Incor vai começar a usar a técnica pioneira em pacientes que dependem da doação
POR CLARISSA MELLO
Rio - Pela primeira vez na América Latina, um transplante de pulmão será feito com um órgão que passou por uma técnica pioneira de regeneração. A cirurgia será no Instituto do Coração (Incor) de São Paulo assim que surgir um órgão doado por paciente com morte cerebral.
O cirurgião do Incor Paulo Pêgo disse que a equipe já conversou com os pacientes, e 90% deles concordaram. “O transplante de pulmão é algo que dificilmente ocorre pois somente 5% a 10% dos que são doados podem ser, de fato, utilizados”, explicou.
Segundo Pêgo, o órgão se deteriora rapidamente depois que ocorre a morte cerebral . “Se o problema for o excesso de líquido no pulmão porque o paciente tomou muito soro durante o tratamento, por exemplo, isso pode ser resolvido. A técnica retira o excesso de líquido, e o órgão volta a funcionar”, diz.
O método representa esperança para os 140 brasileiros que esperam por um transplante de pulmão no Brasil — metade deles somente no Incor. Segundo Pêgo, com a nova técnica, será possível duplicar o número de cirurgias realizadas no País: por ano, são feitos em torno de 20 transplantes. Com a nova técnica, seriam 40 casos.
O médico afirma que a maior vantagem é evitar o descarte de órgãos. Ele estima que, dos 90% jogados fora, aproximadamente 30% poderiam ser reutilizados.
Segundo o profissional, é possível que a técnica seja levada para os outros três centros médicos que hoje fazem transplantes de pulmão no Brasil, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Ceará. “Por enquanto, só o Incor tem autorização. Mas é claro que iremos disponibilizar a tecnologia para outras unidades de referência”, diz.
Fonte: odia.ig.com.br
17/01/2012
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