segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

INCOR ATINGE A MARCA DE CEM TRANSPLANTES CARDÍACOS EM CRIANÇAS

Orgulhosos do número, os médicos sabem que precisam fazer mais. Há muitas crianças esperando por avanços no sistema de saúde e no cuidado com doadores e seus órgãos.

O garoto de 7 anos é bom aluno, é bom de bola. E muito, muito mais que isso.

“O tempo que ele ficou aqui foi difícil, mas foi um guerreiro não é, filho?”, diz o pai da criança.

Veja em vídeo imagens foram feitas quando Rodrigo tinha 4 anos e lutava pela vida enquanto esperava por um transplante de coração.

A cirurgia aconteceu e, depois do bate bola, a repórter garante: o resultado é poderoso.

Como Rodrigo, muitas outras crianças ganharam a chance de viver graças à habilidade dos médicos, dos profissionais do Incor e a generosidade das famílias dos doadores. Com essa combinação, o Instituto do Coração de São Paulo atingiu a marca histórica: 100 transplantes de coração em crianças.

A centésima cirurgia aconteceu há uma semana e já mudou a vida de Lucas. “É outra criança. Ele era todo roxinho, pálido, para respirar era difícil, agora está super bem”, afirma Michele Coelho, mãe de Lucas.

“Daqui pra frente, a expectativa é que ele possa ir à escola, que ele possa brincar com os amigos, andar de bicicleta que ele gosta muito”, conta a médica Estela Azeka.

É vida normal e com grandes planos. “Quero jogar futebol, andar de bicicleta, ser ator. Não tem nada a ver, mas eu sempre quis.”

Orgulhosos dos cem transplantes, os médicos do Incor sabem que precisam fazer mais. Há muitas crianças como Ana esperando por avanços no sistema de saúde e no cuidado com doadores e seus órgãos.

“O tempo pra que se faça o transplante tem que ser um tempo curto e os cuidados que precisam ser feitos são cuidados muito intensos com relação à hidratação, com relação aos cuidados de medicamento”, conta Marcelo Jatene, coordenador da Central de Transplantes.

Há um ano e meio, Lorena teve que fazer do hospital sua casa. No local, ela pinta, toca, recebe visitas importantes e aguarda ansiosa por um pulmão, transplante que também é feito no Incor e que pode lhe devolver pequenos e grandes prazeres da vida.

“Acordar, abrir a geladeira, essas coisas pequenas que a gente faz e nem percebe, do sol, da luz do dia”, diz Lorena.

Cem transplantes feitos é uma marca importante também para quem espera.

“Dá força, crianças que ainda não viveram nada, que tem a vida pela frente, que podem transformar o mundo. Isso é maravilhoso”, conta Dione Barroca, mãe de Lorena.

Para ter acesso à matéria completa é só acessar o link abaixo.


Fonte: G1. globo.com - Jornal Nacional




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

TRANSPLANTES DE MEDULA ÓSSEA NO BRASIL BATEM RECORDE EM 2011

Aumento foi de 40% em comparação ao primeiro semestre de 2010. País tem o terceiro maior banco de voluntários do mundo.

Os transplantes de medula óssea realizados na rede pública de saúde no Brasil bateram recorde este ano. Basicamente por causa do movimento solidário de uma legião de cidadãos.

Laura, de 7 anos, fez o transplante de medula em setembro e se recupera bem. Ninguém da família era compatível e o doador veio Banco Nacional de Medula Óssea. A busca demorou dois meses. “Foi muito rápido. Eu acredito que já tinha alguém esperando pela Laura”, disse a mãe da menina, a professora Patrícia Ribeiro.

O transplante de medula é o tratamento para leucemia ou anemias graves. De cada quatro pacientes, apenas um encontra um doador compatível na família. Os outros precisam recorrer aos bancos de voluntários. E o Brasil tem o terceiro maior banco de medula óssea do mundo. São 2,5 milhões cadastrados. O banco brasileiro perde apenas para o dos Estados Unidos e o da Alemanha.

“Isso aumenta demais a perspectiva de encontrar um doador nesses bancos. Também amplia a margem de miscigenação genética da população brasileira”, afirma Larissa Medeiros, médica do Hospital das Clínicas da UFPR.

Em 2000, a chance de encontrar um doador era apenas de 10%. Atualmente, chega a 70%. O tempo médio na fila diminuiu de um ano para cinco meses. E, no primeiro semestre de 2011, o número de transplantes cresceu 40% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Para fazer parte do banco de medula basta uma amostra de sangue. Se houver compatibilidade, o doador é chamado.

“É um processo extremamente simples. A maior parte das pessoas acredita que é uma cirurgia, e não é. O doador acaba tendo essa medula óssea rapidamente regenerada, sem prejuízo para a sua saúde”, explica Larissa Medeiros.

