segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DOAÇÃO DE CORAÇÃO ESBARRA EM MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES DO ÓRGÃO, DIZ COORDENADOR DE TRANSPLANTE

A doação de coração em casos de morte encefálica tem um aproveitamento baixo no país, segundo Andrey Monteiro, cirurgião do INC (Instituto Nacional de Cardiologia), referência nacional para transplantes cardíacos em adultos e crianças. A média é 30% de aproveitamento, apenas.

Responsável pelo Setor de Transplantes do INC, Monteiro disse que, ao menos no Rio de Janeiro, a tendência é haver uma melhora gradual. Mas ele afirma que, além da necessidade de campanhas para aumentar o número de doadores, é necessário um esforço maior pelos órgãos normatizadores e pelas centrais de transplante para estabelecer políticas de conscientização entre as equipes de saúde - nesta quinta-feira (27), celebra-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos.

“Várias vezes quando chegamos nessas unidades [hospitais e serviços de emergência], o doador já está com sinais de degradação da condição cardíaca e não temos condições de aproveitar o órgão, mesmo quando a família concorda [com a doação] e após todo o protocolo de morte encefálica”, explica o cirurgião.

Para Monteiro, as equipes optam, em certos momentos, em priorizar os pacientes viáveis, não levando em conta a importância dos órgãos do doador para outros pacientes. Hoje, no país, há cerca de 300 pessoas aguardando doações desse órgão.

Matéria de Guilherme Jeronymo
Da Agência Brasil, no Rio de Janeiro
27/09/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário