quinta-feira, 29 de setembro de 2011

TRANSPLANTADOS CAMINHAM NO IBIRAPUERA PARA SENSIBILIZAR A POPULAÇÃO PARA A IMPORTÂNCIA DE DOAR ÓRGÃOS

Pessoas que receberam órgãos de outras participaram neste domingo (25) da 1ª Caminhada dos Transplantados de São Paulo, evento promovido pelo Instituto do Coração de São Paulo (InCor) e a Associação Brasileira dos Transplantados de Coração e Portadores de Insuficiência Congestiva (ABTC-ICC). Aberto também a parentes de transplantados, médicos e a simpatizantes da causa, o evento teve o objetivo de chamar a atenção das pessoas para a importância de doar órgãos e também de prevenir doenças que levam à necessidade de um transplante.

"A ideia é chamar a atenção da sociedade para a doação de órgãos. O ser humano precisa aprender a se doar um pouco mais. E, com a doação de órgãos, você vai prolongar uma vida", disse Roberto de Jesus Sant'Anna, presidente da ABTC e transplantado de coração há sete anos.

Para o cardiologista Fernando Bacal, que trabalha orientando o pré e o pós operatório dos transplantados de coração do Incor há 20 anos, é preciso que a população se conscientize mais sobre a doação de órgãos. "A morte encefálica é uma situação irreversível. Ao doar os órgãos, [a família de quem morreu] estará ajudando oito ou dez pacientes que estão com uma péssima qualidade de vida e com risco de mortalidade muito alta", explica.

De acordo Bacal, é importante que as pessoas entendam que morte encefálica é diferente do estado de coma. "Essa caminhada também serve para esclarecer que a morte encefálica é uma situação irreversível. A morte não é a parada do coração, mas é a encefálica. Os potenciais doadores [com morte encefálica] são mantidos vivos com auxílio de remédios e medicamentos, mas se não tivessem isso, morreriam, ou seja, o coração e outros órgãos iriam parar de funcionar poucas horas depois", explicou.

Uma das pessoas que aguarda por um coração é Aristides Ferreira, marido de Alda Célia Ferreira. Segundo ela, que participou na manhã deste domingo da caminhada no Parque do Ibirapuera, Aristides está há seis meses internado no InCor à espera de um transplante. "É uma ansiedade tanto para nós quanto para ele. Mas nós, que somos acompanhantes, temos que ficar firmes para não dar demonstração de que estamos ali ansiosos também", relatou.

Na fila de transplantes há também crianças, como a pequena Gabriela, de apenas 7 anos, que saiu de Manaus para ser tratada pelo InCor em São Paulo. Ela participou de parte da caminhada pelo parque já que ficou cansada e resolveu parar. Gabriela foi junto com a avó, Maria Zulmira Cardoso Nascimento. A menina nasceu com uma cardiopatia e um tumor no ventrículo, mas o problema só foi diagnosticado quando ela tinha 3 anos. "Ela já está na fila há uns cinco meses. É uma ansiedade muito grande", disse Maria Zulmira, emocionada.

A avó de Gabriela completa que a doação de órgãos para crianças como Gabriela é uma questão de urgência. "Se não doar esses órgãos, tem muitas crianças que vão morrer, como a minha. Ela não vai viver se não tiver esse coração. Queria que pais e mães se compadecessem. Se eles vissem como é importante esse órgão para outras crianças viverem. Ela [Gabriela] é a única neta que eu tenho, do meu filho falecido. Tem muitas crianças na fila que já se foram. Queria muito que essas mães se sensibilizassem", apelou.

Gabriela e a avó estão instaladas em uma casa destinada para crianças e adolescentes, gerenciada pela Associação de Assistência à Criança Cardíaca e à Transplantada do Coração (ACTC). Ali, a menina tem aulas e recebe apoio médico e psicológico. Segundo Regina Varga, coordenadora da ACTC, as vagas são destinadas para crianças de todo o Brasil que têm uma cardiopatia grave. "Nossos pacientes são exclusivamente de SUS [Sistema Único de Saúde]", ressaltou.

Durante o caminhada, médicos e especialistas do InCor atenderam a população para falar sobre a vida depois do transplante e os cuidados com a alimentação, medicação e atividades físicas dos transplantados. Também foi dada orientação sobre a doação de órgãos, a cirurgia e o processo de funcionamento da fila de transplante em São Paulo.

O cardiologista Fernando Bacal alerta para a importância de as pessoas discutirem a questão da doação de órgãos em casa. "Se você nunca conversou em casa sobre transplante, no dia em que acontecer uma fatalidade, geralmente inesperada, é um ônus grande para a família tomar essa decisão. Conversem em casa, discutam a causa do transplante em casa.” A conclusão é que se os parentes sabem da opinião sobre a doação de órgãos que o ente querido tinha fica mais fácil tomar a decisão de doar seus órgãos.

O InCor é o maior centro transplantador de coração e de pulmão em crianças e adultos do país. Atualmente, 36 pacientes adultos e dez crianças e jovens estão sendo acompanhados pelo hospital na espera por um transplante de coração e 63 pacientes adultos aguardam por um transplante de pulmão. De acordo com o InCor, a mortalidade em fila de espera pode ultrapassar os 50% devido, principalmente, à demora na decisão sobre a doação do órgão.

Fonte: www.opopular.com.br
Agência Brasil - 25/09/2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SEMANA MUNDIAL DO CORAÇÃO ALERTA PARA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDÍACAS

Apenas 2% dos pacientes que têm um infarto, conseguem reconhecer os sintomas. Médicos do Samu identificam o ataque em cinco minutos.

A partir de hoje acontece a Semana Mundial do Coração. O objetivo é alertar a população para a prevenção de doenças cardíacas. A ação é importante, já que segundo o Ministério da Saúde, apenas 2% dos pacientes que têm um infarto, conseguem reconhecer os sintomas. Em 2009, mais de 70 mil pessoas morreram vítimas de infarto no Brasil.

“A dor no peito é a principal queixa que leva os pacientes com suspeita de infarto aos serviços de emergência”, diz o cardiologista Leopoldo Piegas. É uma dor muito forte, que pode refletir no braço esquerdo e no queixo também. Algumas pessoas têm ainda enjoo e suor. “Cerca de 70% das pessoas que têm infarto do miocárdio têm esse quadro”, completa.

Os outros 30% sentem o que os médicos chamam de quadro atípico: dor no peito não tão forte, cansaço intenso, falta de ar, dor no abdômen, diarréia e tontura. São sintomas mais comuns entre idosos e diabéticos.

Tempo é tudo quando se trata de um infarto, tanto que no jargão médico existe a famosa hora de ouro, que nada mais é do que a primeira hora de manifestação dos sintomas e do socorro que, se feito nesse período, é muito mais eficiente. Por isso saber reconhecer os sintomas de um farto é tão importante.

Hoje os médicos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) descobrem se o paciente está tendo um infarto em cinco minutos. O exame eletrocardiograma é feito dentro da ambulância, com a ajuda da internet e de um celular. “Através de um aparelho você coloca o eletrodo no paciente e vê o traçado do eletro. A gente conecta o celular e ele transmite até o hospital o traçado do eletro. A partir daí, o médico no hospital lê e cinco minutos depois manda o resultado do eletro e a conduta que tem que ser seguida”, explica a médica do Samu, Maria Dolores de Figueiredo Jacinto.

O diagnóstico rápido e certeiro é feito em uma sala do Hospital do Coração, em São Paulo. Dezesseis cardiologistas se revezam no trabalho que não para. “A gente permite que pacientes que não têm problemas cardiológicos, mas que têm sintomas semelhantes a esses problemas não sejam levados para unidades especializadas, ocupando leitos que não precisariam ser ocupados por este tipo de paciente, que poderia ser atendido em um local mais simples”, diz o cardiologista Enrique Pachon.

Matéria de Monalisa Perrone
Jornal Hoje - Edição do dia 26/09/2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

HOMEM DOA RIM E SALVA VIDA DE EX-MULHER NO MATO GROSSO DO SUL

Maria de Fátima Gomes, 53, pode ter se livrado de uma agonia que já durava duas décadas e encurtou a fila de espera por um rim, nesta terça-feira (20), no hospital da Santa Casa, em Campo Grande. O ex-marido dela, com quem não vive mais junto há 16 anos, doou o órgão à paciente.