“Você não imagina que vai ser compatível com alguém, mas torce para que isso possa ajudar alguém lá na frente que esteja precisando realmente”, conta a doadora Raquel Olimpio de Faria.

Fonte: G1.globo.com - Jornal Nacional
11/11/2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

TRANSPLANTE ENTRE TRÊS PESSOAS VIVAS É REALIZADO PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL

Cirurgia envolveu pai, filho e sobrinha; os dois últimos doaram 1/3 do fígado.
Recuperação de doadores leva cerca de quatro semanas, dizem médicos.

Um transplante de fígado envolvendo três pessoas vivas, feito através de um procedimento inédito no Brasil, foi realizado no Hospital Angelina Caron, na Região Metropolitana de Curitiba. A técnica, chamada de duplo transplante inter-vivos, foi desenvolvida na Coreia do Sul há 11 anos e nunca tinha sido usada no Brasil.

O paciente, o aposentado Darci Bladt, de 52 anos, tinha cirrose hepática e passou quase um ano na fila do transplante. Quando o estado de saúde dele piorou, os médicos sugeriram a técnica com doadores vivos, que poderiam ser encontrados na própria família.

O filho Natanael, de 22 anos, e a sobrinha Júlia, de 26 anos, têm o mesmo tipo sanguíneo que Darci e poderiam doar. Porém, os dois são mais baixos e pesam menos que o paciente, e teriam que tirar uma parte pequena do órgão para que não sofressem riscos. Por isso, os médicos tiveram que usar os fígados dos dois.

Na cirurgia, os médicos retiraram um terço do fígado de cada um dos doadores e juntaram ao do paciente. “É mais uma opção, não é única, não é primeira, mas é mais uma opção para aqueles casos que você não tem saída”, disse o médico Mauro Roberto Monteiro, que participou da cirurgia. Os médicos precisaram de autorização do Ministério da Saúde para fazer a cirurgia.

Duas semanas depois da cirurgia, os três se recuperam dentro do previsto pelos médicos. Darci ainda está internado e tem dificuldades para falar. Os dois doadores já receberam alta.

"Quando a gente tem um problema desse na família, a gente sempre pensa nessa opção, a opção de poder doar a gente mesmo. A fila de espera, querendo ou não, é meio que uma Mega Sena", diz o filho Natanael, que compara sua cicatriz na barriga a uma "medalha de honra".

Para assistir à reportagem, acesse o link abaixo:

Fonte: G1, com informações do Jornal Nacional
12/12/2011

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TRANSPLANTADOS SE REENCONTRAM PARA CELEBRAR VIDA NOVA

Reunidos com a família e os amigos, transplantados de medula óssea pelo Hospital das Clínicas se reuniram no Hemoce para celebração da vida renovada. Primeiro transplante autólogo de medula do Ceará ocorreu em 2008

“A vida está linda” é como o caseiro Paulo de Sousa, de 30 anos, responde ao cumprimento simples: “Tudo bem com o senhor?”. Já faz 14 meses desde quando se submeteu ao transplante de medula óssea no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC, o Hospital das Clínicas). Ontem, no segundo Encontro Natalino dos Transplantados de Medula Óssea, ele, a esposa Bia e o filho de cinco anos Luan estavam lá.

O procedimento de Paulo, como dos demais transplantados reunidos, chama-se autólogo. Parte da medula óssea é retirada do próprio paciente, tratada pelos médicos do Hospital das Clínicas e, em seguida, acondicionada pelas bioquímicas do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, o Hemoce. Desde a primeira consulta até o dia do transplante, são, em média, 80 dias.

A parceria Hemoce e HUWC ocorre desde 2008, quando, no dia 26 de setembro, houve o primeiro transplante autólogo de medula óssea do Ceará - completamente gratuito ao usuário. Desde então, foram 38 procedimentos similares em pacientes cearenses do Sistema Único de Saúde, o SUS, com doenças onco-hematológicas - leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e mielodisplasia. Todos feitos pela HUWC/Hemoce.

“Temos hoje fila com cinco pessoas. Como não é preciso esperar pelo doador, a espera é pelo tratamento do próprio paciente e pelos leitos disponíveis. Essas cinco estão já tratadas, mas temos apenas dois leitos. O ideal seria se tivéssemos, no mínimo, dois a mais”, avalia o chefe da equipe de transplantes do Hospital Universitário, Fernando Barroso.

Depois dos seis meses em casa e dos vários exames, o paciente do transplante autólogo é tratado como recém-nascido, precisa de todas as vacinas infantis outra vez. Dali em diante, a vida precisa de mais cuidado e constantes visitas ao médico.

Fora isso, Paulo ganhou o viço da pele de novo: “O filho do meu patrão é médico, ele quem descobriu o câncer. Teve época que minhas plaquetas chegaram a cinco mil. Ele me disse: ‘Mas você quase morre, hein?’. Pois é. Mas tô aqui”.

