Estimativas mostram que as filas de espera tendem a diminuir a cada ano. Programa de rádio da Faculdade de Medicina destaca também alguns critérios para doação em vida
Em 2011, foram realizados mais de 23 mil transplantes de órgãos no país. O investimento na realização desses procedimentos chegou a 1,3 bilhão de reais. Em Minas Gerais, houve um aumento considerável no número de órgãos captados nos últimos seis anos. Só no primeiro quadrimestre deste ano, a quantidade de cirurgias de transplantes realizadas no Estado registrou um aumento de 54,6% em relação a 2011. “Isso mostra que a situação do transplante em Minas está tendo apoio da população. Chegamos a ter meses onde mais de 80% das famílias disseram sim ao transplante e à doação de órgãos”, revela Charles Simão, professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG e diretor do MG Transplantes, núcleo que faz a divulgação e captação dos interessados em realizar o transplante no Estado.
No entanto, para que o paciente seja classificado como possível receptor e tenha seu nome incluído na lista de espera por um transplante, é preciso que ele se enquadre em algumas situações. “Existem critérios para cada órgão. Por exemplo, o paciente renal é um paciente que está em hemodiálise. Da mesma forma, o paciente de fígado não tem o órgão funcionando tão bem. Em relação ao coração, é aquela pessoa que não consegue mais realizar as suas atividades, por menores que sejam”, explica o professor.
A doação de órgãos entre pessoas que estão vivas é uma alternativa que alimenta ainda mais a esperança de quem aguarda por um transplante. Segundo Agnaldo Lima, também professor do Departamento de Cirurgia, o rim e o fígado são órgãos que podem ser doados em vida. “O rim tem alguma facilidade para a prática por ser um órgão par. E o fígado, porque há a opção de parti-lo ao meio, de modo que seja possível doar uma metade para outra pessoa”, afirma.
Para mais informações sobre doação de órgãos e ainda sobre as ações do MG Transplantes, o telefone é 0800 0283 7183.
Fonte:
http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=31047
09/11/2012