quarta-feira, 11 de abril de 2012

BRASIL VAI PRODUZIR E DISTRIBUIR REMÉDIO QUE BENEFICIARÁ 25 MIL TRANSPLANTADOS

Uma parceria do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) e o laboratório nacional Libbs Farmacêutica irá ajudar os transplantados de todo o Brasil com o início da distribuição do medicamento Tacrolimo, totalmente nacional. O Ministério da Saúde prevê a distribuição de 30 milhões de unidades do Tacrolimo, beneficiando mais de 25 mil brasileiros que utilizam o medicamento, usado para evitar rejeição de transplantes de rins e fígados. Farmanguinhos terá o domínio de toda a cadeia do medicamento, o que pode gerar uma economia de R$240 milhões aos cofres públicos em cinco anos. A iniciativa faz parte da estratégia nacional de fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, por meio da Política de Desenvolvimento Produtivo, do governo federal.

O produto será distribuído aos transplantados em todo o Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Para Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, a redução de custos garante qualidade ao SUS, contribui para reduzir a dependência externa, já que o medicamento passa a ser produzido no país, e representa ganhos para as competências tecnológicas nacionais.

“As complexidades do processo de produção em saúde exigem, cada vez mais, parcerias público- público ou público-privado”, disse.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil realizou, em 2011, 4.957 transplantes de rim e 1.492 de fígado. O Tacrolimo é um imunossupressor que diminui a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição do organismo do paciente ao órgão transplantado, garantindo o sucesso do procedimento.

Em entrevista à Web Rádio Saúde, o diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação do Ministério da Saúde, Zich Moyses Júnior, ressaltou a importância da distribuição do medicamento.

“Tem uma vantagem sobre o ponto de vista produtivo, tem uma vantagem sobre o ponto de vista tecnológico. Porque você domina uma tecnologia fundamental na questão de transplantes. O Brasil é o segundo país que mais faz transplantes”, afirmou.

Fonte: Jornal do Brasil - 23/03/2012

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