A história de Maria de Fátima – homem doar o rim à mulher ou ex-mulher – é única até agora em Campo Grande, segundo a médica nefrologista Thais Vendas, responsável pela cirurgia. Já a mulher doar o rim ao marido é um “fato comum” no Estado, segundo a médica. A especialista disse que o procedimento foi um sucesso e que o doador, Nestor Bezerra da Silva, 60, terá alta nesta quinta, e a ex dele, que recebeu o órgão, na segunda-feira.

Maria de Fátima soube aos 33 anos de idade que era portadora da doença renal policística, a DRP, enfermidade genética que ataca os rins e que tem caráter progressivo. A característica da doença é o surgimento de cistos nos dois rins. Duas irmãs de Maria morreram vítimas desse mal.

Em outubro passado, já sem um dos rins, e seguidas seções de hemodiálises e internações, Maria de Fátima entrou na fila pelo transplante do órgão. Em Mato Grosso do Sul, segundo a médica, ao menos 400 pacientes aguardam pela cirurgia.

A filha de Maria de Fátima, Tatiane Gomes “no desespero”, segundo ela, pegou o telefone, ligou para pai e perguntou se ele doaria o rim a alguém, sem dizer que a paciente era a sua mãe.

Ele concordou de imediato e logo soube que órgão seria transplantado para a ex-mulher, com quem viveu por 19 anos e teve dois filhos. Como recebeu a doação de um parente, Maria não precisou obedecer à regra da fila.

Maria e Nestor não se casaram novamente e hoje vivem em cidades diferentes do interior de Estado. Ela, em Dourados (225 km de Campo Grande), ele, em Maracaju (162 km de Campo Grande). Os dois permanecem internados na enfermaria do hospital da Santa Casa. Nestor Bezerra disse que sua atitude poderia servir de exemplo a outros casos.

Tatiane, a filha do casal, que mora no Paraná e acompanha a estadia dos pais no hospital, disse ao UOL Notícias que é intenção sua e da família em fazer uma “grande festa” assim que a mãe e o pai tiverem alta.

Tatiane disse ainda que logo que acabou a cirurgia e ela pode entrar na enfermaria, perguntou à mãe se havia a possibilidade de o casal reatar o romance. “Só o tempo responde isso, minha filha”, teria respondido Maria de Fátima.

Matéria de Celso Bejarano

Fonte: Uol Notícias - Cotidiano
21/09/2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

DOE ÓRGÃOS SALVE VIDAS E ROTARY JURUMIRIM NO DESFILE EM HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DE AVARÉ

O desfile cívico realizado ontem, em comemoração aos 150 anos de Avaré foi um sucesso.

A campanha Doe Órgãos Salve Vidas, juntamente com o Rotary Club de Avaré Jurumirim, realizou um excelente trabalho de conscientização e divulgação da campanha.

A população compareceu em peso ao desfile e vestiu, literalmente, a camisa da campanha.

Obrigada a todos que fizeram esse evento ser tão maravilhoso.




























sexta-feira, 16 de setembro de 2011

DESFILE CÍVICO 18/09/2011

No próximo domingo, 18/09, a campanha "Doe Órgãos Salve Vidas" estará presente no desfile cívico para divulgar e ressaltar a importância da doação de órgãos.

Se você tem a camiseta da campanha, junte-se a nós para a conscientização da população.

O desfile terá início às 9:30h atrás da Matriz de Nossa Senhora das Dores.

Esperamos por vocês!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

COMO SE TORNAR UM DOADOR DE ÓRGÃOS E TECIDOS

O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes médicas autorizados a realizar transplantes, o Sistema Nacional de Transplantes está presente em 25 estados do país, por meio das Centrais Estaduais de Transplantes.

Para ser um doador, não é necessário fazer nenhum documento por escrito. Basta que a sua família esteja ciente da sua vontade. Assim, quando for constatada a morte encefálica do paciente, uma ou mais partes do corpo que estiverem em condições de serem aproveitadas poderão ajudar a salvar as vidas de outras pessoas. Lembre-se que alguns órgãos podem ser doados em vida. São eles: parte do fígado, um dos rins e parte da medula óssea.

O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo de ser doador. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação de órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da morte encefálica. Em alguns casos, a doação em vida também pode ser realizada, em caso de parentesco até 4ºgrau ou com autorização judicial (não parentes).

