segunda-feira, 27 de maio de 2013

CAMPANHA INCENTIVA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE EM PERNAMBUCO


Número de procedimentos no estado cresceu 8% de janeiro a abril.
Apesar do número positivo, lista de espera tem 1.716 pessoas cadastradas.


Pernambuco realizou 516 transplantes, de janeiro a abril deste ano, o que representa um incremento de 8% comparado ao primeiro quadrimestre de 2012. Atualmente, o estado ocupa a 4ª posição em número absoluto de procedimentos no Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, conforme dados do Registro Brasileiro de Transplantes. Apesar dos números positivos, a lista de espera por um órgão ainda é extensa, com 1.716 pessoas. Desta segunda (20) até sexta (24), a Central de Transplantes de Pernambuco promove a Campanha Estadual de Incentivo à Doação de Órgãos 2013.

De acordo com a central, a recusa familiar é a principal causa da não doação de órgãos, atingindo o percentual de 53%. Hoje, funcionários do Hospital Pelópidas Silveira, no Curado, no
Recife, participam do curso Morte Encefálica e Doação de Órgãos. “Os profissionais de saúde têm um papel muito importante. Por isso, é fundamental que todos saibam a melhor forma de abordar as famílias”, afirma a coordenadora da central, Noemy Gomes.

Na terça (21), a Secretaria de Saúde promove curso sobre o tema para os estudantes de enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O ciclo de palestras continua na quarta-feira (22), com realização do Simpósio Estudantil sobre Doação de Órgãos, na Faculdade Pernambucana de Saúde. Já na quinta (23) e sexta (24), mobilizadores sociais e técnicos estarão no Tribunal de Justiça e no Ginásio Pernambucano, prestando orientações e distribuindo panfletos informativos.
Em todo o ano passado, foram realizados 1.690 procedimentos – a melhor marca da história dos transplantes em Pernambuco. Desde a criação da central, em 1995, o estado alcançou a marca de 12 mil transplantes.

Atualmente, das 1.716 pessoas que estão na fila, nove esperam por um coração, 119 por fígado, 1.532 por um rim, três aguardam, ao mesmo tempo, pâncreas e rim e 53 esperam por medula óssea.

Procedimento
Para que ocorra a doação, primeiramente, é preciso haver a confirmação de morte encefálica do paciente - quando não há mais atividade cerebral, mas os órgãos continuam em funcionamento, com a ajuda de aparelhos. Para isso, há um rígido protocolo, com a avaliação médica e realização de exames. Após essa confirmação, os familiares precisam autorizar a doação. O primeiro passo para se tornar doador é avisar aos parentes sobre esse desejo, pois, de acordo com a legislação dos transplantes no Brasil, a doação deverá ser consentida pelo familiar de até 2º grau.

Após assinatura do termo de autorização, a Central de Transplantes encaminha o órgão para um receptor compatível, obedecendo a ordem da lista única do estado. Não havendo compatibilidade, o órgão entra na lista nacional, podendo ser enviado para outro estado do país. A Secretaria de Saúde disponibiliza o telefone 0800-281-2185 para quem tiver alguma dúvida ou quiser maiores informações sobre o procedimento.
 
20/05/2013

sexta-feira, 10 de maio de 2013

MENINO É SUBMETIDO A BEM SUCEDIDO TRANSPLANTE DE CORAÇÃO NO MÉXICO

Um menino de oito anos foi submetido a um bem sucedido transplante de coração no México, uma prática pouco comum devido à sua complexidade e ao baixo índice de doação de órgãos de menores, informou nesta quinta-feira (9) o hospital público que fez a operação.

A família de uma menina de 5 anos que teve morte cerebral doou o coração para Sebastián Contreras de la Cruz, um garoto de 8 anos que se diz ansioso para praticar caratê, seu esporte favorito.

O transplante foi possível pela disponibilidade de "um coração do seu tamanho (...) Com a doação de um adulto não teria sido possível", disse durante entrevista coletiva Jaime Zaldívar, diretor do hospital "La Raza", situado no norte da Cidade do México e pertencente ao Instituto Mexicano de Seguro Social (IMSS).

"Não estamos acostumados à doação cadavérica pediátrica", pois até mesmo as pessoas favoráveis à doação são reticentes a dar os órgãos de seus familiares menores, acrescentou o médico deste hospital, o principal centro de transplantes em nível nacional.

"Quero agradecer de todo coração por este coração que é tão valioso para o meu menino (...) É um grande presente que que Deus acaba de me dar", expressou Gabriela de la Cruz, mãe de Sebastián.

Com um tímido "bem", Sebastián respondeu à imprensa quando perguntado como se sentia. De braço dado com a mãe, o pequeno de olhos vivos e semblante sorria assombrado diante das muitas câmeras apontadas para ele.

O novo coração de Sebastián "vai crescer com ele", disse Zaldívar, para quem a expectativa de vida do menino é de pelo menos 20 anos.

O IMSS realizou outros quatro transplantes cardíacos em menores, o último deles em 1997.

Segundo os especialistas, a operação não tem diferença técnica com relação à efetuada em um adulto, mas a pequenez das artérias dos meninos adiciona uma complexidade considerável.

Atualmente há no México 5,1 doadores de órgãos por cada milhão de pessoas inscritas no sistema do IMSS, segundo dados da instituição, que espera aumentar esta cifra a 13 por cada milhão graças a uma rede de coordenadores médicos de trasplantes em todo o país.

No entanto, o México ainda está longe dos 30 doadores por milhão de afiliados ao Seguro Social que a Espanha tem.

Mais de 9.000 pessoas esperam para receber um rim, uma coração, uma córnea ou fígado no México, dos quais entre 10% e 20% são crianças.

Fonte: UOL Notícias - Saúde
10/05/2013