segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ALGUMAS NOVIDADES IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO NOS HOSPITAIS PAULISTANOS

  • O Hospital das Clínicas e o Albert Einstein serão os primeiros no país a realizar transplante multivisceral, que substitui, ao mesmo tempo, fígado, estômago, pâncreas, duodeno e intestino delgado. Em ambos, a cirurgia, com implantação prevista para o início do ano que vem, será gratuita
  • Usados no mundo todo, corações artificiais podem adiar ou até eliminar a necessidade de troca do órgão. Após uma década de pesquisas, o Instituto Dante Pazzanese desenvolveu um modelo para substituir os dois ventrículos, que bombeiam o sangue. O aparelho é instalado dentro do peito e apenas a bateria precisa ser alocada em uma bolsa externa. segundo o bioengenheiro Aron de Andrade, que comanda o projeto, a primeira operação deverá ser realizada até o fim deste ano e o equipamento custará cerca de 30 000 reais. Mecanismos semelhantes importados saem a partir de 380 000 reais.
  • Quando um doador morre, os pulmões podem se perder por causa da infiltração de líquidos nesses órgãos. Em novembro, o Hospital das Clínicas passará a utilizar uma técnica que pode aumentar o aproveitamento do transplante entre 30% e 40%. O procedimento, chamado de recondicionamento de pulmões, consiste em usar substâncias químicas especiais para enxugar o tecido. "Será uma virada nos tratamentos da área", diz Paulo Pêgo fernandes, do Institudo do Coração (Incor)
  • O Sírio-Libanês está entre os hospitais que adquiriram neste ano o FibroScan, que detecta doenças no fígado sem necessidade de biópsia. O aparelho realiza um ultrassom que afere se há enrijecimento indicador de problemas.
Veja São Paulo
19/10/2011

BRASIL QUER 15 DOADORES DE ÓRGÃOS PARA CADA 1 MI DE PESSOAS ATÉ 2015

O governo brasileiro pretende alcançar, até 2015, a taxa de 15 doadores de órgãos para cada 1 milhão de habitantes. Atualmente, o índice é 11,1 doadores para cada 1 milhão de pessoas, totalizando cerca de 2.000 doações por ano.

Na última terça-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos, foi lançada a campanha Seja um Doador de Órgãos, Seja um Doador de Vidas. O objetivo, de acordo com o Ministério da Saúde, é conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para aumentar o número de transplantes no país.

Para o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Ben-Hur Ferraz-Neto, é possível alcançar a meta definida pela pasta, desde que as ações e os investimentos necessários sejam feitos de forma planejada e estruturada. Uma das iniciativas apoiadas pelo especialista é a capacitação de pessoas que trabalham na captação de órgãos.

"Elas vão conversar com os familiares, vão ser formadoras de opinião dentro de um hospital e do seu próprio bairro. Precisam ser pessoas preparadas para isso, que tenham respostas e passem a informação de forma detalhada e segura."

Outra sugestão é abordar o tema da doação de órgãos nas faculdades de saúde, incluindo o assunto em currículos de medicina, enfermagem e psicologia, por exemplo.

Ferraz-Neto destacou ainda a importância de esclarecer a população sobre o que é morte encefálica ou morte cerebral --situação em que os batimentos cardíacos são mantidos via aparelhos apenas para manter o fluxo sanguíneo em órgãos que podem ser doados.

"As pessoas precisam receber essa informação no dia a dia, conhecer o processo e passar a ter confiança antes de estar diante da situação de um parente morto e com o coração batendo. Naquele momento de dor, é sempre mais difícil receber a informação, conseguir processá-la e deixar o medo para trás."

No Brasil, a doação de órgãos precisa ser autorizada pela família do doador --sem a necessidade de um documento assinado pela pessoa que morreu.

Em 2010, 1.896 órgãos foram doados. A projeção para este ano, segundo o ministério, é que o número passe para 2.144 --um aumento de 13%. Já estimativa de transplantes para 2011 é 23 mil, contra 21.040 em 2010.

Do total de transplantes no país, 95% são feitos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), de forma gratuita. O número de pessoas aguardando um órgão atualmente chega a 36 mil.

