sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PROJETO QUER REIMPLANTAR DOAÇÃO PRESUMIDA DE ÓRGÃOS NO PAÍS

São Paulo - Em 1997, o governo federal instituiu a doação presumida de órgãos no País. A ideia era que todo cidadão seria um potencial doador quando morresse e, caso contrário, deveria registrar a recusa no documento de identidade. A legislação não vingou e o então presidente Fernando Henrique Cardoso pôs fim à doação presumida - voltou então a valer a doação consentida e a decisão de doar ou não os órgãos caberia apenas aos familiares. Assim, as pessoas que pretendem ser doadoras devem informar em vida sua vontade para a família.

Segundo Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), como o governo não fez uma campanha intensa de conscientização sobre a doação presumida, as pessoas interpretaram a lei como sendo compulsória - o que gerou reações contrárias. ?A população não foi preparada para isso. Mas, para a nossa cultura, é indiscutivelmente melhor a família autorizar?, avalia Ferraz.

Agora, um outro projeto de lei está em trâmite na Câmara dos Deputados, com o mesmo objetivo anterior - instituir a doação presumida no País. Heder Murari Borba, do Ministério da Saúde, diz ser pessoalmente favorável à doação presumida, mas acha difícil que ela volte a existir no Brasil por questões culturais e religiosas.

O padrão cultural brasileiro é o núcleo familiar. E questões religiosas não se resolvem com decretos ou lei. Acho que a tendência é mantermos o consentimento familiar?, diz Borba. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado
04/08/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário