos vieram buscar.

Jacob explica que a estrutura criada no Brasil vai servir de modelo para um sistema público de transplantes na Nigéria. Ele conheceu Jefferson, que acaba de ganhar um rim novo em São Paulo. Jefferson torce para eles terem sucesso. "Que ocorra tudo certo, como ocorreu aqui comigo", deseja.

Para assistir a matéria exibida no Jornal Nacional basta acessar o link:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/medicos-nigerianos-vem-ao-brasil-para-conhecer-central-de-transplantes.html

Fonte: g1.globo.com
Matéria exibida no Jornal Nacional, edição do dia 15/01/2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CEARÁ ATINGE NOVOS RECORDES DE TRANSPLANTE DE RIM E MEDULA

No ano em que assumiu a posição de segundo estado com maior número de doadores efetivos de órgãos e tecidos do país, o Ceará já registra em 2012 recordes de transplantes de rim e medula óssea. Em transplantes de coração, o Estado tem no ano a segunda melhor marca da história, com 28 transplantes de coração realizados, mais que os 25 de 2009, os 16 de 2010 e os 25 de 2011.

Há 10 anos, a partir de 2003, o Ceará se estabelece como um dos três estados que mais realizam transplantes de coração no país. Ao todo, em 2012, foram realizados 1.217 transplantes de órgãos e tecidos, com os recordes de 282 transplantes de rim, 26 a mais que os 256 de 2011, e de 26 transplantes de medula óssea – foram 17 no ano passado.

Com 140 doadores efetivos de órgãos e tecidos para transplantes até setembro, o Ceará confirmou a posição assumida no primeiro semestre do ano de segundo estado com maior número proporcional de doadores efetivos do país. Por milhão da população (pmp), o Ceará teve 22,1 doadores efetivos, atrás apenas de Santa Catarina, com 25,6 doadores efetivos por milhão da população, 120 doadores em número absoluto. Depois do Ceará aparecem o Distrito Federal, com 20,8 doadores efetivos pmp, São Paulo (19,1) e Rio Grande do Sul (17). Os números são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), divulgado esta semana pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e Tecidos (ABTO).

Fonte: ADOTE - Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos
02/01/2013



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

SISTEMA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS É ABALADO POR ESCÂNDALO NA ALEMANHA

Uma investigação criminal foi aberta na cidade de Leipzig, mas analistas alemães dizem que chegou a hora de o sistema passar por uma reformulação total

Será que o sistema de transplante de órgãos da Alemanha precisa de uma revisão? Essa é uma questão que o país está mais uma vez se perguntando após a ocorrência de mais um escândalo envolvendo médicos que ajudaram seus pacientes a furar a fila dos transplantes – escândalo que pode ter consequências significativas para os profissionais de medicina implicados.

Promotores de Leipzig, no leste da Alemanha, abriram uma investigação criminal após alegações de que médicos do hospital universitário da cidade manipularam dados para ajudar seus pacientes a furar a fila dos que esperam por um órgão de doador. Até o momento, dois médicos seniores foram suspensos devido ao escândalo, que entre 2010 e 2012 destinou erroneamente um total de 38 pacientes com problemas de fígado para hemodiálise a fim de reduzir a lista de espera para seus próprios pacientes.

"Essa revelação é um choque para mim", disse Wolfgang Fleig, chefe do setor de Medicina da Universidade de Leipzig. "Até agora, eu acreditava firmemente que nossos procedimentos cumpriam todas as regras".

"Eu não posso colocar minha mão no fogo e dizer que não há dinheiro envolvido", acrescentou Fleig. Ele também ressaltou que acha difícil imaginar que o motivo principal da fraude tenha sido suborno, uma vez que ele conhecia pessoalmente os médicos e os pacientes envolvidos. "Fazer ou não a opção pela diálise para determinado paciente requer apenas um clique no computador", disse Fleig.

Comissão independente

Seja qual for a verdade por trás da situação, esse caso recente coloca mais uma vez sob escrutínio a supervisão das listas de espera por transplantes. Vários escândalos semelhantes vieram à luz em 2012, incluindo casos em clínicas de Göttingen, Munique e Regensburg. Também houve o receio de que esses escândalos pudessem reduzir ainda mais a já diminuta disposição dos alemães em se inscrever como potenciais doadores de órgãos. Estima-se que uma pessoa morra na Alemanha a cada oito horas devido à falta de um órgão de doador.

Embora um porta-voz do Ministério da Saúde da Alemanha tenha insistido que: "Os mecanismos de fiscalização, monitoramento e controle funcionam", os críticos argumentam que não há regulamentação governamental suficiente para as listas no país.

Johannes Singhammer, membro da União Social Cristã, da Bavária, partido-irmão da União Democrata Cristã da chanceler Angela Merkel, pediu para que as atuais diretrizes relacionadas a transplantes de órgãos da Associação Médica Alemã sejam inseridas na legislação alemã. "Só dessa forma será possível aplicar sanções", disse ele.