Folha.com - Equilíbrio e Saúde
03/10/2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DEPOIMENTOS EMOCIONANTES

Os depoimentos abaixo foram publicados na Veja SP do dia 19 de outubro.

A matéria de capa teve como título "A força de um transplante".

O pai, de 65 anos, salvou a vida dela

"Algo que ficou claro após meu transplante de rim, em julho, são as coisas que quero e as que não quero da vida. Sou professora universitária, divido meu tempo entre grupos de pesquisa na USP e aulas que dou na Univale, em Santa catarina. Gosto do que faço, mas não pretendo mais aceitar nenhuma oferta de trabalho, por exemplo, ou ficar tensa em exagero, deixando o bem-estar de lado. Foi num momento de stress que começou a se manifestar minha nefropatia autoimune genética, doença que inflama os rins. Depois de quatro anos de doutorado em comercio exterior, entre São paulo, Paris e Estados unidos, eu estava nervosa com o prazo para terminar a tese. A saúde não ia muito bem, meu corpo inchava. Deixei para resolver isso depois da defesa.

Assim que concluí essa história, passei muito mal, com enjoos e pressão altíssima. O transplante seria a solução. Ao contrário de quem precisa de um coração ou pâncreas, poderia tentar um doador vivo, sem precisar entrar em fila de espera. meu pai, de 65 anos, era compatível, e assumiu a missão. Fiquei nervosa por colocá-lo numa sala de cirurgia, sabendo do risco de vida para o doador (cerca de 1%). Por sorte, ele se recuperou bem. Fiquei mais um tempo internada no Sírio-Libanês, porque o rim dele demorou a se acomodar no meu corpo, talvez por eu ser pequena.

Psicologicamente, é um processo difícil. mas tenho a sensação de que eu precisava passar pela experiência. A vida é muito mais bonita do que eu achava antes."

Dinorá Floriani, 36 anos, com novo rim desde Julho

Força para enfrentar o tratamento.

"Já passava da meia-noite e eu estava dormindo em um quarto da ACTC, casa de apoio no bairro de Pinheiros para crianças cardíacas vindas de outros estados. É um lugar bem legal, mas de vez em quando alguma criança de lá morre, e aí todo mundo fica triste. Cheguei de Goiânia para tentar resolver meu problema de saúde em São Paulo. Uma noite, Deus veio no meu sonho e falou: 'Vitória, arruma suas coisas. O telefone vai tocar. Chegou seu coração'. Acordei assustada. A mãe de uma coleguinha ouviu, fez uma oração comigo e me pôs para dormir denovo. Um pouco depois, às 3 horas da madrugada, ligaramdo Hospital das Clínicas com a notícia: tinham um órgãos para mim. minha mãe parou um táxi na rua. Fomos rápido e, chegando lá, tomei um banho para me desinfetar. Fui sedada. Soube depois que meu doador foi um menino do interior de São Paulo, também com 6 anos. Ele estava brincando de pular no sofá, caiu e bateu a cabeça.

Nossa, eu rezo tanto para Deus guiar a alma dele! essa operação mudou minha vida, e hoje tento fazer coisas normais. Outro dia, até fui a um show do luan Santana, meu ídolo. Como todas as outras meninas, tentei um lugar mais perto do palco, mas minha mãe me fez voltar, porque eu fiquei emocionada. Ainda tenho de tomar muito remédio, injeções na barriga que eu mesmo aplico, porque fiquei diabética. Um mês atrás, tive crise de rejeição das células. sei que pode ser que eu tenha de passar por um novo transplante. Mas eu não fico desanimada com a situação. O que eu tiver de fazer pra viver, não importa se vai doer ou não, vou fazer. meu sonho é cursar faculdade e trabalhar um dia como pediatra."

Vitória Chaves da Silva, 13 anos, com novo coração desde 2005

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MATÉRIA DA VEJA SP: UM PRESENTE PARA TODA VIDA

Matéria de Daniel Bergamasco
Veja SP - 19 de outubro de 2011

Até o fim do dia, aproximadamente dez pessoas ao redor da metrópole terão recebido um telefonema que mudará para sempre sua vida. Será um médico ou enfermeiro dizendo para que corram até o hospital, deixando para trás a angustiante espera por um novo coração, pâncreas ou outro órgão que poderá libertá-las da convuvência com uma doença grava, em muitos casos letal. Enquanto isso, nas casas ou quartos onde estão outros milhares que precisam de um transplante, resta adiar mais um pouco o prazo da esperança.

No Brasil, a distribuição da fila é organizada por estado. São Paulo possui quase 12700 nomes e, mesmo com os problemas de seu sistema de saúde pública, apresenta marcas elogiáveis nesse tipo de procedimento. Só na capital, o número de operações cresceu 104% entre 2000 e 2010, chegando a 2907 órgãos transplantados, se contabilizados coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas e medula óssea. "São cirurgias incorporadas à rotina dos hospitais, com melhores resultados a cada ano", diz o cirurgião Marcelo Jatene, coordenador do Programa de Transplante Cardiopediátrico do Incor.

Outra boa nótícia é que a taxa de 21,2 doadores por 1 milhão de habitantes registrada no estado no ano passado supera a de países como Austrália (13,8) e se aproxima da dos Estados Unidos (25), ficando bem acima da média nacional (9,9). Colabora para o feito um eficiente esquema de busca de órgãos, com quatro postos de procura na região metropolitana e seis no interior. Das famílias abordadas, 70% aceitam ajudar outras pessoas, na Argentina, por exemplo, o índice é de 53%. É um desempenho considerado bom, que precisa, porém, ser incrementado, para diminuir a aflição de outros que esperam.

Entre nossos muitos centros médicos que fazem o procedimento, como Beneficência Portuguesa, Dante Pazzanese ou Hospital do Rim, Algumas conquistas ganham reconhecimento internacional. O Albert Einstein, por exemplo, tornou-se no ano passado o hospital que mais transplanta fígado no mundo, com 198 cirurgias, à frente da Universidade da Califórnia. O melhor: cerca de 96% das operações feitas ali nos últimos anos foram gatuitas, no ´programa de filantropia local. Aliás, o Einstein se prepara para outro salto no início de 2012, ao lado do Hospital das Clínicas: a implantação do transplante multivisceral, ainda realizado em poucos países do mundo. Mas a maior expressão dos avanços nessa área é vista pelas ruas da cidade. Com medicamentos contra a rejeição que têm reduzido os efeitos colaterais e aparelhor de diagnóstico menos invasivos, que dispensam costes e biópsias para acompanhar a saúde dos transplantados, os pacientes premiados com um novo órgão nunca viveram tão bem.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EM VIDA, STEVE JOBS INCENTIVA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Steve Jobs, que em 2009 passou por um transplante de fígado, tornou-se um grande incentivador da doação de órgãos.

Durante um evento, ele agradece à generosidade de seu doador.

Vale a pena ver.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS SALVA VIDAS E TRAZ NOVAS OPORTUNIDADES

Cláudia de Souza Mamede engravidou pela primeira vez aos 23 anos. Antes mesmo que a pequena Karollyne viesse ao mundo, o coração da dona de casa dilatou, passou a ter dificuldades para bombear o sangue e ficou fraco. Em abril deste ano, ela entrou na lista de candidatos a um transplante de coração. Nove dias depois, um recorde no Distrito Federal (DF), um doador apareceu.

"Eram umas cinco horas e pouco da madrugada de uma sexta-feira. Disseram que tinham um coração que poderia ser compatível. Fui para o hospital, tiraram umas oito ampolas de sangue e, quarenta minutos depois, o resultado saiu ¿ 100% de compatibilidade", contou Cláudia. Naquela mesma manhã, ela foi para a mesa cirúrgica.

Duas semanas depois de receber alta e ainda na cadeira de rodas, a vontade é apenas de retomar a vida e cuidar da filha, hoje com 5 anos. Cláudia recorda que, antes do problema cardíaco, não era favorável à ideia de doação de órgãos. "Não achava certo retirar o coração, mesmo depois que a pessoa estivesse morta. A gente só sabe das coisas quando elas acontecem. Agora, o que puderem retirar de mim, podem retirar".