Fonte: Portal da Saúde - http://www.saude.gov.br/

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

HOSPITAL DE TAIWAN TRANSPLANTA ÓRGÃOS INSFECTADOS PELO VÍRUS DA AIDS

Um dos hospitais mais renomados de Taiwan realizou transplante de órgãos infectados pelo vírus HIV em cinco pacientes. A informação foi dada por um representante do hospital, nesta segunda-feira (29), informou a agência Associated Press. Os cinco pacientes estão recebendo tratamento contra a Aids.

Em uma mensagem publicada em sua página na internet, o Hospital Universitário Nacional de Taiwan, em Taipé, disse que o erro ocorreu por conta de uma falha de comunicação. Um funcionário da área de transplante teria ouvido “não-reagente”, o equivalente a “negativo”, para o resultado do teste do doador, quando, na verdade, o resultado era “reagente”. O resultado do teste foi passado pelo telefone e não foi conferido duas vezes, como exigido pelos padrões de procedimento em casos como esse. “Lamentamos profundamente o erro”, diz a nota.

Um representante do Departamento de Saúde disse que os transplantes errados serão analisados para que sejam estabelecidas punições ao hospital. Se for verificado que houve negligência, o hospital deverá suspender os programas de transplante por até um ano, além de pagar multa.

O doador era um homem de 37 anos. Seu coração, fígado, pulmões e dois rins foram transplantados para cinco pacientes no último dia 24. Apenas o transplante de coração foi realizado em outro local, no Hospital Universitário de Chengkung.

Coordenador de saúde da cidade de Hsinchu, onde o doador morava, Yao Ke-wu, critica o que considera uma negligência “assustadora”. Segundo ele, os médicos do hospital poderiam ter perguntado ao seu departamento sobre o histórico médico do doador. Ele lamenta que esse tipo de verificação não seja obrigatória em Taiwan.

Yao lembra que o tratamento contra a Aids será complicado por causa dos medicamentos que os pacientes precisam tomar para evitar a rejeição dos órgãos. Todos os cinco pacientes são de Taiwan.

Há ainda preocupações em relação aos profissionais que trabalharam nas cirurgias e também podem ter contraído a doença, mesmo com os cuidados tomados em procedimentos deste tipo.

* Com informações da Associated Press

Fonte: Uol Notícias - 29/08/2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO DE JUSTIÇA APROVA PROPOSTA QUE CRIA CADASTRO DE DOADORES DE ÓRGÃOS

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade, nesta terça-feira, 6, o parecer favorável do relator Adroaldo Loureiro (PDT) ao PL 25/2011, proposto pelo deputado Adilson Troca (PSDB). O projeto cria um registro público das pessoas que manifestarem em vida seu desejo de doarem órgãos. A intenção, conforme Troca, é a de criar um banco de dados confiável que auxilie a família no momento de decidir sobre a doação de órgãos.

O deputado Adilson Troca, coordenador da Frente Parlamentar de Estímulo à Doação de Órgãos, explica que a intenção é ampliar o número de doadores “Através da frente, com as entidades parceiras, estamos realizando uma campanha de divulgação e conscientização. Este projeto de lei melhora a legislação sobre o tema. Estamos atuando em diversos setores para garantir o direito a vida de quem necessita de um transplante”, ressalta. Mais informações sobre Doação de Órgãos estão disponíveis em http://www.serdoador.blogspot.com/ .

Fonte: Jornal Agora - 06/09/2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

ARGENTINA E O URUGUAI LIDERAM LISTA LATINO-AMERICANA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Lista mundial de doação de órgãos é liderada pela Espanha

A Argentina e o Uruguai lideraram em 2010 a lista latino-americana de doadores de órgãos, com taxas respectivas de 14,5 e 14,4 doadores por milhão de habitantes, segundo o Relatório de Transplantes 2011, que o Conselho da Europa vai publicar em setembro.

No documento, elaborado pela Direção Europeia para a Qualidade dos Medicamentos e Cuidados de Saúde, foi divulgado o número de doadores de órgãos de ambos os países em 583 e 49, respectivamente. Entre os países que completam a lista estão a Colômbia (12,3 por milhão de habitantes), Brasil e Cuba (9,9), Chile (5,4), Panamá (3,7), Costa Rica (3,5), Venezuela (3,4), Peru (3,2), México (2,8), Equador (2,5), Bolívia (1,4) e República Dominicana (1,1).

