Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo país em número de transplantes no mundo.
Médicos africanos estão em São Paulo para aprender como funciona o sistema brasileiro de transplantes de órgãos. Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo país em número de transplantes no mundo.
Dentro de um centro cirúrgico, no Brasil, os médicos ficam mais perto de realizar um projeto grandioso: salvar vidas na Nigéria.
Jacob Awobusuyi e Funmi Omisanjo sabem tratar doenças renais e fazer transplantes, mas isso é raro no país deles. A Nigéria é o país mais populoso da África. Tem 170 milhões de habitantes em um território pouco maior do que o do estado de Mato Grosso. O Índice de Desenvolvimento Humano da ONU está entre os mais baixos do mundo - o de número 156 em uma lista de 187.
Funmi conta que apenas um centro médico realiza transplantes regularmente na Nigéria, mas é um hospital particular, e a maior parte da população não pode pagar a conta. Por isso os médicos decidiram vir. Em quase todos os estados brasileiros, quando a família concorda com a doação, 100% dos órgãos aprovados nos exames médicos são aproveitados.
“Existe uma solidariedade grande da população brasileira quando abordada. Elas autorizam a doação. Existe uma sintonia muito grande entre os profissionais de saúde que trabalham com transplante que simplificaram todo o programa", destaca José Medina, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.
De janeiro a setembro do ano passado, foram realizados mais de quatro mil transplantes de rim; 1,3 mil de medula óssea; quase 12 mil transplantes de córnea. E 90% são feitos pelo SUS.
O Sistema Brasileiro de Transplantes foi desenvolvido ao longo de décadas, e um dos principais méritos é que ele consegue salvar tantas vidas com uma série de procedimentos simples, que podem ser repetidos em outros países. É esse conhecimento que os médicos nigerianos vieram buscar.
Jacob explica que a estrutura criada no Brasil vai servir de modelo para um sistema público de transplantes na Nigéria. Ele conheceu Jefferson, que acaba de ganhar um rim novo em São Paulo. Jefferson torce para eles terem sucesso. "Que ocorra tudo certo, como ocorreu aqui comigo", deseja.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/01/medicos-nigerianos-vem-ao-brasil-para-conhecer-central-de-transplantes.html
Fonte: g1.globo.com
Matéria exibida no Jornal Nacional, edição do dia 15/01/2013
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