Atualmente, a responsabilidade pelo sistema de doação de órgãos é dividido entre quatro organizações: a Fundação de Transplante de Órgãos da Alemanha (responsável pela doação dos órgãos), a Euro Transplante (que distribui os órgãos), os próprios centros de transplantes e uma comissão da Associação Médica Alemã (que define as diretrizes para os transplantes).

O ministro da Saúde da Alemanha, Daniel Bahr, criou uma comissão independente de médicos, de especialistas em ética e de advogados para analisar a questão. Muitos médicos, no entanto, são resistentes ao que eles veem como interferência externa por parte de não médicos em uma decisão clínica.

O presidente da Associação Médica Alemã, Frank Ulrich Montgomery, disse ao diário Tagesspiegel, de Berlim, que o sistema de transplante de órgãos alemão "provavelmente nunca foi tão seguro e protegido contra fraudes quanto agora" e afirmou que os casos de Leipzig, apesar de precisarem de investigação, eram exclusivamente "casos do passado".

Analistas dos principais jornais nacionais da Alemanha trataram sobre o tema.

O "Frankfurter Allgemeine Zeitung", de centro-direita, publicou:

"O dano causado por essas fraudes é imenso. E, obviamente, isso não é válido apenas para os pacientes enganados e que faziam parte da lista de espera de órgãos de doadores. Isso também vale para todos os pacientes que se sentem literalmente impotentes. E vale ainda para os doadores, cuja desconfiança cresce a cada caso de manipulação. O número de doadores de órgãos começou a diminuir no ano passado, assim que os primeiros casos de fraude se tornaram públicos. E, por fim, mas não menos importante, tais casos também prejudicam os médicos do setor de transplantes, cuja própria área de especialização foi mergulhada em descrédito. E a diminuição da confiança na maneira como fígados, corações e rins são tratados prejudica a reputação de todos os médicos. Dessa forma, o combate a esse crescente dano à imagem dos médicos é, cada vez mais, do interesse deles mesmos".

O "Süddeutsche Zeitung", de centro-esquerda, publicou:

"O sistema de doação de órgãos depende da confiança absoluta de que os órgãos doados são distribuídos de forma justa. Violações tem que ter consequências. Assim, é ainda mais trágico que os esforços para esclarecer um caso de fraude em uma clínica de Munique não tenham avançado. É sabido desde a primavera que dados de pacientes dessa clínica eram manipulados para melhorar suas chances de conseguir um órgão. Vários funcionários sêniores da clínica provavelmente sabiam do problema – ou deveriam saber. O problema continua devido à falta de consequências para os responsáveis envolvidos".

"Nos Estados Unidos, centros de transplante perderam suas licenças devido a violações muito menores. Um sistema como esse também deveria ser introduzido aqui na Alemanha".

O esquerdista "Die Tageszeitung" publicou:

"É muito possível que a manipulação ocorra praticamente em todos os lugares. As únicas perguntas realmente importantes são: quão ampla é a manipulação, que tipo de órgãos estão envolvidos e quão pérfida é a fraude. Esclarecer essas questões depende da quantidade de recursos que o Ministério Público, a Associação Médica Alemã, as empresas de planos de saúde e o governo federal estão dispostos a disponibilizar".

"Seria errado condenar o transplante de órgãos em si. Para muitos pacientes, o transplante continua sendo a única terapia possível e adequada. A questão se resume à definição de novas regras para a distribuição dos órgãos com o intuito de estabelecer controles de qualidade adequados e de reduzir a concorrência entre os centros de transplante por meio fechamento de alguns deles".

O conservador "Die Welt" publicou:

"O sistema de transplante de órgãos na Alemanha está sujeito à manipulação, pois ele é extremamente insatisfatório quando todas as regras são seguidas. Isso tem muito a ver com a enorme lacuna entre a procura e a oferta, entre o baixo número de órgãos doados e o número muito maior de pacientes necessitados. Os próprios pacientes são os que mais sofrem com essa discrepância. Mas a situação também tem consequências para os médicos. É extremamente difícil para eles incentivar quem necessita de um transplante a ser paciente e, ao mesmo tempo, testemunhar o sofrimento deles".

"Vamos ser claros: o sistema de transplantes é insuportável para todos os envolvidos. Esse fato – e não a ganância ou a falta de caráter dos envolvidos – é o que alimenta as fraudes. Mas isso também significa que o sistema de auto-administração compartilhado entre médicos, clínicas e empresas de planos de saúde não é capaz de evitar que violações ocorram. De fato, um requisito para o sucesso da auto-administração é um sistema que funcione razoavelmente bem. Mas distribuição de órgãos não funciona principalmente devido à discrepância entre a oferta e a procura. E é por essa razão que a tarefa de monitoramento do sistema deve ser retirada das mãos dos médicos e entregue a uma autoridade neutra".

Fonte: Der Spiegel - Uol Notícias
04/01/2013