A lista mundial de doação de órgãos é liderada pela Espanha com 32 doadores por milhão de habitantes, enquanto que os Estados Unidos apresentaram uma taxa de 25. Segundo o relatório, o número global de pessoas mortas que doaram seus órgãos na América Latina em 2010 foi de 3.950.

Na região foram realizados no ano passado 10.112 transplantes de rim, 2.168 de fígado, 350 de coração, 210 de pâncreas, 120 de pulmão e 13 de intestino delgado. Os estudiosos destacaram os 4.660 transplantes de rim praticados no Brasil, os 1.082 da Argentina e os 867 da Colômbia.

Concretamente, a taxa de transplantes de rim por milhão de habitantes é liderada pelo Uruguai (27,4 por cada milhão de habitantes, ou seja, 93 transplantes), seguido da Costa Rica (27,2), Argentina (26,6), Brasil (23,8), México (20,4), Colômbia (18,7), Chile (11,7), Panamá (11,1) e Cuba (10,4).

A União Europeia registrou números mais elevados, com 18.246 transplantes de rim, 6.655 de fígado, 1.984 de coração, 1.505 de pulmão, 769 de pâncreas e 50 de intestino delgado. O relatório detalha o número de entrevistas realizadas com familiares de potenciais doadores de órgãos, assim como a percentagem de rejeições à proposta de doação.

No Brasil foram realizadas 6.979 entrevistas com apenas 25,8% de rejeições, enquanto que as 1.252 consultas efetuadas na Argentina, 46,5% obtiveram respostas negativas. Os maiores índices de rejeição à doação se produziram na Bolívia (70%) e na República Dominicana (53,6%), e os menores no Uruguai (16,1%), Cuba (22%), Colômbia (25,5%) e Venezuela (27,3%).

Fonte: R7.com - Notícias
19/08/2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

RJ: FAMÍLIA DOA ÓRGÃOS DE VÍTIMA DE ACIDENTE ENVOLVENDO SUBSECRETÁRIO

A família do pedreiro Erminio Cosme Pereira, de 58 anos, autorizou a doação de seus órgãos - córneas, rins e fígado. Ele é uma das cinco vítimas do acidente causado na última quinta-feira pelo subsecretário de Estado de Governo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Alexandre Felipe Vieira Mendes. O pedreiro será enterrado nesta segunda-feira, às 11h, no Cemitério de Itaipu, em Niterói.

O filho de Erminio, Geovanne Evangelista, de 28, falou sobre a doação dos órgãos do pai: "Estamos satisfeitos em poder ajudar alguém. Na minha opinião, conforta saber que a morte dele ajudou a salvar vidas. Sei que ele não volta, mas pessoas viverão por causa dele. Infelizmente, não conseguimos doar o coração, por ele ter uma idade mais avançada".

Segundo a família, o subsecretário foi quem arcou com as despesas com o funeral. Após confirmada a morte cerebral do pedreiro, assessores do político procuraram os parentes da vítima. Os familiares agora esperam o rigor nas investigações.

Na noite da última quinta, Alexandre Felipe, que é ex-coordenador da Lei Seca, atropelou cinco pessoas, entre elas o pedreiro Erminio, que até este domingo estava internado com traumatismo craniano e cervical no Hospital Azevedo Lima, no Fonseca, em Niterói. A vítima teve sua morte cerebral confirmada na sexta-feira.

O advogado do subsecretário, José Maurício Ignácio, informou que seu cliente ingeriu meia taça de vinho. Alexandre Felipe, no entanto, só realizou exame clínico cerca de 16 horas após a ingestão da bebida. O resultado deu negativo para embriaguez, o que fará com que o delegado responsável pelas investigações, Alexandre Leite, indicie o subsecretário por homicídio culposo (quando não há intensão de matar). Se fosse encontrado álcool em seu sangue, Alexandre Felipe poderia responder por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco da morte por uma conduta perigosa).

Na delegacia, o subsecretário disse que não viu as pessoas devido à falta de iluminação e que só percebeu o acidente ao atropelar Erminio, mas não o socorreu por estar em estado de choque.

Matéria de ISABEL BOECHAT
Fonte: Terra Notícias - 29/08/2011