O estudante Felipe Leal, 19 anos, sabe bem a importância da doação de órgãos. Aos 10 anos, começou a apresentar problemas de visão. Na época, os médicos insistiam que era apenas uma alergia. Alguns anos depois, ele recebeu o diagnóstico: sofria de ceratocone ¿ doença degenerativa que compromete as córneas. Em 2010, entrou na lista de candidatos a um transplante.

No dia 30 de agosto, Felipe foi chamado para a cirurgia. Ainda com os pontos no olho esquerdo, o rapaz avaliou a nova chance que ganhou. "De 1 a 10, dou nota 8,5 para a minha visão. Mas ainda faltam dois meses de recuperação". A doença também atingiu a córnea direita e o jovem tem consciência de que pode precisar de um novo transplante. "Ficava com medo de não dar certo. Hoje, tenho certeza de que vou enxergar", disse. "Deus quis assim", completou

A vontade de Felipe de se formar em educação física e trabalhar com grandes atletas só se tornou uma possibilidade graças a pessoas como Francisco Lopes Sousa, 39 anos. O garçom perdeu o filho de 17 anos há cerca de 40 dias. O menino foi assassinado com seis tiros quando passeava com amigos.

"Cheguei ao hospital, chamei por ele e meu filho apertou minha mão. Foi a última vez", recordou. Algumas horas depois, já com a morte encefálica confirmada pela equipe médica, Francisco teve que decidir se doava os órgãos do menino. Com uma filha precisando de um transplante de córnea, não hesitou em decidir pela doação.

Logo em seguida, o garçom descobriu que as córneas não poderiam ser doadas para a filha, porque ela ainda precisava concluir alguns exames e porque havia pessoas na frente na lista de espera. No hospital, a própria filha pediu ao pai que autorizasse a doação. Ao todo, foram doados coração, rins, córneas, fígado e pâncreas.

"Estou tranquilo com a minha decisão. Satisfeito, na verdade, porque ajudei muita gente. Quero conhecer essas pessoas", disse Francisco. Para ele, a doação dos órgãos do filho tem servido como conforto. "Ainda não caiu a ficha de que ele morreu. Às vezes, chamo por ele na casa da avó, mas Deus quis assim", disse.

Fonte: Agência Brasil
noticias.terra.com.br - 02/10/2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

RODO REDE IPIRANGA - SAÚDE NA ESTRADA

Neste fim de semana, a campanha Doe Órgãos Salve Vidas realizou mais um evento em prol da sociedade.

A ação, intitulada Rodo Rede Ipiranga Saúde na Estrada, visava conscientizar os motoristas sobre os perigos do álcool quando misturado à direção.

O evento contou com a ajuda de profissionais da saúde e voluntários no geral, que deram toda assistência às pessoas que passaram por lá.



























quinta-feira, 6 de outubro de 2011

LANÇADA CAMPANHA NACIONAL DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O coordenador do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Héder Borba, disse nesta terça-feira (27), durante o lançamento da campanha "Seja um Doador de Órgãos, Seja um Doador de Vidas", que uma das metas do governo para 2012 é regionalizar o transplante de órgãos em todo o país.

A campanha foi lançada em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e tem o objetivo de aumentar o número de doadores em todo o Brasil.

“O país é gigantesco. Nós temos que regionalizar o transplante e estimular a capitação de órgãos, a realização de transplante em hospitais transplantadores de Norte a Sul do país, e não apenas concentrá-los na faixa litorânea do Brasil”, declarou.

O número de pessoas aguardando um transplante chega a 36 mil no país. No ano passado, foram feitos 21 mil transplantes, a maior parte de córnea. Borba disse que o Brasil, hoje, é referência no mundo em relação a transplantes financiados pelo poder público. O Sistema Único de Saúde (SUS) financia desde a capitação do órgão até o pós transplante.

Fonte: Agência Brasil - 28/09/2011

FILME OFICIAL DA CAMPANHA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AÇÃO DA CAMPANHA DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS EM SOROCABA

Neste domingo, a equipe "Doe Órgãos" juntamente com o Rotary Club de Avaré Jurumirim, estiveram no Esplanada Shopping em Sorocaba para promover a campanha de doação de órgãos.

Como não podia ser diferente, a ação foi um sucesso.

Obrigada a todos que compareceram e puderam conhecer um pouco mais sobre o ato de doar.