Segundo a Adote São Paulo, atualmente 240 pessoas aguardam na fila por um coração
Quando o assunto é doação de órgãos e tecidos o rumo da conversa é interrompido. É como trazer à morte a rotina do dia-a-dia. Entretanto, a Santa Casa de Misericórdia São Francisco de Buritama procura esclarecer a população sobre o tema, na tentativa de que outras pessoas tornem-se doadores.
A decisão da doação está centrada nas mãos dos familiares. Uma das formas de dizer que é um doador é colar um adesivo na carteira de identidade ou fixar um sim expresso na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Estes artifícios não têm qualquer valor legal.
Somente a família pode decidir sobre a doação de órgãos. “A atitude mais importante é dizer para a família e para os amigos que somos doadores, pois pela legislação atual, todos nós somos doadores, desde que a família autorize a retirada dos órgãos”, disse a enfermeira e representante do Adote São Paulo, Carla Fernanda Francisco.
É importante levar em consideração três tinhas de pensamentos: o sofrimento de quem autorizou a doação, o drama de alguém que aguarda pelo transplante e a felicidade de quem já deixou a fila de espera.
De acordo com dados disponibilizados pelo Adote São Paulo, atualmente 240 pessoas aguardam na fila por um coração. A fila é curta porque 75% dos pacientes morrem enquanto aguardam o órgão. Aqueles que esperam por uma córnea a fila é de aproximadamente 24 mil pacientes.
Os números apontam ainda que a fila para o transplante de fígado passa de 6 mil pessoas. Metade delas morrem, já que não há métodos alternativos para manter o paciente vivo. A fila de rins passa os 31 mil e a demanda pelo órgão cresce mais do que sua oferta. Ainda tem pacientes que aguardam a doação de pulmão e pâncreas.
Segundo Francisco, para diminuir a fila é preciso informar as pessoas sobre o desejo da doação de órgãos. “Se você deseja ser um doador após a morte, avise sua família. É ela que terá de autorizar a retirada de seus órgãos caso você tenha morte encefálica”, finaliza.
Fonte: http://www.adote.org.br/
15/07/2012
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