ENTENDA A NOTÍCIA

O trabalho conjunto entre o laboratório do Hemoce, onde são conservadas as células de medula óssea, e a unidade de transplantes onco-hematológicos salvou 36 vidas desde o ano de 2008. Foram 38 procedimentos ao todo. Até o fim deste ano, o objetivo é arredondar para os 40.

Matéria de Janaína Brás

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ESPANHA BATE NOVO RECORDE DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

A Espanha, líder mundial em transplante de órgãos, bateu um novo recorde após registrar 94 intervenções em 72 horas, segundo informou a Organização Nacional de Transplantes (ONT).

Nos dias 23, 24 e 25 de novembro foram entregues órgãos de 39 doadores, beneficiando 91 receptores, dois dos quais estavam em situação de "urgência zero", isto é, morreriam se não recebessem o órgão entre 24 e 48 horas.

Dos 39 doadores, dois eram estrangeiros e outros dois morreram em acidentes de trânsito.

Com relação aos transplantes, 48 foram de rins, 23 de fígado, oito de pulmão, seis de coração, três de pâncreas e um de intestino. Não há dados sobre os demais.

Nesta maratona participaram quase 1.000 pessoas e vários organismos privados e públicos, entre os quais 42 hospitais, dez aeroportos, os serviços de emergência e proteção civil das comunidades autônomas implicadas, além da colaboração do Estado Maior Aéreo.

O recorde anterior de atividade da ONT foi estabelecido em 29 de março de 2009, quando foram realizados 32 transplantes em 24 horas.

A Espanha foi declarada líder mundial em doações e transplante de órgãos em 2010 pelo 19o ano consecutivo, com uma taxa de 32 doadores por milhão de habitantes, e a realização de um total de 1.502 transplantes no ano passado.

05/12/2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

TRANSPLANTE SALVA VIDA DE RECÉM-CASADA À BEIRA DA MORTE

Um transplante de pulmão salvou a vida de uma jovem britânica apenas três semanas após seu casamento. Portadora de fibrose cística, Kirstie Mills viu sua saúde se deteriorar rapidamente devido à doença genética.

Aos 21 anos, ela usava regularmente uma cadeira de rodas, máscaras de oxigênio para ajudá-la a respirar e passava temporadas cada vez mais longas no hospital.

Ao longo dos dois anos de relacionamento, seu namorado, Stuart, já havia sido apresentado à rotina de remédios, infecções respiratórias e internações, tudo parte do regime imposto pela doença incurável, que frequentemente leva à morte prematura.

"Eu sabia que nosso tempo estava acabando", disse ela.

Casamento transferido

Por causa do estado de saúde de Kirstie, eles decidiram planejar logo o casamento no Chipre, mas a saúde frágil da noiva fez com que ela não pudesse viajar e a cerimônia teve de ser transferida para Somerset, na Grã-Bretanha.

"Havia diversos médicos e enfermeiros lá. Stuart tinha um cartão no bolso de 'Não Ressuscitar' porque se eu desmaiasse eu não queria ser ventilada, já que isso excluiria a possibilidade de transplante", contou Kirstie. "Foi o melhor dia da minha vida, mas também achávamos que seria meu último."

Duas semanas depois do casamento, ela foi levada de helicóptero para um hospital em Londres para esperar por um transplante, um procedimento arriscado, mas que poderia aumentar sua expectativa de vida.

Espera

Segundo Kirstie, a espera pelo transplante foi um momento extremamente difícil para seu novo marido e sua família. "Em um determinado momento, eu tentei implorar que desligassem as máquinas que estavam me mantendo viva, mas porque eu tinha uma traqueostomia, ninguém me entendia."

"Eu me sentia como se estivesse constantemente me afogando ou sufocando. O número de tubos ligados a mim era inacreditável, então eu não podia me mexer, não podia fazer nada. Eu estava desesperada."

"Eu não achava que o transplante aconteceria e, mesmo que acontecesse, seria tarde demais, porque eu estava tão fraca", disse Kirstie.

Finalmente, em julho deste ano, ela recebeu novos pulmões.

"Foi no momento exato. Eu tinha horas de vida."

A recuperação foi difícil, mas ela voltou a andar, fazer exercícios e já tem capacidade pulmonar de 100%. Kirstie está animada para passar seu primeiro natal em família em anos e planeja pedalar 300 quilômetros para arrecadar dinheiro para instituições de caridade.

Apesar disso, ela lembra que não está curada. "Eu nunca vou ter uma expectativa de vida normal, mas o transplante talvez tenha me dado 20 anos a mais. Eu só tenho que continuar gerenciando e controlando a doença da melhor maneira possível."

http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/bbc/2011/12/01/transplante-salva-recem-casada-a-beira-da-morte.jhtm