quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AS CHANCES DE TRANSPLANTE SÃO PEQUENAS E ENFRENTAM DIVERSOS EMPECILHOS. UMA FORMA DE AJUDAR É INFORMAR À FAMÍLIA O SEU DESEJO AINDA EM VIDA

Em relação a 2010, a doação de órgãos em Marília, interior de São Paulo, caiu 43%. Este ano, o número de captação de pâncreas, fígados e rins ficou em torno da metade do ano passado e houve apenas uma doação de pulmão. Segundo o serviço responsável, um dos motivos é a contraindicação, mas as negativas das famílias ainda são recorrentes e impedem que a vida de muitos pacientes seja salva.

Quem pode doar?

O doador precisa ter diagnóstico de morte encefálica, ou seja, morte cerebral. Isto acontece quando o cérebro não armazena oxigênio nem glicose e para de funcionar de maneira irreversível. Depois, é preciso checar se não há contraindicações, como doenças nos órgãos a serem captados ou se o doador fazia uso de determinados medicamentos.

Por fim, a família precisa dar a autorização, o que ainda gera muita dificuldade. Segundo o Spot (Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos), expressar a intenção de ser ou não um doador é um fator determinante para a captação de órgãos. As famílias que já conhecem a vontade dos entes falecidos doam os órgãos sem hesitar. Porém, quando desconhecem a intenção, disponibilizar os órgãos gera angústia.

De 2010 para 2011

Em 2010, houve 60 captações de rins, 25 de fígados e seis de pâncreas. Em 2011, os números caíram para 36, 12 e 3, respectivamente. A captação de coração foi zero em ambos os anos. Em 2011, apenas um pulmão foi captado.

Quanto aos olhos, foram 150 córneas captadas neste ano, um número muito menor que as 240 doadas em 2010. A queda foi de 37%. Os dados se referem às captações feitas em hospitais locais, independente de onde é o paciente que teve morte encefálica.

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